Foi uma infância dividida entre a bola e os papagaios, mas sempre com os pés bem assentes no chão. Apaixonado pelo futebol desde cedo, ou não fosse filho de um antigo jogador, Éder Militão tinha como passatempo predileto aquilo que no Brasil se chama de “soltar pipa” e, deste lado do Atlântico, é conhecido por papagaios. Foram as duas paixões que preencheram o imaginário do menino de Sertãozinho, município do interior de São Paulo, mas foi o futebol a que se dedicou de corpo e alma.

E em boa hora.

Filho de Valdo, que passou por alguns clubes brasileiros incluindo o Corinthians, Éder Gabriel Militão nasceu a 18 de janeiro de 1998. Antes do FC Porto, apenas conheceu um clube, o São Paulo, onde chegou com 13 anos. Foi escalando a pirâmide da formação até chegar à equipa principal.

Estreou-se a 14 de maio de 2017, com 19 anos, num jogo com o Cruzeiro. E nunca mais perdeu de vista um lugar na equipa. No final dessa época já era visto como titular e no ano seguinte tornou-se indiscutível.

O FC Porto abriu-lhe as portas da Europa. Chegou no verão e, mais uma vez, não demorou a impor-se e mostrar as qualidades que já eram bem visíveis no Brasil. Chegou, inclusive, a internacional da “canarinha” e estreou-se a marcar na Liga dos Campeões, frente ao Schalke 04, e no campeonato português, no jogo com o Desportivo das Aves.

Quando chegou, Militão deixou logo patente a ideia que tinha do FC Porto: “Estou num clube vencedor”. Cinco meses depois, é justo reconhecer que também ele contribui para que assim seja. Parabéns!