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Campeões nacionais resistiram heroicamente a tudo e venceram o Benfica mesmo em inferioridade numérica (2-1), conquistando a 17.ª Taça de Portugal

O FC Porto conquistou a 17.ª Taça de Portugal do palmarés do clube e consumou a tão desejada dobradinha ao bater o Benfica (2-1), no Estádio Cidade de Coimbra, mesmo com dez jogadores desde os 38 minutos. Os campeões nacionais nunca se vergaram perante as adversidades e até estiveram a vencer por 2-0, com ambos os golos a serem apontados por Mbemba já na segunda parte (47m e 59m).

O FC Porto foi o primeiro grande protagonista do clássico pela forma autoritária como entrou em campo, realizando 25 minutos de grande nível. Logo aos quatro, Tecatito Corona combinou com Marega, tirou Weigl do caminho e rematou de pé esquerdo para boa defesa de Vlachodimos, que negou o golo ao mexicano. Foi, de resto, a única grande oportunidade da etapa inicial, marcada inevitavelmente por uma performance horrível de Artur Soares Dias. Pouco depois de perdoar o amarelo a Gabriel, o árbitro exibiu o segundo a Luis Díaz num lance com André Almeida e deixou o FC Porto em inferioridade numérica (38m).

A péssima atuação de Artur Soares Dias, com decisões absolutamente inacreditáveis, prosseguiu com o duplo amarelo e respetiva expulsão de Sérgio Conceição do banco portista (43m). Mesmo com dez jogadores, os campeões nacionais nunca permitiram jogadas de perigo ao Benfica no primeiro tempo. O arranque da etapa complementar dificilmente poderia ser melhor: livre de Alex Telles, Vlachodimos sai em falso e deixa a bola à mercê de Mbemba que, com muita categoria, cabeceou para a baliza deserta, dando vantagem ao FC Porto (47m). O central congolês voltou a brilhar e também foi assinado por ele o 2-0 para os Dragões.

Otávio bateu o livre com conta, peso e medida e Mbemba apareceu solto de marcação em zona frontal à baliza, cabeceando sem hipóteses para Vlachodimos, como um verdadeiro ponta de lança (59m). Na resposta surgiu o primeiro remate do Benfica enquadrado com a baliza de Diogo Costa, mas o jovem guarda-redes portista segurou o cabeceamento de Carlos Vinícius com facilidade (62m). A partir daqui, os campeões nacionais preocuparam-se sobretudo em segurar o precioso 2-0, nunca consentindo qualquer veleidade ao ataque lisboeta. Com um espírito coletivo verdadeiramente assombroso, a equipa portista voltou a ser um digníssimo representante da Invicta.

Carlos Vinícius ainda reduziu a diferença da marca de grande penalidade (84m) e Jota rematou ao poste já em período de compensação (90m+1), mas a Taça de Portugal estava destinada a terminar nas mãos da equipa que mais fez por a merecer. O coletivo comandado por Sérgio Conceição bateu-se de forma heroica e só pode encher de orgulho o Mar Azul, que também merecia a alegria da conquista de um troféu que escapava desde 2011. Tremenda demonstração de força e de caráter daquela que é indiscutivelmente a melhor equipa de Portugal: o FC Porto. A 17.ª Taça de Portugal teve a chancela de Mbemba, sem dúvida, mas o que fica para a história, além do resultado, é a forma como os Dragões responderam a todas as adversidades. É por jogos como este que o FC Porto é um clube único.

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