A 27 de abril, na votação mais participada de sempre, 26.876 sócios elegeram André Villas-Boas e Jorge Nuno Pinto da Costa despediu-se do cargo que ocupou durante 42 anos, vencendo 69 títulos só no futebol.

Lado a lado no Jamor, o 31.º e 32.º presidentes do FC Porto ergueram a 20.ª Taça de Portugal da história azul e branca. O Sporting marcou primeiro, Evanilson empatou logo a seguir e Mehdi Taremi, já no prolongamento, juntou o 85.º troféu ao palmarés mais recheado do país. Esse estatuto reforçou-se semanas depois em Aveiro, onde o Sporting esteve a ganhar 3-0 e só uma reviravolta épica valeu a conquista da 24.ª Supertaça - o primeiro troféu de Vítor Bruno no comando técnico.

O ano em que o clube comemorou 13 décadas de existência começou da melhor forma com um feito inédito. Ao bater o Sporting em Leiria, o FC Porto estreou-se a vencer a Taça da Liga, passou a deter os quatro títulos nacionais em simultâneo e a ser o clube mais titulado da história do futebol português (83).

De novo no Jamor, o plantel às ordens de Sérgio Conceição ergueu a Taça de Portugal pela 19.ª vez após derrotar o SC Braga, por 2-0.

Onze anos depois de o fazer às escuras, o FC Porto voltou a sagrar-se Campeão Nacional no Estádio da Luz. A 7 de maio, já no tempo de compensação, Zaidu e Pepê correram o campo todo, o brasileiro assistiu o nigeriano e o título ficou selado com um novo recorde de pontos (91).

O Jamor voltou a pintar-se de azul e branco 15 dias mais tarde. Frente ao Tondela, um bis de Taremi e um golo de Vitinha asseguraram a Dobradinha para os portistas, que viriam a derrotar o mesmo adversário na Supertaça. O avançado iraniano voltou a marcar dois golos e Evanilson fechou o resultado final em 3-0.

A pandemia tirou os adeptos dos estádios e interrompeu todas as competições, mas o FC Porto nunca deixou de trabalhar. No regresso após a paragem motivada pela covid-19, aumentou a vantagem para o Benfica e celebrou o 29.º campeonato do palmarés em finais de julho.

No primeiro dia do mês seguinte, Mbemba subiu ao 125.º degrau das escadas Monumentais de Coimbra para bisar de cabeça frente ao Benfica e trazer para o Norte a 17.ª Taça de Portugal. Na antevéspera de Natal, Sérgio Oliveira e Luis Díaz desenharam o postal perfeito de Boas Festas. Em Aveiro, os Dragões conquistaram a 22.ª Supertaça diante do mesmo rival.

Logo na primeira época com Sérgio Conceição no comando técnico, o FC Porto quebrou o jejum que durava há quatro anos e conquistou o Campeonato Nacional com um recorde de pontos (88).  19 anos volvidos, a Invicta saiu à rua e os Dragões voltaram aos Aliados.

A 4 de agosto, no Municipal de Aveiro, Brahimi, Maxi Pereira e Corona fizeram as delícias dos adeptos que festejaram a conquista da 21.ª Supertaça após uma vitória por 3-1 diante do Desportivo das Aves.

O FC Porto sagrou-se Tricampeão nacional num ciclo inesquecível, iniciado na época 2010/11 por André Villas-Boas e prolongado nas temporadas seguintes por Vítor Pereira. Na história da Liga Portuguesa tinha havido apenas um campeão invicto. Em três anos, o FC Porto atingiu esse objetivo por duas vezes (2010/11 e 2012/13).

A caminhada para o Tri concluiu-se com uma reviravolta emocionante na penúltima jornada da Liga 2012/13, frente ao Benfica, na sequência de um remate inspirado de Kelvin em período de descontos (2-1), e com uma vitória em Paços de Ferreira, na derradeira ronda (2-0).

A 10 de agosto, os azuis e brancos entrararm na nova temporada com o pé direito. Em Aveiro, os golos de Licá, Jackson Martínez e Lucho González valeram um triunfo por 3-0 frente ao Vitória de Guimarães e a 20.ª Supertaça do palmarés. A 28 de setembro, no dia do 120.º aniversário da instituição, foi inaugurado o Museu FC Porto.

A equipa treinada por André Villas-Boas vence a Liga Europa frente ao SC Braga, com um golo de Falcao, em Dublin, na primeira final europeia entre clubes portugueses.

