FC Porto recebeu e venceu a Juventus por 2-1 na primeira mão dos “oitavos” da Liga dos Campeões
Foi um FC Porto à FC Porto aquele que se apresentou ao serviço para a primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões. Na noite desta quarta-feira, no Estádio do Dragão, os detentores do triplete nacional bateram a eneacampeã italiana Juventus por 2-1 e deram uma grande demonstração de estaleca europeia e de um enorme espírito batalhador que deixa a vantagem (mínima) do lado portista para o jogo de volta em Turim, no próximo dia 9 de março.
Consequência do empate caseiro no dérbi do último fim de semana frente ao Boavista, Sérgio Conceição alterou quatro peças no onze dos Dragões. As saídas de Diogo Leite, Malang Sarr, Fábio Vieira e João Mário deram lugar às entradas de Mbemba, Zaidu, Matheus Uribe e Otávio. O único embate entre dois emblemas campeões europeus na abertura da fase a eliminar da liga milionária dificilmente podia ter começado de melhor forma para os vencedores da prova em 1987 e 2004. Ainda antes dos noventa segundos, Bentancur fez um atraso arriscado para Szczesny e Mehdi Taremi aproveitou para cobrar o erro da defensiva contrária. De carrinho, o iraniano bateu o guarda-redes internacional polaco e inaugurou o marcador no reduto portuense. A partir daí o FC Porto comprovou que a excelente entrada não era fogo de vista e mostrou-se muito aguerrido, com grande disponibilidade física e fortíssimo nos duelos, perante uma Juventus que parecia algo alheada da cimeira luso-italiana.
Ao quarto de hora, os transalpinos ainda não haviam efetuado qualquer disparo e os portistas mantinham-se extremamente compactos. Tal ficava bem patente sempre que os bianconeri tentavam sair a jogar curto a partir de trás: o FC Porto subia as linhas e colocava a formação de Andrea Pirlo em sérios apuros. Quando a vecchia signora optava por bater longo na frente, as bolas perdiam-se pela linha lateral. Já com Demiral no posto de Chiellini – que entregou a braçadeira juventina ao ex-portista Alex Sandro – Marchesín foi chamado ao jogo pela primeira vez e negou o empate com uma grande intervenção. Até aí, o guardião que figura no top dos menos batidos da atual edição da “Champions” apenas tinha aparecido para encurtar os espaços nas costas da defesa da casa.
O início da segunda parte pareceu ter sido tirado a papel químico do da primeira. Após excelente combinação pela direita do ataque, Manafá galgou metros até à área forasteira e serviu Marega. De frente para a baliza, o maliano não vacilou e fez o 2-0 para gáudio dos companheiros em campo e na bancada. De seguida foi a vez de Matheus Uribe exibir toda a sua qualidade ao negar, com um corte de carrinho dentro da área azul e branca, um ataque promissor conduzido por Kulusevski. Dois minutos depois, Sérgio Oliveira arrancou sozinho pelo corredor central e concluiu a iniciativa com um tiro de pé esquerdo desde a meia-lua que Szczesny agarrou facilmente. Regressado de lesão, o desgastado Otávio foi rendido por Luis Díaz e, do outro lado, Pirlo também mexeu no elenco e no sistema tático. A Juventus passou de um 3-5-2 - com Danilo a fazer de terceiro central e Chiesa como ala direito - para uma linha fixa de quatro atrás com Chiesa na esquerda e Kulusevski na direita do ataque. Pouco depois, Grujic rendeu o também exausto Marega e Tecatito Corona tentou marcar o golo da noite de pontapé de bicicleta, contudo o mexicano veria ser-lhe assinalado fora de jogo.
Obrigado a sujar o equipamento pela segunda vez, Marchesín voltou a negar o primeiro aos visitantes enquanto decorria o minuto setenta. Volvidos cinco minutos, Matheus Uribe fez-se rogado mas Sérgio Oliveira não. O colombiano serviu o colega de posição para este tornar a disparar à figura desde a meia distância. Dentro dos derradeiros dez minutos, o subcapitão do FC Porto bateu um canto de régua e esquadro para Marko Grujic cabecear à malha lateral. No ataque seguinte, Rabiot aproveitou o espaço que lhe foi concedido pela esquerda e cruzou atrasado para Chiesa aparecer ao segundo poste e, de primeira, reduzir a desvantagem para a Juventus. Até ao final, Francisco Conceição entrou lado a lado com Loum e estreou-se na maior competição de clubes do planeta com apenas 18 anos. Depois de Alex Sandro ver a cartolina amarela por impedir Mehdi Taremi de arrancar praticamente isolado rumo à sua baliza, Cristiano Ronaldo pediu penálti na área do FC Porto, mas o árbitro Carlos Del Cerro e o VAR não consideraram existir qualquer infração sobre o capitão da seleção nacional. Logo a seguir, o apito final do juiz espanhol selou um triunfo do campeão português diante do homólogo italiano que, por incrível que pareça, pode ter sabido a pouco às hostes azuis e brancas. É a exigência da Invicta.
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