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"Bês" portistas foram outra vez vítimas de uma má arbitragem no empate caseiro com o Benfica B (1-1), em desafio da 17.ª jornada da Liga Portugal 2

O FC Porto B foi mais uma vez prejudicado pela arbitragem na Liga Portugal 2 e, apesar da superioridade evidenciada, empatou a um golo na receção da 17.ª ronda ao Benfica B. Com a igualdade no clássico, os jovens comandados por Rui Barros chegaram aos 13 pontos na classificação.

Numa tarde chuvosa, o relvado estava pesado e condicionou sobremaneira a partida. A bola não rolou com fluidez e foi precisamente isso que esteve na origem da primeira jogada de perigo, ainda dentro dos cinco minutos iniciais. Depois de o central Tomás Araújo ter tentado fazer um passe ao guarda-redes, o esférico ficou preso e à mercê de Danny Loader, valendo à equipa lisboeta a interceção, fora da grande área, de Carlos Santos, embora com o braço, pelo que o guardião devia ter sido expulso. No seguimento do lance, Henrique Araújo ficou isolado, mas adiantou demasiado a bola e Ricardo Silva controlou a situação.

Antes da falha elétrica, a qual inviabilizou de resto a transmissão televisiva dos últimos 30 minutos da primeira parte, Tiago Gouveia criou mais sobressalto no terço defensivo dos azuis e brancos, ao desferir um remate ao poste. A partir daqui, os Dragões tornaram-se mais dominadores e, na sequência de um canto, João Marcelo também atirou ao ferro, de cabeça. Mais tarde, foi Rodrigo Valente a estar perto de fazer o 1-0.

Na metade complementar, o árbitro João Malheiro Pinto esteve novamente em destaque pela negativa: não puniu os visitantes com aquela que seria mais uma expulsão, depois de Fábio Baptista, já admoestado com o cartão amarelo, ter cometido uma falta dura sobre Danny Loader. Os “bês” portistas não deixaram, contudo, de continuar a procurar avidamente o golo e foi justamente o avançado inglês quem obrigou Carlos Santos a uma defesa apertada a dois tempos.

As oportunidades claras acumulavam-se em favor dos anfitriões. Já após o pontapé à malha exterior de Rodrigo Conceição, João Marcelo cabeceou à barra e Tiago Matos, de pé esquerdo, protagonizou outro momento em que a formação da Invicta quase ganhou vantagem. Quando já faltava pouco para os 90, o árbitro entendeu que João Marcelo cometeu penálti sobre Duk e expulsou Ricardo Silva por suposta agressão, que não existiu, ao 42 benfiquista. Paulo Bernardo cobrou com sucesso a grande penalidade.

Perante todas estas adversidades, o coletivo azul e branco não baixou os braços e já nos descontos Diogo Bessa, servido por Rodrigo Valente, deixou um sinal do que aconteceria pouco depois, quando Mor N’diaye, com espaço na grande área contrária, igualou o encontro, estabelecendo o resultado final.

Em declarações à FC Porto TV e ao Porto Canal, Rui Barros elogiou o grupo e condenou o trabalho da equipa de arbitragem: “Apesar do relvado, que estava mau para as duas equipas, tivemos uma atitude fantástica. Os jogadores foram uns guerreiros. O Benfica teve apenas uma bola ao poste durante os 90 minutos e nós muitas, só que as bolas não entram, não sei o que se passa. Temos de melhorar o que está menos bem. Mas estes miúdos merecem tudo, se não for comigo será com outro treinador. Não merecem estar na posição em que estão pelo que fazem durante a semana e nos jogos. O futebol é mesmo assim, vive dos pontos e dos resultados. Isto dói-me porque os vejo ali revoltados. É muito fácil marcar penáltis contra o FC Porto, especialmente contra a equipa B. O Ricardo Silva é expulso e não fez absolutamente nada. Depois diz-se que ele deu um chapo ao jogador do Benfica, mas é mentira. Os árbitros só podem assinalar aquilo que veem e não tomar decisões porque alguém diz que se fez alguma coisa. Eu não estou a usar isto como desculpa, porque a culpa também é minha, mas assim fica mais difícil”.  

O FC Porto B reentra em campo no próximo domingo, igualmente em Pedroso. O desafio da 18.ª jornada face ao Varzim tem início agendado para as 15h00 (FC Porto TV, Porto Canal).

FICHA DE JOGO

FC PORTO B-BENFICA B, 1-1

Liga Portugal 2, 17.ª jornada
25 de janeiro de 2021
Estádio de Pedroso, em Vila Nova de Gaia

Árbitro: João Malheiro Pinto
Assistentes: Daniel Santos e Nuno Pires
Quarto árbitro: Daniel Cardoso

FC PORTO B: Ricardo Silva, Rodrigo Conceição, João Marcelo, Gonçalo Brandão (cap.), Diogo Bessa, Tiago Matos, Mor N’diaye, Rodrigo Valente, Johan Gómez, Gonçalo Borges e Danny Loader
Substituições: Johan Gómez por Kelvin Boateng (66m), Gonçalo Borges por Igor Cássio (76m), Rodrigo Conceição por Ivan Cardoso (89m)
Não utilizados: Rafa Pereira, Rodrigo Pinheiro, Pedro Justiniano, Carlos Gabriel, Diogo Ressurreição e Bernardo Folha
Treinador: Rui Barros

BENFICA B: Carlos Santos, Fábio Baptista, Tomás Araújo, Morato, Pedro Ganchas, Ilija Vukotic, Diogo Mendes (cap.), Tiago Gouveia, Gerson Sousa, Henrique Araújo e Paulo Bernardo
Substituições: Gerson Sousa por Henrique Pereira (60m), Tiago Gouveia por Duk (80m), Henrique Araújo por Zé Gomes (94m)
Não utilizados: Leo Kokubo, Sandro Cruz, Rafael Brito, Martim Neto e Tomás Azevedo
Treinador: Nélson Veríssimo

Ao intervalo: 0-0
Marcadores: Paulo Bernardo (90m), Mor N’diaye (93m)
Disciplina: cartão amarelo a Fábio Baptista (29m), Tiago Gouveia (66m), Gonçalo Brandão (72m), cartão vermelho a Ricardo Silva (87m), cartão amarelo a Henrique Pereira (97m)

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