FCP logo

Portista Víctor Iturriza já adquiriu nacionalidade portuguesa e foi chamado pela primeira vez à seleção

Portugal estreia-se em novembro na fase de qualificação para o Europeu de andebol de 2022, uma tarefa para a qual conta com a ajuda de 11 jogadores do FC Porto. Um deles é Víctor Iturriza, que vai representar as cores nacionais pela primeira vez.

Em entrevista à FC Porto TV e ao Porto Canal, o pivô dos azuis e brancos encara a chamada com naturalidade, até porque a última temporada que cumpriu foi a “melhor” da carreira “a nível individual”. O luso-cubano observa que os jogadores do FC Porto já estão “habituados a um nível e ritmo muito exigentes” pela presença na Liga dos Campeões, acreditando por isso que “este andamento” vai “colocar Portugal bem lá no alto”.

Iturriza confessa que “gostaria de ter participado no Europeu deste ano e ter ajudado a seleção a alcançar aquele resultado histórico e, quem sabe, algo mais”. De qualquer forma, “isso já faz parte do passado” e agora o foco está já no apuramento para o próximo Campeonato da Europa, sendo que as ambições passam também por “levar Portugal a um lugar de topo no Mundial”. O jogador de 30 anos, que se manifesta “muito orgulhoso” por vestir a camisola das quinas, deixa claro que a seleção nacional “fica mais forte por poder contar com um clube como o FC Porto”.

Elemento fundamental do grupo portista comandado por Magnus Andersson, Víctor Iturriza falou ainda do que espera nos próximos tempos de azul e branco. Com contrato renovado até 2024, o andebolista é taxativo ao afirmar que no clube só se pode “querer ganhar tudo” e “alcançar proezas nunca antes conseguidas” para “continuar a engrandecer o nome do FC Porto no andebol”.

Percurso no FC Porto
“Tem sido sempre em crescendo. Cheguei ao FC Porto vindo do Avanca, o meu primeiro clube em Portugal e que me ajudou a ambientar-me à nova realidade. Eu vinha de Cuba e praticamente não tinha conhecimento do andebol que se praticava aqui no país e na Europa. Essa passagem pelo Avanca permitiu-me chegar ao FC Porto mais preparado e já com a consciência do que teria de fazer. O primeiro e segundo anos no FC Porto foram mais difíceis, o que é normal já que estamos perante um novo clube, outras ideias e outros objetivos. A adaptação à equipa e ao tipo de jogo praticado custa sempre, mas o meu trajeto tem sido sempre ascendente, tenho vindo a crescer ano após ano no FC Porto.”

Convocação para a seleção portuguesa
“A última época, a nível individual, foi a minha melhor e isso contribuiu obviamente para a chamada à seleção. Foi uma temporada incrível e naturalmente o meu rendimento fez com que o selecionador português me tenha chamado. Claro que é bom quando vemos o nosso trabalho recompensado. A exigência aqui no FC Porto é grande e não é fácil estar sempre num patamar elevado, pelo que sabe bem quando o consegues fazer e te reconhecem.”

Chamada à seleção no momento certo
“Acho que hoje em dia estou muito mais ponderado e conheço muito melhor os detalhes de cada jogada. Estou na melhor fase da minha carreira.”

Alta voltagem
“Eu e os outros jogadores do FC Porto que foram chamados à seleção já estamos habituados a um nível e ritmo muito exigentes. Já jogámos contra os melhores jogadores da modalidade que também vamos encontrar na seleção e conseguimos batê-los. O último exemplo é o Kielce, uma grande equipa que é líder do nosso grupo na Liga dos Campeões e contra a qual empatámos, mas a verdade é que podíamos ter vencido o jogo. Só nos pode deixar orgulhosos levar o FC Porto a um nível tão alto na Europa, acho que podemos levar este andamento à seleção e colocar Portugal bem lá no alto.”

Naturalização chegou tarde?
“Claro que gostaria de ter participado no Europeu deste ano e ter ajudado a seleção a alcançar aquele resultado histórico e, quem sabe, algo mais. Infelizmente, devido a um atraso de duas semanas, não consegui naturalizar-me a tempo dessa competição, o que foi pena porque queria fazer parte daquele grupo. De qualquer forma, isso já faz parte do passado, Portugal fez um grande trabalho, histórico e espero agora contribuir para que alcance muitos outros feitos.”

Objetivos ao serviço da seleção
“Mais do que as metas individuais, o que interessa é o coletivo, é a seleção. Nos próximos tempos, o que importa é garantir o apuramento para o Europeu e levar Portugal a um lugar de topo no Mundial. Temos de pensar em grande porque a seleção portuguesa é muito forte. Há muita gente que se calhar não tem noção disto por falta de conhecimento do mundo do andebol, mas Portugal tem uma grande equipa que pode conseguir excelentes resultados. Acho que hoje em dia não se pode olhar para Portugal como uma equipa pequena só porque não tem um historial rico na modalidade. Isso já é passado, Portugal agora é uma seleção grande e está a jogar um andebol muito bom.”

11 portistas na última convocatória da seleção portuguesa
“É algo que facilita a integração na seleção, sem dúvida. É obviamente mais fácil quando chegas a uma equipa e já tens lá companheiros que te ajudam a absorver as ideias do treinador. Grande parte do grupo do FC Porto está na seleção e naturalmente isso ajuda a assimilar a filosofia do selecionador nacional. Nós, no FC Porto, jogamos quase de olhos fechados e, tendo muitos dos jogadores do clube na seleção, a gestão fica muito mais fácil até para o próprio treinador, que não tem de fazer o trabalho do zero. Quando se trabalha com jogadores que praticamente não se conhecem, a tarefa é mais complicada. Neste caso, já há um núcleo forte entrosado e assim é muito mais fácil integrar toda a gente. Portugal fica mais forte por poder contar com um clube como o FC Porto, que faz chegar à seleção um lote tão grande de jogadores.”

Orgulho
“Estou muito orgulhoso por representar Portugal. Era o meu objetivo desde que iniciei o processo de naturalização. Claro que o facto de ter nacionalidade portuguesa não implicava a chamada imediata à seleção, consegui-o graças ao trabalho que tenho vindo a fazer e só posso ter orgulho por terem reparado em mim e por me terem dado esta oportunidade de representar Portugal.”

Ambições de azul e branco
“Continuo a pensar da mesma forma como pensava quando cheguei aqui ao FC Porto. Neste clube, só podes querer ganhar tudo, dar o teu melhor e alcançar proezas nunca antes conseguidas, por isso ambiciono continuar a ganhar, permanecer na Liga dos Campeões e continuar a engrandecer o nome do FC Porto no andebol.”

    O Portal do FC Porto utiliza cookies de diferentes formas. Sabe mais aqui.
    Ao continuares a navegar no site estás a consentir a sua utilização.