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Perante o domínio da W52-FC Porto, Amaro Antunes, Gustavo Veloso e o diretor desportivo Nuno Ribeiro salientaram o espírito de equipa dos ciclistas azuis e brancos

Pelo quinto ano consecutivo, a W52-FC Porto venceu a Volta a Portugal em bicicleta. O Penta portista na prova rainha do ciclismo nacional foi alcançado durante a tarde desta segunda-feira na baixa lisboeta. Após o cruzar da meta do contrarrelógio que fechou a edição especial da Grandíssima, os Dragões garantiram o primeiro e segundo postos da geral individual e a vitória por equipas. Amaro Antunes, o novo campeão da Volta, confidenciou ter vivido “dias de muita tensão” mas agradeceu aos “incansáveis” companheiros que o ajudaram a vencer. Aos 40 anos, Gustavo Veloso revelou que irá prolongar a carreira por mais uma temporada depois de um resultado que o deixou “muito satisfeito”. O diretor desportivo da W52-FC Porto destacou o “espírito de equipa” como o “segredo para o triunfo”. Nuno Ribeiro reforça o mérito dos seus atletas no triunfo de 2020: “todas as vitórias são difíceis, esta foi uma vitória num ano atípico, uma vitória especial. Só tínhamos tido dois dias de corrida até à Volta a Portugal, não sabíamos como estavam os adversários”.

Amaro Antunes
“Já posso respirar um pouco de alívio. Foram dias de muita tensão, mas era como eu dizia. Foi dia a dia. Eu sentia-me bastante confiante pelo grupo que tinha em meu redor, não há palavras para os meus colegas, foram incansáveis, deram tudo por mim. Hoje, quando parti para o contrarrelógio, só pensava que tinha de ganhar para retribuir todo o esforço que fizeram por mim. Queria dedicar esta vitória à minha mãe, por tudo o que ela tem passado. Estou bastante feliz. Tenho vindo a fazer um percurso bastante bonito, talvez tenha faltado um pouco de sorte em alguns momentos mas, felizmente, quando praticamos o bem ele mais tarde ou mais cedo chega. Hoje sinto-me realizado, é algo que não consigo explicar. Acima de tudo, quero agradecer a este grupo, ao Nuno Ribeiro e a toda a minha equipa, sem exceção, por tudo o que fizeram por mim. O mais importante foi o que nos propusemos como equipa, que era vencer a Volta a Portugal. Para ser sincero, ainda não caí na realidade, mas conseguimos. Obrigado a todas as pessoas que me têm apoiado. É mais um marco que consigo conquistar.”

Gustavo Veloso
“Não parti só em busca do segundo lugar e da vitória no contrarrelógio. Arranquei procurando ganhar a Volta, sabia que o Amaro estava forte, que o crono era curto e que não dava para fazer muita diferença. Mas sabia que tinha de fazer o melhor tempo possível e depois logo se veria. No final consegui ganhar a etapa, conseguimos, como equipa, fazer primeiro e segundo na geral. Penso que é um resultado muito importante para todos. E é a melhor maneira de dignificar os patrocinadores que, numa época tão difícil como esta, continuaram a dar-nos o seu apoio. É um grande resultado, estou muito satisfeito. Ganhar só ganha um, o mais importante é continuar a lutar e isso nós conseguimos fazer, tanto a nível individual como a nível coletivo. Posso dizer, desde já, que vou correr mais um ano. Quero estar perto dos adeptos que, anos após ano, vão para a estrada para nos apoiar. Este ano não puderam estar, a subida à Senhora da Graça foi diferente e eu quero despedir-me num ciclismo de verdade, não neste ciclismo diferente.”

Nuno Ribeiro
“O segredo para este triunfo foi o espírito de equipa entre todos. Também o suporte que temos dos patrocinadores, principalmente da W52 e do FC Porto. O mais importante é o espírito de grupo. O Amaro Antunes foi uma contratação deste ano, foi uma aposta que teve a oportunidade dele, na etapa da Senhora da Graça, e penso que tenha sido por isso. Ele é um atleta da equipa e eu dou o meu melhor em prol dele. É um dos três ciclistas que nós tínhamos que podia estar na discussão da Volta. Tinha perdido algum tempo no prólogo, mas depois engatou na etapa da Senhora da Graça e conseguiu vestir a camisola amarela. Manteve-a na etapa da Torre e agora, no contrarrelógio, mostrou que está num bom nível e está de parabéns pelo que conseguiu. Todas as vitórias são difíceis, esta foi uma vitória num ano atípico, uma vitória especial. Só tínhamos tido dois dias de corrida até à Volta a Portugal, não sabíamos como estavam os adversários. Apesar do que dizem, não foi uma vitória facilitada, o Frederico Figueiredo retirou segundos e depois da etapa da Serra da Estrela tudo podia acontecer, inclusive perdermos a Volta. Felizmente não aconteceu nada, correu tudo bem, acabámos por vencer e os ciclistas estão todos de parabéns.”

Jorge Nuno Pinto da Costa
“Sinto uma grande satisfação. Tínhamos grandes expetativas numa parceria que se iniciou há cinco anos, mas é verdade que não pensávamos ganhar a Volta a Portugal cinco anos seguidos. Não há mal nenhum em termos vitórias por excesso. Nas condições em que foi disputada esta Volta a Portugal, foi preciso muita dedicação, muito trabalho e muita inteligência para chegar ao final e vencer a prova de forma tão brilhante. Tivemos os dois primeiros lugares e vencemos coletivamente, por isso demonstrámos que éramos a equipa mais forte. Os ciclistas foram fantásticos e todos trabalharam muito para a equipa. Quando todos pensam na equipa, conseguem-se grandes vitórias como a de hoje.”

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