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Sérgio Conceição antecipou a deslocação a Tondela, na 26.ª jornada (sábado, 18h00)

Menos de 72 horas depois de ter subido ao relvado do Ramón Sánchez Pizjuán, em Sevilha, o FC Porto torna a entrar em campo este sábado, em Tondela (18h00, Sport TV1). Na conferência de imprensa de antevisão da ronda 26 do campeonato, Sérgio Conceição salientou a consistência defensiva dos beirões a jogar no Estádio João Cardoso e alertou: “Os jogos são todos diferentes, as histórias são escritas pelas três equipas que entram em campo e vamos dar uma boa resposta dentro de um cenário difícil, não só pela equipa do Tondela, mas pelas 60 e poucas horas de descanso”. “É preciso que os jogadores tenham uma mentalidade muito forte, de verdadeiros campeões. Só assim é que vamos conseguir dar uma boa resposta em Tondela e ganhar o jogo, que é a nossa obrigação”, sintetizou o treinador campeão nacional.

Sem tempo para recuperar
“Esperamos as dificuldades das equipas que são bem orientadas, que têm um plantel com qualidade individual e que, principalmente em casa, como é o caso do Tondela, têm feito um campeonato muito bom, acima da média. Dos 28 pontos, 23 foram conquistados em casa. É uma equipa que sofreu poucos golos, mais de dois apenas em dois jogos, mostrando essa mesma consistência e essa força quando joga no seu estádio. Olhamos para essa estatística, não sendo eu um apreciador de estatísticas, mas temos de perceber que o Tondela em casa é um bocadinho mais forte. Excetuando este último jogo em que esteve num nível muito bom contra o Vitória de Guimarães. Os jogos são todos diferentes, as histórias são escritas pelas três equipas que entram em campo e vamos dar uma boa resposta dentro de um cenário difícil, não só pela equipa do Tondela, mas pelas 60 e poucas horas de descanso. Agora vamos viajar para Tondela, é uma dificuldade que já sabíamos de antemão. Para mim não é compreensível, porque se acabamos o campeonato a 19 de maio porque é que não o podemos acabar 3 ou 4 dias depois, estendendo uma jornada e defendendo as equipas que estão na Europa. Mas é o velho discurso que temos aqui quase todas as semanas, quando há jogos internacionais pelo meio. É a calendarização apertada, o pouco tempo de recuperação em competições completamente distintas. Acredito que muitos pudessem não acreditar numa equipa portuguesa em fases tão avançadas das competições europeias, mas mesmo na Liga Europa se alguma das equipas tivesse ido em frente o cenário ainda era pior, porque jogavam à quinta-feira. É um contexto difícil, sabemos dessas dificuldades, mas temos de arranjar soluções.”

Mais uma final
“Este é um jogo importantíssimo para nós. À medida que vamos caminhando para o final do campeonato os jogos ganham outro peso, porque temos menos tempo para recuperar, uma desvantagem de oito pontos em relação ao líder e temos que olhar para as equipas que vêm atrás. Esta é uma final para nós, temos que dar uma resposta positiva independentemente do contexto difícil que vamos encontrar. Essa gestão e essa mentalidade têm que estar presentes porque estamos a pouco mais de um mês do fim do campeonato e os jogos ganham um peso maior por isso mesmo.”

Sérgio Oliveira
“Eu tenho que olhar para os jogadores que estão disponíveis, e ainda não sabemos qual é a disponibilidade dele para o jogo. Hoje fez treino integrado condicionado, no boletim clínico vocês têm esse apontamento. Olho para a forma como vamos encarar este jogo, para a estratégia que tenho de delinear para sermos uma equipa competente e ganharmos os três pontos em Tondela. Os elementos que vão interpretar essa mesma estratégia são os que me derem mais garantias de o fazer, tenham mais ou menos minutos. Tenho que olhar para várias situações e essa é uma delas, este desgaste que existe.”

