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Reinaldo García regressa à cidade onde nasceu para disputar a Taça Intercontinental

O FC Porto Fidelidade está a caminho da Argentina, onde vai disputar, entre sexta-feira e domingo, a Taça Intercontinental, naquela que é considerada a capital mundial do hóquei em patins: San Juan. Os Dragões defrontam o CL Murialdo nas meias finais (sexta-feira, 22h30, com transmissão no Porto Canal).

No seio da modalidade é comum ouvir-se que o hóquei em patins é de um país, de uma região, de uma cidade e de uma rua e durante três dias tudo isso estará concentrado… o país é Portugal, a região é a Catalunha, a cidade é San Juan e a rua é a Calle San Luís Oeste, a rua do estádio Aldo Cantoni, local onde se vai realizar a Taça Intercontinental.

Reinaldo García, argentino de San Juan que está no FC Porto e que saiu da ‘pátria’ do hóquei em patins com 18 anos garante que “em San Juan as pessoas gostam do desporto em geral e em especial do hóquei em patins”.

San Juan é uma província com quase setecentos mil habitantes, que sozinha criou um campeonato de hóquei em patins paralelo ao campeonato argentino. A Federação Sanjuanina de Patins organizou em 2018 uma prova com 19 equipas.

“É uma cidade em que desde sempre se praticou o hóquei em patins. Aos poucos, foi crescendo e chegando a esta dimensão” diz Reinaldo García, acrescentando: “As pessoas que se envolvem no desporto ajudam a isso, não só quem dá muito de si pelo hóquei em patins, mas também os adeptos, que fazem com que San Juan seja considerada a capital mundial do hóquei em patins”.

Na paixão pelo hóquei em patins em San Juan não entra a rivalidade extrema. “Há sempre os dérbis mas não há rivalidade, é diferente, cada um puxa pela sua equipa e a rivalidade que existe é uma rivalidade saudável porque o ambiente é sempre de festa”, finaliza Reinaldo Garcia, que em San Juan começou no Rivadavia e que no Olímpia partilhou balneário com Matías Pascual e Pablo Álvarez, atuais jogadores do Barcelona, que podem ser adversários de Reinaldo García na final da Taça Intercontinental, se o FC Porto vencer o CL Murialdo e se o FC Barcelona bater o Concepción PC.

Aldo Cantoni: um pavilhão com nome de estádio

Aldo Cantoni foi um político argentino que nasceu na viragem do século XIX para o século XX, em San Juan num dia a seguir ao S. João, e na verdade não teve a ver com o hóquei em patins, mas os feitos realizados na província de nascimento, onde de resto foi governador, fizeram com que na hora de dar nome ao recinto multidesportivo da província situada no norte da Argentina não houvesse dúvidas: Estádio Aldo Cantoni.

Estávamos em 1967 e San Juan ganhava um recinto capaz de encher as medidas à ‘loucura’ hoquística dos ‘hinchas’ do ‘hockey sobre patines’. Capacidade para mais de 10 mil pessoas, sempre lotado para as finais nacionais, lotadíssimo em todos os jogos do primeiro mundial de hóquei em patins realizado no país das Pampas em 1970. O mesmo aconteceu em mais quatro ocasiões (1978, 1989, 2001 e 2011), fazendo do Estádio Aldo Cantoni o recinto desportivo que mais vezes recebeu a fase final de um Mundial de Hóquei em Patins.

O recinto que o FC Porto vai pisar esta quinta-feira, no treino de adaptação à pista, é diferente daquele que recebeu todos estes mundiais, pois o ‘velho’ Estádio Aldo Cantoni  sofre uma remodelação há dois anos. No final de 2016 foi concluída a maior remodelação do pavilhão, numa obra que custou cerca de 470 mil euros e que levou a que o ‘Aldo Cantoni’ passasse a ter lugares sentados com cadeiras, ar condicionado e novos balneários.

Entre sexta-feira (14) e domingo (16), todos os jogos da Taça Intercontinental, quer na sua vertente masculina, quer na vertente feminina devem ter lotação esgotada, estimada em mais de 8 mil pessoas.

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