A história de Luis Díaz, que esta segunda-feira comemora 23 anos de vida, começa em Barrancas, o município do distrito de La Guajira, na Colômbia, onde nasceu a 13 de janeiro de 1997, descendente da tribo Wayúu. Tinha apenas um ano de idade quando a Colômbia chegou ao Mundial de França, que seria o último durante largos anos de transição geracional, até ao surgimento de James, Falcao e companhia. Mas a paixão pelo futebol nunca esmoreceu no país.

Muito menos em quem, como era o caso de Luis Díaz, usava a bola para distração de quase tudo. O talento estava lá, faltava a oportunidade. Chegou aos 18 anos, quando apareceu a uma espécie de casting para encontrar a seleção da Colômbia que iria disputar a Copa América Indígena. O mítico Carlos Valderrama, que Luis Díaz nunca vira no auge pela diferença de idades, escolheu-o de pronto.

Abriram-se as portas do Barranquilla FC e, mais tarde, do Junior Barranquilla, o emblema mais representativo da cidade. Estava lançado.

Luis Fernando Díaz Marulanda seria o primeiro futebolista de origem indígena a representar a seleção nacional da Colômbia e essa é uma vertente da sua vida que, não só, não oculta como ostenta orgulhosamente. Afinal de contas, é a génese de tudo.

Conta no currículo com a Taça da Colômbia e o Torneio Clausura de 2018, ambos conquistados ao serviço do Junior Barranquilla. A época de 2018, de resto, foi de sonho, com 16 golos em 59 jogos e o ano seguinte não ficou atrás, com a estreia na seleção principal da Colômbia. Carlos Queiroz, de resto, levou-o à Copa América organizada pelo Brasil, onde participou em três jogos.

No final, mudou-se para o FC Porto, com impacto imediato. Nesta altura, soma já 26 jogos e 10 golos, alguns de belo efeito, com destaque para o que marcou ao Rangers, em jogo da Liga Europa, no Dragão.

Luis Díaz é, assim, um nome do presente e futuro próximo do FC Porto, como os 23 anos que agora celebra ajudam a entender.

Muitos parabéns.