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No final da vitória em Paços de Ferreira (1-0), Sérgio Conceição deu os parabéns aos atletas pelo esforço mas não se considera totalmente satisfeito com a exibição do FC Porto

Praticamente seis anos depois, o FC Porto voltou a ganhar para o campeonato no Estádio Capital do Móvel. A vitória pela margem mínima, frente ao Paços de Ferreira, alargou a vantagem portista na liderança da Liga NOS para seis pontos, contudo Sérgio Conceição mantém os pés bem assentes na terra. O técnico dos Dragões realça a atitude e a entrega dos seus jogadores perante um Paços “muito bem organizado”. “A nossa vontade é sempre ganhar e proporcionar bons espetáculos, mas por vezes não dá”, explica o treinador azul e branco.

Nada a apontar à entrega e atitude da equipa no jogo
“Em termos de entrega ao jogo e de atitude no jogo não há nada a dizer dos meus jogadores. Tiveram uma dimensão muito grande, como são as caraterísticas e o ADN da equipa. Foi um jogo difícil perante um bom adversário. O Paços está muito bem organizado, tem jogadores interessantes. É uma equipa que ainda luta pelos seus objetivos e sabíamos que íamos ter um jogo muito difícil aqui. Quarto jogo consecutivo sem sofrer golos é importante para nós, essa consistência que tivemos como equipa. Hoje faltou-nos algo naquilo que é o processo ofensivo, nomeadamente durante o jogo. Podíamos, por vezes, ficar com mais bola. Nós sabíamos que o Paços é uma equipa pressionante, mas houve momentos em que podíamos ter mais qualidade na posse e circulação da bola. De qualquer das maneiras, o que fica é uma vitória importante. Já depois da retoma, noutros campos, criámos mais oportunidades, jogámos melhor e não conseguimos vencer. Importante vitória, três pontos importantes, parabéns aos jogadores por aquilo que foi a entrega ao jogo.”

Alargar da vantagem não muda nada
“Continuamos a trabalhar. Se me perguntar se estou extremamente feliz hoje, não estou. Porque queria jogar melhor, queria chegar mais vezes à baliza, queria ganhar por mais do que um golo. Mas não é fácil. Cada vez mais encontramos equipas com qualidade, equipas técnicas que também têm essa qualidade, equipas bem organizadas e que a responsabilidade maior é da equipa teoricamente mais forte e que luta pelo título. Por vezes não é fácil. A nossa vontade é sempre ganhar e proporcionar bons espetáculos, mas por vezes não dá. Vale a entrega e a luta que tivemos no jogo. Vale essa determinação e ambição para ganhar os três pontos. Da mesma forma, o dia de amanhã é de trabalho a pensar já no Belenenses.”

Sem comentários ao treinador do rival 
“Não tenho nada a dizer sobre isso, até porque não sabia. Apanhou-me agora de surpresa e não tenho nada a comentar.”

Empate ajustava-se mas o futebol é assim
“Entrámos bem, fizemos o golo. Penso que houve mais uma ou outra situação, na primeira parte, em que podíamos ter definido melhor no último terço. De qualquer das maneiras, naquilo que foi o nosso processo defensivo, sofremos alguma coisa com o meio-campo muito interessante do Paços. Com muitas permutas entre os médios, médios rotativos que criaram muita dificuldade até à chegada ao nosso terço defensivo. Mas a partir daí não houve praticamente oportunidades do Paços na primeira parte. Na segunda parte, é verdade, viu-se alguma reação do Paços. Nós, com grande determinação, fomos sempre defendendo a vantagem e espreitando a baliza adversária, porque faz parte das nossas caraterísticas, para conseguir um golo que desse alguma tranquilidade. A verdade é que encontrámos um Paços difícil de defrontar, forte, bem organizado e nós, numa ou noutra saída, podíamos ter acabado com o jogo. Se me pergunta se o resultado é justo… Talvez o empate fosse mais justo, muito sinceramente. Mas o futebol é isto. Eu lembro-me do ano em que fomos campeões, viemos aqui e falhámos um penálti, enviámos bolas aos postes, o tempo útil de jogo foi muito reduzido. Tivemos inúmeras oportunidades para fazer golos e saímos daqui com zero pontos. O último jogo fora também é prova disso. Praticamente 15 oportunidades de golo e empatámos. O jogo também é feito de exibições se calhar não tão espetaculares, mas espetaculares para mim naquilo que foi a determinação e ambição da equipa durante o jogo todo.”

Jogadores de parabéns mas com o foco no Belenenses
“No fim do jogo dei os parabéns aos jogadores. Durante a semana, como fazemos sempre, analisarei o jogo com a maior das tranquilidades. Um bocadinho mais aziado porque acho que podíamos ter feito algo mais, mas é isto. Agora é pensar no Belenenses. É jogo a jogo. Eu sei que é um chavão do futebol mas a verdade é essa. Não podemos preparar dois ou três jogos de uma vez, só podemos preparar um de cada vez e o Belenenses é o próximo.”

Focados no próprio trabalho para evitar ansiedade
“Nós não podemos pensar muito nos outros porque acabamos, se calhar, por não fazer o nosso trabalho. E devo confidenciar que alguma da ansiedade que houve no jogo se deveu, talvez, por os jogadores saberem o resultado dos outros jogos. E isso pode-se ter notado durante o jogo. O foco tem que ser o nosso trabalho. Porque se fizermos o nosso trabalho, dependemos só de nós e estamos mais perto de ganhar os jogos. Eu acho que é por aí. O que se passa nos outros clubes não nos diz respeito, temos que estar concentrados no nosso trabalho.”
 

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