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FC Porto sofreu novo desaire diante do Benfica (5-6) nas “meias” do nacional de hóquei em patins

A estrelinha não quer nada com o campeão. Ao início da tarde deste sábado, no segundo jogo da meia-final do campeonato de hóquei em patins, os atuais detentores da prova voltaram a perder (5-6) com o Benfica e comprometeram seriamente as hipóteses de revalidarem o título nacional. Uma série de infortúnios e a enorme eficácia dos forasteiros são as principais causas de uma derrota difícil de aceitar. Para poderem continuar a sonhar com a final, os comandados de Guillem Cabestany precisam de ganhar os próximos dois jogos no pavilhão da Luz.

A falta de sorte portista manifestou-se bem cedo e nos dois extremos da pista. Primeiro sob a forma de uma bola no travessão visitante e de seguida num remate de Diogo Rafael que embate no ferro e nas costas de Xavier Malián antes de entrar nas redes portistas. Em desvantagem, os Dragões não desaceleraram e Pedro Henriques ia salvando consecutivamente os benfiquistas. A igualdade demorou mas surgiu na sequência de uma bola parada que Carlo Di Benedetto desviou à boca da baliza. A resposta forasteira foi imediata, voltou a ter a assinatura de Diogo Rafael e mereceu protestos. Depois de, minutos antes, um lance passível de penálti a favor dos azuis e brancos ter sido ignorado pela dupla de arbitragem, desta feita a ação de Gonçalo Pinto na área da casa impediu Mali portista de defender no lance do 2-1. Pouco tempo volvido, de grande penalidade, Gonçalo Alves colocou a bola por entre as pernas de Pedro Henriques e restabeleceu o empate. A nona falta encarnada foi merecedora de cartão azul e de livre direto, que o maior artilheiro do campeonato não foi capaz de transformar em golo. Na conversão do livre direto resultante da décima, Carlo Di Benedetto não fez melhor do que o companheiro de equipa. Antes do intervalo, e da mesma marca, Lucas Ordoñez recolocou o Benfica em vantagem (2-3).

O segundo tempo arrancou tal e qual como o primeiro: com o FC Porto balanceado para o ataque e com o golo lisboeta a surgir do nada. A maré de azar mantinha-se e, na sequência da 15.ª falta do Benfica, Gonçalo Alves enviou o livre direto à trave de Pedro Henriques. O 2-5, da autoria de Sergi Aragonés, apareceu logo a seguir para desalento dos atletas e equipa técnica azul e branca. Imune a isso, Gonçalo Alves bisou e reduziu para 3-5 no equador da etapa complementar. Já dentro dos derradeiros dez minutos, Xavier Barroso aproximou ainda mais os dois conjuntos na conclusão de um rápido contra-ataque. Um penálti transformado em golo por Edu Lamas praticamente selou a vitória encarnada. Rafa ainda reduziu para a distância mínima (5-6) a 30 segundos do término da contenda.

“Sinceramente, só posso dizer que sinto um orgulho imenso pelo trabalho da equipa, pela luta, pela entrega e pela forma como nos tentámos levar depois dos maus momentos. Estamos perante uma época com oito meses de trabalho e de espírito de grupo, obviamente sabíamos que este ano podia ser diferente na parte final. A Liga Europeia joga-se em dois fins de semana e o campeonato num play-off. Não se pode ganhar títulos sem fazer uma boa reta final da época. Não estamos numa fase brilhante como estivemos há um mês e meio, quando as bolas batiam no poste e entrava. Estamos num ponto em que a eficácia dos adversários e o nosso desacerto faz com que os jogos se compliquem. Acho que fizemos um jogo extraordinário, não posso apontar nada aos jogadores. Foi um jogo ingrato, não conseguimos estar na frente e a equipa lutou muito. As caras dos jogadores mostravam uma sensação de acumulação de desgraças que não é fácil reverter. Os jogadores não são máquinas, são pessoas que sofrem quando as coisas não correm bem. Depois disto vou ser o último a atirar a toalha ao chão. Estou convencido de que os jogadores farão o mesmo e que vamos lutar até ao último minuto do último jogo. Vamos levantar a cabeça e trabalhar o próximo jogo para que esta série se alargue. Nada a apontar, muito orgulho no nosso trabalho, espero que tenhamos um pouco mais de sorte e acerto para no domingo jogarmos em Lisboa”, declarou Guillem Cabestany após o apito final.

A eliminatória muda-se agora para Lisboa. Na próxima quarta-feira (20h00, FC Porto TV/Porto Canal), o reduto do Benfica é palco do terceiro jogo das meias-finais.

FICHA DE JOGO

FC PORTO FIDELIDADE-BENFICA, 5-6

Campeonato Nacional, play-off, meia-final, jogo 2
22 de maio de 2021
Dragão Arena

Árbitros: Luís Peixoto e João Duarte

FC PORTO FIDELIDADE: Xavier Malián (g.r.), Reinaldo García (cap.), Rafa, Xavier Barroso e Gonçalo Alves
Suplentes: Tiago Rodrigues (g.r.), Giulio Cocco, Ezequiel Mena, Poka e Carlo Di Benedetto
Treinador: Guillem Cabestany

BENFICA: Pedro Henriques (g.r.), Valter Neves (cap.), Diogo Rafael, Lucas Ordoñez e Gonçalo Pinto
Suplentes: Marco Barros (g.r.), Carlos Nicolia, Edu Lamas, Sergi Aragonés e Danilo Rampulla
Treinador: Alejandro Domínguez

Ao intervalo: 2-3
Marcadores: Diogo Rafael (4m e 13m), Carlo Di Benedetto (13m), Gonçalo Alves (15 e 38m), Lucas Ordoñez (30m), Xavier Barroso (41m), Edu Lamas (47m) e Rafa (50m)

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