A época foi absolutamente memorável, já que os Dragões juntaram o título internacional às conquistas da Liga Portuguesa (com 21 pontos de avanço sobre o Benfica, uma margem recorde), da Taça de Portugal e da Supertaça. O título nacional – conseguido sem derrotas, algo inédito no clube – ficou selado a 3 de abril, com um triunfo por 2-1 no Estádio da Luz, terreno do anterior campeão.

Segundo Tetracampeonato da história do FC Porto, que se sagrara Pentacampeão na década anterior, e o primeiro Tricampeonato de Jesualdo Ferreira, o primeiro técnico português a alcançar esse feito.

O ciclo dourado começara na temporada 2005/06, com o holandês Co Adriaanse no banco de suplentes, mas seria o "Professor" a dar expressão histórica à proeza. A 10 de maio de 2009, um golo de Bruno Alves garante o triunfo frente ao Nacional da Madeira e os festejos pela conquista do Tetracampeonato no Estádio do Dragão.

O FC Porto vence o Mónaco na final da Liga dos Campeões e sagra-se novamente Campeão Europeu. Com golos de Carlos Alberto, Deco e Alenichev, os azuis e brancos venceram a equipa de Didier Deschamps por 3-0, na cidade alemã de Gelsenkirchen.

No mesmo ano, mas na época seguinte e já sob o comando de Víctor Fernández, os Reis da Europa e do Mundo venceram o Once Caldas no desempate por penáltis e conseguiram a segunda Taça Intercontinental do palmarés.

O FC Porto conquista a primeira Taça UEFA para Portugal, frente ao Celtic de Glasgow, em Sevilha, após prolongamento. Num jogo de nervos, os escoceses responderam aos golos de Derlei e Alenichev no tempo regulamentar, levando a partida para 30 minutos adicionais. A cinco minutos dos penáltis, Derlei bisa e a taça de 15 quilos vem mesmo para a Invicta.

A 16 de novembro, é inaugurado o Estádio do Dragão num espetáculo encerrado com um jogo particular frente ao Barcelona que a equipa treinada por José Mourinho vence por 2-0 (golos de Derlei e Hugo Almeida). Nessa noite, Lionel Messi estreia-se na equipa sénior catalã.

O FC Porto torna-se o primeiro Pentacampeão nacional de futebol, ultrapassando o Sporting, que detinha o recorde de quatro campeonatos seguidos, alcançado nos anos 50. Fernando Santos, o treinador de então, fica conhecido como o “Engenheiro do Penta”.

A 27 de maio, o FC Porto vence o primeiro título europeu de futebol graças ao calcanhar de Madjer, que fez renascer as esperanças, e ao golo da reviravolta de Juary. O grande Bayern de Munique caía por 2-1, no Estádio do Prater, em Viena.

Nos meses seguintes, o palmarés do clube cresceria exponencialmente com as conquistas da Taça Intercontinental, em Tóquio, frente ao Peñarol (2-1, após prolongamento, golos de Gomes e Madjer), e da Supertaça Europeia, contra o Ajax (vitórias por 1-0 em ambas as mãos, com golos de Rui Barros e Sousa).

O FC Porto atinge pela primeira vez uma final europeia, no caso da Taça dos Vencedores das Taças, mas perde frente à Juventus por 2-1, em Basileia, na Suíça. O golo portista é apontado por Sousa, num jogo em que sobraram queixas sobre a atuação do árbitro Prokop.

Na época seguinte, 1984/85, surge o primeiro título de campeão da era Jorge Nuno Pinto da Costa.

Jorge Nuno Pinto da Costa é eleito presidente a 17 de abril de 1982 e inicia-se um novo ciclo no clube, marcado pelas conquistas. Pedroto regressa mais uma vez ao banco azul e branco e os primeiros troféus são uma Supertaça (dezembro de 1983) e uma Taça de Portugal (1984).

O jejum de 19 anos sem títulos nacionais termina a 11 de junho, mais uma vez na vantagem no saldo de golos (15 de avanço para os portistas) face ao Benfica. Fica para a história o remate certeiro de Ademir que permitiu um decisivo empate (1-1) frente ao rival, na antepenúltima jornada.

No ano seguinte, o FC Porto sagra-se Bicampeão. O regresso de José Maria Pedroto como treinador e a entrada de Jorge Nuno Pinto da Costa para diretor do departamento de futebol são decisivas para uma mudança de mentalidades. As equipas portistas já não tinham receio de atravessar a ponte e de vencer em todo o país.

