Mais de meio ano depois da interrupção das competições, motivada pela pandemia da Covid-19, a AJM/FC Porto está de volta à ação para disputar o primeiro troféu da nova temporada. No Centro de Desportos e Congressos de Matosinhos, a formação de Rui Moreira terá pela frente o conjunto do Porto Vólei na decisão da Supertaça de voleibol feminino de 2020. Na ótica do técnico portista, as nove semanas de trabalho de preparação para o embate da próxima sexta-feira (19h00, FC Porto TV e Porto Canal) são demonstrativas do “dever e responsabilidade” das voleibolistas azuis e brancas. “Temos um dever e uma responsabilidade perante o clube, perante os adeptos, porque isto é um clube muito grande que envolve muita gente”, acrescenta o treinador da AJM/FC Porto. Por sua vez, Joana Resende mostra-se ansiosa pelo regresso à competição: “é muito tempo sem contacto com a bola e, portanto, tínhamos de começar cedo para nos apresentarmos ao melhor nível possível”. “Estamos muito motivadas para lutar pelo primeiro título, que é um dos objetivos a que nos propusemos esta época”, declara a internacional portuguesa de 29 anos.

Rui Moreira
“Olhamos para esta final como para todas as outras: é para ganhar. Isto pode parecer um clichê, mas efetivamente é isto. Se não pensássemos desta forma, nesta altura não teríamos nove semanas de trabalho, não estaríamos perto dos 90 treinos já realizados nem teríamos tanto trabalho em cima, como certamente os nossos adversários também terão. Não tínhamos investido tanto, no que toca a criar condições e a resolver problemas, se não quiséssemos tanto entrar nesta competição para a ganhar. Temos o dever e a responsabilidade de lutar por esta Supertaça porque somos os vencedores do ano passado e queremos que o troféu continue em casa. Temos um dever e uma responsabilidade perante o clube, perante os adeptos, porque isto é um clube muito grande que envolve muita gente. Não só dentro do clube, mas também fora. Sabemos que temos muitos olhos postos em nós, como terão outras modalidades do FC Porto, e isso aumenta a nossa responsabilidade. Portanto, temos que entrar para este jogo como em todos os jogos: para ganhar. Este jogo tem um cariz especial, é uma final, é a primeira competição da época, abre a temporada. É uma final e as finais são para ganhar. Vamos encarar isto desta forma.”

Joana Resende
“São nove semanas de trabalho intenso. Começámos cedo porque, tendo em conta a situação que vivemos, foi um tempo de paragem muito longo e era preciso correr atrás do prejuízo. Apesar de termos sido acompanhadas durante a quarentena e termos tido trabalho específico para fazer. Mas não é a mesma coisa, é muito tempo sem contacto com a bola e, portanto, tínhamos de começar cedo para nos apresentarmos ao melhor nível possível. Para já, estamos muito contentes por se realizar a competição. Foram muitas reticências durante estes meses, se haveria ou não campeonato, por isso estamos muito contentes por podermos fazer o que mais gostamos. E estamos muito motivadas para lutar pelo primeiro título, que é um dos objetivos a que nos propusemos esta época. Por isso, a motivação está em alta.”