A primeira volta da Liga NOS terminou de forma terrível para o FC Porto. Os campeões nacionais regressam de Oeiras com dois pontos perdidos e com um jogador em falta. No final de uma partida com mais luta do que espetáculo, como indica o resultado (0-0) e como se antevia dado o péssimo estado do terreno, Nanu – que estava a ser dos melhores em campo – foi vítima de um atropelamento na área da Belenenses SAD que saiu impune. Para o nosso atleta e para o enfermo futebol português ficam os desejos de uma recuperação célere e total.

O aviso de Sérgio Conceição na conferência de imprensa de antevisão cumpriu-se. O treinador campeão nacional havia alertado para a necessidade de promover alterações na equipa e os Dragões entraram com quatro novidades de início: Nanu, Fábio Vieira, Felipe Anderson e Evanilson. Do outro lado, a Belenenses SAD optou por um onze de tração atrás com cinco defesas. A ação foi escassa no primeiro quarto de hora, com o único momento de destaque a ser um toque nas pernas de Taremi dentro da área da casa que Fábio Veríssimo e o VAR Rui Oliveira mandaram seguir. Aos vinte minutos, Matheus Uribe deu início à troca de tiros, porém o disparo do colombiano morreu nas luvas de Kritciuk. Dois minutos depois, e após descoordenação na defensiva portista, Afonso Sousa atirou de longe com a baliza aberta. A tentativa do antigo atleta azul e branco saiu muito por cima e não causou calafrios. Antes da meia hora, Sérgio Oliveira desfere um grande remate de ressaca que o guardião belenense não consegue agarrar e, na recarga, Mehdi Taremi cabeceia por alto. Pouco depois, um canto teleguiado de Fábio Vieira encontrou Evanilson, mas o cabeceamento do dianteiro não saiu enquadrado com a baliza. Cinco minutos volvidos, o número 30 do FC Porto voltou a ser protagonista de uma ocasião de perigo: Yaya alivia contra o pé de Taremi, a bola ressalta até Evanilson e o brasileiro coloca a bola por cima e para dentro das redes de Kritciuk. O lance viria a ser anulado por um adiantamento de 8 centímetros de Evanilson em relação ao penúltimo adversário. Ainda antes do intervalo, já no tempo de compensação, Nanu arrancou da direita para o meio, tocou para Felipe Anderson e o camisola 28 portista rematou a meia altura. O guarda-redes da Belenenses SAD negou a iniciativa do internacional canarinho e também a de Mehdi Taremi, na recarga.

Após o regresso dos balneários, Sérgio Conceição esperou doze minutos para mexer na equipa e fez entrar Luis Díaz para o lugar de Felipe Anderson. Assim que o colombiano entrou, o já amarelado Yaya interrompeu um contra-ataque dos Dragões e escapou ao segundo cartão amarelo. Nesta altura, a toada do final da etapa inaugural mantinha-se, com o FC Porto a encostar a Belenenses SAD às cordas. Aos 67 minutos, Yaya voltou a cometer nova infração sem ser punido e Petit retirou-o do jogo no mesmo momento. Depois de Díaz foi a vez de Marega e Tecatito Corona serem lançados para tentarem desfazer o nulo. Ainda a frio, o mexicano trabalhou bem sobre a esquerda, cruzou com o pé canhoto para Taremi desferir uma grande cabeçada que obrigou Kritciuk a enorme intervenção. Para aquecer, Corona sofreu uma entrada inqualificável do também amarelado Diogo Calila que não valeu qualquer tipo de sanção. Logo a seguir, o cenário tornou a repetir-se e o treinador visitado retirou de campo mais um atleta que fugiu à expulsão. A cinco minutos dos noventa, Zaidu rende Manafá e tem lugar o acontecimento que estragou definitivamente a noite portista: o guardião russo da formação do Jamor choca violentamente com Nanu e deixa o luso-guineense inconsciente dentro da sua área. Perante a angústia de todos em Oeiras, o ala de 26 anos foi transportado para o hospital de ambulância. Por sua vez, Fábio Veríssimo assinalou pontapé de canto e admoestou Marega com a cartolina amarela. Palavras para quê?