O FC Porto conquista o quinto título de campeão pela vantagem mínima de um golo no saldo entre marcados e sofridos. Trata-se de uma das mais épicas conquistas do clube numa última jornada marcada pelo caso Calabote, árbitro do jogo Benfica-CUF.

Os Dragões chegam à última jornada com o mesmo número de pontos do Benfica e uma superioridade de quatro golos face ao rival. Vencem por 3-0 no terreno do Torreense, mas têm de esperar pelo final do Benfica-CUF (7-1), que começara mais tarde e que o árbitro Inocêncio Calabote prolongou para além das regras, tendo ainda assinalado três penáltis a favor dos lisboetas. Mesmo assim, no final a festa foi azul e branca.

O FC Porto conquista a primeira dobradinha de futebol, superiorizando-se ao Benfica por vantagem no confronto direto, e vencendo o Torreense na final da Taça, por 2–0. Yustrich era o treinador.

No mesmo ano, o clube participa pela primeira vez nas competições europeias, mas é eliminado pelo Athletic Club na ronda de abertura da Taça dos Clubes Campeões Europeus (derrota por 2-1 em casa, na primeira mão, e por 3-2 fora). José Maria aponta o primeiro golo internacional azul e branco e a bola com que o marca fica permanentemente exposta do Museu.

A 28 de maio é inaugurado o Estádio das Antas, palco de grandes emoções durante mais de meio século. O recinto foi sendo melhorado ao longo dos anos, com destaque para as obras de rebaixamento do relvado que ampliaram a lotação do anfiteatro em 1986.

Em 1933, foi proposta em Assembleia Geral a construção do novo estádio que só viria a ficar pronto quase duas décadas depois, pelo que os azuis e brancos tiveram que jogar em campos emprestados - para além do Campo da Constituição, que ainda hoje é património do clube.

O FC Porto vence o Arsenal, à época considerada a melhor equipa do planeta, num amigável disputado no Estádio do Lima. Para eternizar o feito, um grupo de sócios lançou uma campanha que resultaria na conceção da Taça Arsenal, a maior do mundo, com cerca de 250 quilos e três metros de altura. O troféu pode ser admirado no Museu.

O FC Porto sagra-se vencedor da edição inaugural da Primeira Liga (1934/35), renomeada Campeonato Nacional da Primeira Divisão em 1938. Os Dragões vencem as duas primeiras edições com a nova denominação (1938/39 e 1939/40).

A equipa era então orientada por Mihaly Siska. Pinga, das estrelas desses tempos, ainda é o quarto melhor marcador de sempre dos azuis e brancos.

A 18 de junho, o FC Porto derrota o Sporting, por 3-1, na finalíssima do Campeonato de Portugal - a primeira prova nacional oficial de futebol.

Os Dragões tornam-se assim o primeiro campeão português no mesmo ano em que adotaram o atual emblema: o futebolista Simplício, que era também artista gráfico, conjugou o símbolo de então com as armas da cidade.

O regresso à atividade do FC Porto ocorre em 1906, pelas mãos de José Monteiro da Costa, figura responsável por promover a prática de outras modalidades além do futebol.

Partindo de uma tertúlia chamada Grupo Destino, Monteiro da Costa reativa a prática do futebol no clube, apesar de não conseguir contar com o amigo António Nicolau d’Almeida, que se afastara das lides futebolísticas.

José Monteiro da Costa escolheu pintar o FC Porto de azul e branco, as cores da bandeira nacional de então, e aprovou o primeiro emblema: uma bola de futebol azul, com as iniciais F.C.P. em branco.

Foi neste ano que António Nicolau d'Almeida, desportista por excelência e exímio comerciante de Vinho do Porto, pôs em marcha o projeto de criar um clube de futebol na cidade Invicta. A fundação comemora-se a 28 de setembro.

As viagens de António Nicolau d'Almeida a Inglaterra contribuíram decisivamente para que se apaixonasse pelo jogo e para que juntasse um grupo capaz de o praticar. A 25 de outubro, convidou o Club Lisbonense para uma partida de futebol que se realizaria a 2 de março de 1894 no Campo Alegre.

Vence o Club Lisbonense, por 1-0, sob o olhar atento do Rei D. Carlos I e da Rainha D. Amélia, presenças que atestam a importância do acontecimento. Nos anos seguintes, o clube entra num período de menor atividade.