Vítor Bruno elogiou a postura do coletivo e salientou a justiça do resultado diante do Famalicão (3-1)
A 47.ª jornada consecutiva do FC Porto sem perder foi também a 14.ª seguida a vencer. Frente ao Famalicão, no Estádio do Dragão, os líderes do campeonato venceram por 3-1 e dilataram para seis pontos a distância para o segundo classificado. No final da partida que consumou o avolumar da vantagem, Vítor Bruno destacou a postura “paciente” da equipa, que foi capaz de “criar várias situações de golo claras” na sequência de uma “primeira parte muito bem conseguida”.
Uma sentida homenagem
“Quero deixar, em nome de todo o grupo, uma palavra e um sentido abraço de condolências à família do senhor Lima Pereira. Alguém que, como disse o senhor presidente, representou sempre de forma exemplar, dentro e fora do campo, os valores e desígnios do FC Porto. Ficará para sempre marcado como um ícone do clube.”
Duas partes distintas e um desfecho justo
“Sabíamos que o Famalicão desde a chegada desta equipa técnica tem como principal pilar a organização defensiva, com um registo quase imaculado nos jogos que tiveram até aqui. Sabíamos encontrar dificuldades para furar a organização defensiva do adversário. Percebemos que não podíamos entrar com muita pressa de fechar o jogo logo na fase inicial, porque podíamos correr o risco de afunilar demasiado os caminhos para a baliza adversária e ficarmos sem soluções A equipa foi muito paciente, percebeu onde havia espaço e conseguiu criar várias situações de golo claras. Fizemos dois golos, a equipa nunca se desviou do mapa traçado durante a semana, sempre com muito talento à solta, e fizemos uma primeira parte muito bem conseguida. A segunda foi diferente, com o jogo mais partido nos primeiros vinte minutos, o que não nos beneficiou nada. Depois assentámos novamente, criámos mais momentos para finalizar, fazemos o terceiro e o Famalicão acaba por reduzir. O resultado é inteiramente merecido, numa resposta forte da equipa.”
Golo sofrido merecerá reparos de Sérgio Conceição
“É provável. Não é preciso haver duras do nosso treinador. Temos trabalhado esse momento dos jogos todas as semanas. Temos sofrido golos de canto em todos os jogos. No Estoril, apesar de ter sido invalidado, no Jamor e hoje. É algo que nos deixa profundamente tristes, porque trabalhamos ao pormenor. É verdade que tínhamos um jogador a menos e houve alguma indefinição. Há que rever e trabalhar, faz parte da nossa tarefa diária. Vamos continuar até sermos quase perfeitos nesse momento.”
Elogios à prestação ofensiva
“Este é o momento em que estamos mais fortes. A equipa tem uma qualidade e produção de jogo rica. Esta semana tivemos cinco unidades de treino em que pudemos trabalhar o que nos fazia falta. Os jogadores foram brilhantes, fizeram um jogo fantástico e merecem todo o sucesso. Percebem que o jogo sem bola tem uma correlação altíssima com o resultado final. Tiveram um compromisso fantástico, o lance do segundo golo é fruto de uma excelente reação à perda. Com bola, a equipa tem variado o jogo por dentro e por fora sempre com muita gente disponível para jogar e soltando todo o talento.”
Seis e nove pontos de vantagem para os rivais
“Vale o que vale. No próximo treino começamos a preparar o jogo com o Marítimo. Há poucas semanas falava-se de uma missão hercúlea a do Benfica se aproximar da frente. Recuperaram quatro pontos para o Sporting em três semanas. Não queremos embriagar-nos com o que pode vir de fora, sob pena de nos desleixarmos num ou noutro momento. Vem aí um jogo difícil, frente a um adversário que no ano passado nos roubou três pontos aqui na luta pelo título. É tudo muito ténue, a diferença pode-se esbater em qualquer jogo.”
Mehdi Taremi, Luis Díaz e Matheus Uribe a caminho das seleções
“Sim, o plantel está curto. Não tem a ver, como ouvimos na comunicação social, com os adversários limitados por situações de covid. Temos tido muita gente de fora este ano e temos tido uma abordagem de não estrangular os jogadores numa posição apenas. Fazer com que passem por diferentes situações em treino para que sejam capazes de dar boas respostas. A algumas pessoas pode causar surpresa, a nós não. Sabemos o que produzem no treino. Os jogadores fazem falta, é verdade. É uma situação que convém rever a breve trecho, porque são jogadores que fazem parte do nosso plantel e dos quais vamos ficar privados.”
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