Quatro pontos subtraídos em Braga e no Restelo
“Nós olhamos para o que nós somos. Se temos de encontrar alguns dos pontos perdidos também vamos encontrar motivação do outro lado. Estou-me a lembrar de alguns jogos em que perdemos pontos, ninguém previa isso e não foi definitivamente por culpa da equipa. Estou-me a lembrar do jogo em Braga e no Jamor, estamos a falar de dois empates, quatro pontos, e a história era um bocadinho diferente. Mas o que passou, passou. Não há nada a fazer. Temos de olhar para o que podemos fazer no resto do campeonato. Espero que este resto de campeonato corra da melhor forma para toda a gente, e estou a falar dos intervenientes que podem decidir um jogo. Que os atores principais sejam os jogadores. O que eu quero é que os jogadores estejam no máximo, sabendo que estamos a meio de uma eliminatória dos quartos de final da Liga dos Campeões e temos de ir a Tondela fazer um jogo que é praticamente uma final no campeonato… é preciso saber gerir, é preciso que os jogadores tenham uma mentalidade muito forte, de verdadeiros campeões. Só assim é que vamos conseguir dar uma boa resposta em Tondela e ganhar o jogo, que é a nossa obrigação. É para isso que nós lutamos, esse é o nosso principal objetivo, esta é a nossa Champions. Mas não podemos apagar o passado recente, o jogo da Liga dos Campeões. É no meio disto que vamos preparar o jogo para o tentar ganhar. Tudo o que passou no campeonato e que foi a perda de pontos, no final fazem-se as contas e a equipa com menos pontos perdidos vai ganhar o campeonato.”

Resposta à altura em Tondela
“Estamos atentos ao que os adversários fazem e ficamos mais satisfeitos por encurtar a diferença para o primeiro classificado, isso é absolutamente natural. Mas se não dermos uma resposta adequada amanhã essa alegria passa a ser uma desilusão grande. É preciso ganhar os nossos jogos, fazer um bom jogo amanhã e ganhá-lo. É isso que nos importa.”

Final do jogo em Sevilha
“Aconteceu que o FC Porto fez 12 remates e o Chelsea 6. Aconteceu que nós tivemos mais do dobro dos cantos, aconteceu que em termos estratégicos fizemos um jogo fantástico. Vocês preocuparam-se em esmiuçar ao máximo a estratégia do jogo? Não. Preocupam-se com o gesto, o piscar de olho, a sobrancelha, a pestana, o saiu maldisposto, o entrou bem-disposto, o levantar do braço, levantou-se do banco não sei quantas vezes… isso não é futebol. Isso faz parte do futebol, mas não é futebol.”

Mehdi Taremi
“Os jogadores passam por períodos bons e menos bons durante a época. Têm momentos em que o golo acontece de uma forma quase espontânea e natural, e há outros momentos em que isso não acontece e se trabalha muito. O importante é que os jogadores que entrem em campo façam o que lhes é pedido. Se em vez do Taremi foi o António, o Manuel ou o Joaquim a ser decisivo no jogo… desde que o ganhe, não há problema. Dou tanta responsabilidade ao avançado de marcar como de pressionar mais alto em termos defensivos. Dou tanta importância ao jogador que faz a assistência como ao que marca golo. Mas também dou importância ao jogador que recuperou a bola. É um trabalho coletivo, e eu coloco o coletivo acima de tudo. Mas não podemos fugir à máxima do futebol, que os avançados vivem de golos. Isso para mim são tangas.”

Diogo Costa
“Fizemos os testes e está tudo negativo, graças a Deus. Estão aí alguns membros do staff positivos, como é sabido, mas não fazem tanta falta sinceramente. Fazem mais falta os jogadores. Não é que não façam o trabalho deles, mas quem vai lá para dentro são os jogadores. Que me desculpem os dirigentes.”

Marko Grujic
“Fico com dores de cabeça quando vejo escritas algumas coisas sobre a exibição do Grujic em Sevilha. Foi um jogador como os outros, acho que a equipa toda fez uma excelente exibição. Não foi fantástica porque perdemos, mas o Grujic fez uma exibição que me agradou muito. Fico com dores de cabeça porque há pessoas que têm a sua visão, a sua maneira de ver o jogo, e acham que ele não fez um bom jogo. Com certeza que se o Sérgio Oliveira estivesse disponível daria outra coisa ao jogo, mas tudo o que foi pedido ao Grujic ele cumpriu na integra e foi um jogador que teve acima da média no plano exibicional, na minha opinião.”

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