Esta semana marcou o regresso da equipa de basquetebol do FC Porto aos treinos coletivos no Dragão Arena, palco do início da preparação para os desafios que a época 2020/21 irá trazer aos azuis e brancos. Ainda sem os reforços Larry Gordon e Jonathan Fairell e com Tanner McGrew a recuperar de lesão, o plantel portista dá muitas garantias de sucesso a Moncho López, que confessou gostar muito da forma como o grupo está estruturado. “A ambição e a exigência de ganhar todas as provas são máximas”, garantiu o treinador espanhol, convicto de que “temos grandes desafios pela frente que vamos conseguir ultrapassar”.

Boas sensações
“As sensações são muito boas nesta primeira semana, que marca oficialmente o início da pré-época, mas a realidade é que nós nunca parámos. Temos muitos atletas que, durante o verão, não pararam, também devido às condições que o FC Porto nos proporcionou. Por isso, as sensações de todos são boas. Temos trabalhado muito e vamos aproveitar esse trabalhar para dar continuidade ao que fizemos. Aproveito para voltar a agradecer ao FC Porto pela capacidade que teve em criar condições de segurança para fazermos o nosso trabalho. A motivação é a mesma de sempre e estamos convictos de que temos grandes desafios pela frente que vamos conseguir ultrapassar.”

O plano para a pré-época
“É uma pré-época na qual planeámos as coisas pensando na normalidade, como fazíamos antes, mas não temos normalidade em tudo o que queríamos. Temos um jogador muito importante como o Tanner McGrew numa fase de recuperação que não lhe permite ter condições de treino iguais aos outros e os dois novos jogadores norte-americanos estão nos Estados Unidos, naqueles processos mais burocráticos relacionados também com a pandemia. Vão chegar nos próximos dias. A nível de jogos, não é fácil calendarizar nesta altura, mas estamos a fazê-lo pensando na normalidade e esperando recomendações da Direção-Geral da Saúde para os jogos de equipas de alta competição.”

Os reforços João Torrie, Larry Gordon e Jonathan Fairell
“Há uma coisa que é muito evidente e que sempre foi clara no FC Porto. O nosso diretor, o Vítor Hugo, é uma pessoa habituada a ganhar muito e é excelente a passar a mensagem para os jogadores e treinadores. A ambição e a exigência de ganhar todas as provas são máximas. Trabalhámos muito para conseguir melhorar o plantel e creio que, em alguns aspetos, temos um plantel muito mais forte, por exemplo nos ressaltos, de antecipação e de intimidação defensiva, em termos físicos. Os novos reforços trazem isso, sobretudo o Larry Gordon e o Jonathan Fairell, pois já jogaram em campeonatos muito fortes e vão trazer aquilo que nós queríamos: intensidade de jogo, capacidade defensiva, atleticismo e muita versatilidade.”

O passado e o futuro
“Objetivamente, ninguém pode dizer o contrário, a não ser que queira mesmo: a equipa da época passada tinha muitas garantias de ser campeã e começou a época de maneira extraordinária, mas depois aconteceram as lesões e estávamos a reconstruir-nos quando veio a pandemia. Esta época sinto que podemos começar muito bem, mas não vamos começar a 100%, naturalmente, tal como todas as outras equipas. Gosto muito do plantel que se fez e agradeço a aposta na continuidade que a Direção fez ao renovar comigo por duas épocas. Essa continuidade demonstra confiança e um reconhecimento ao compromisso que tenho há muitos anos. Creio que é também uma aposta inteligente numa forma de trabalhar e de jogar. Estou contente e confortável.”