Jorge Nuno Pinto da Costa destaca o mérito de todos aqueles envolvidos na conquista do título
64 títulos, 23 campeonatos, uma Taça de Portugal e uma Supertaça Cândido de Oliveira para ganhar. São 40 anos disto e muito mais. Horas depois de uma nova festa que começou na Luz e acabou no Dragão, Jorge Nuno Pinto da Costa salientou a “unidade incrível entre todos” os responsáveis por mais uma página dourada num livro de honra de vitórias sem igual: “dirigentes, atletas, treinadores, adeptos” do FC Porto. Na ótica da figura mais titulada da história do futebol, estes primeiros foram “propositadamente excluídos” das felicitações do primeiro ministro, que - ao contrário do Presidente da República - cumpriu com a tradição de congratular o novo campeão português. Os rivais lisboetas tiveram a mesma postura de Marcelo Rebelo de Sousa, mas, para Pinto da Costa, tudo tem uma explicação: “O Varandas ainda deve estar a pensar que vai ser campeão, deve ter esperanças”.
Campeões na Luz, outra vez
“Teve o aspeto positivo que foi resultar em vitórias o trabalho de uma época, feito com muita consciência, ponderação e uma unidade incrível entre todos. O slogan «juntos venceremos» não surgiu por acaso, foi porque estivemos sempre todos juntos. Quando se está junto, se quer e se tem o valor que os nossos técnicos e jogadores têm, estão reunidos os ingredientes para que tudo dê certo. Foi muito bom, muito justo, acho que toda a gente, mesmo os mais aziados, teve de reconhecer que a nossa vitória foi justa. Foi bonito. Adoro ver estas manifestações de 50 mil pessoas, como ontem à porta do Estádio do Dragão, porque entre essas pessoas há muitas com uma vida difícil e que encontram nas vitórias do FC Porto momentos de felicidade enorme como se nada lhes faltasse. Isso enche-me a alma e dá-me um prazer enorme.”
O Tri de Sérgio Conceição
“Em todos os campeonatos há pelo menos três equipas que, logo desde o início, pensam que o podem ganhar. Uma vez ganha um, outra vez ganha outro, felizmente nestes cinco anos tivemos três vitórias, que só não foram mais por motivos anormais. Portanto tenho que estar satisfeito, deixar uma palavra de agradecimento e reconhecer o mérito do Sérgio Conceição, da sua equipa técnica, dos jogadores, uns mais, outro menos, mas todos deram o máximo e só assim é que é possível vencer.”
Em Oeiras para ganhar
“A próxima época já está a ser preparada, mas é evidente que o Sérgio pensa na Taça de Portugal, o próximo objetivo. Eu ainda tenho outros antes, ainda penso na vitória do voleibol e do andebol porque, como presidente de todas as modalidades, e mesmo reconhecendo que o futebol é o grande coração e paixão de todos os portistas, a minha obrigação é tentar ganhar títulos em todas elas. Agora, é óbvio que no futebol, de imediato, queremos vencer a Taça de Portugal, fazer a dobradinha e, assim sendo, passamos a pensar logo na Supertaça.”
Mister a caminho da sexta temporada no Dragão
“A continuidade nem sequer é assunto. Tem contrato por mais dois anos, sempre disse que queria ficar e cumpri-lo. Isso é assunto para o jornal A Bola criar confusão. A época vai ser preparada, naturalmente não através dos jornais, como outros fazem, mas nos nossos gabinetes e com a maior descrição possível. O que é preciso é que nos mantenhamos todos juntos: dirigentes, atletas, treinadores, adeptos. Foi muito importante a demonstração que o clube deu, nestes últimos dias, através dos seus adeptos. Foi uma festa fantástica, tanto em Lisboa como no Porto e tenho a certeza de que no próximo sábado, porque creio que o jogo contra o Estoril será nesse dia, voltemos a festejar e que, na final da Taça, na qual dois clubes do Norte e do Centro terão de ir a Lisboa jogar, que enchamos aquele Estádio do Jamor que normalmente está às moscas. Espero que nesse dia não haja moscas nem mosquitos, porque não vai haver lugar para eles.”
Rivais unidos pela Segunda Circular e pelo mau perder
“Do Rui Costa não recebi as felicitações, nem do Varandas. O Varandas ainda deve estar a pensar que vai ser campeão, deve ter esperanças. Não recebi, mas também não senti falta. Recebi, sim, de muitos dirigentes, clubes, antigos dirigentes, antigos jogadores, tanto nossos como de outros clubes. Ontem não tive mãos a medir para responder a todas as mensagens.”
Marcelo não felicitou o campeão
“Do Presidente da República não recebi nada. Do Governo recebi uma mensagem através do Secretário de Estado do Desporto, que mandou os parabéns. De resto, nada. Aliás, o senhor primeiro ministro teve o cuidado de felicitar o FC Porto, os treinadores, os atletas e adeptos, e teve o cuidado de pôr de parte os dirigentes. Portanto considero-me apenas felicitado enquanto adepto. Como presidente considero que fui propositadamente excluído, o que não me faz diferença nenhuma.”
Políticos cingidos ao Terreiro do Paço
“O poder político tem aquela mentalidade de que Portugal é Lisboa. Quando o Sporting ou o Benfica vencem, fazem uma festa, recebem-nos e fazem discursos. Quando o FC Porto, que não é de Lisboa, ganha, o Presidente da República aproveita para dizer que façamos a festa e para dar os parabéns ao Sporting, ao Benfica e ao Braga. É perfeitamente normal isto acontecer num país ridiculamente centralista é óbvio que não podemos esperar mais do Presidente da República nem do primeiro ministro.”
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