Face ao castigo de Sérgio Conceição, foi Vítor Bruno quem liderou o FC Porto a partir do banco na reviravolta transformada em goleada diante da Belenenses SAD (4-1), no Estádio do Jamor, na 18.ª jornada da Liga Portugal Bwin, a primeira da segunda volta. Após a 13.ª vitória consecutiva no campeonato, Vítor Bruno reconheceu que os Dragões sentiram dificuldades perante a entrada forte dos lisboetas, mas a partir dos 25 minutos “foi sempre a crescer”. A liderança continua a pertencer ao FC Porto, mas não há espaço para deslumbramentos e “é preciso estar sempre alerta”.

O resumo do jogo
“Foi um jogo num campo tradicionalmente difícil para nós. Nos últimos cinco anos tivemos sempre dificuldades em vencer. A Belenenses SAD, sempre que começou com 11 nos jogos em casa, só por duas vezes perdeu por dois ou mais golos de diferença, o que diz da sua qualidade. A Belenenses SAD entrou com uma agressividade fortíssima e demorámos a reagir a isso. Sofremos um golo a abrir e até aos 25 minutos tivemos dificuldades em encontrarmo-nos, mas a partir daí foi sempre a crescer. Percebemos onde havia espaços e onde podíamos ferir o adversário. Os golos foram aparecendo naturalmente e traduzem aquilo que se passou no campo.”

O talento de Fábio Vieira e a expulsão de Yaya Sithole
“As regras são para cumprir. É um problema que não nos diz respeito, mas resulta de tentarem travar jogadores de enorme talento, como aconteceu com o Fábio Vieira no lance em questão. O Fábio Vieira percebe o jogo como poucos, vê onde há espaços para colocar em prática toda a criatividade que tem e provoca comportamentos como o que vimos.”

A boa entrada de Francisco Conceição
“O Francisco entrou muito bem, tal como todos os outros. O Francisco é um acelerador nato, cria dificuldades com a bola nos pés, é irreverente e não se esconde do jogo, além de ser fortíssimo no um contra um.”

A saída de Bruno Costa ainda na primeira parte
“A nós, treinadores, dói-nos quando temos que mexer e dói a quem sai numa primeira parte. Estou a falar do Bruno Costa, a quem já tinha acontecido o mesmo contra o Sporting, em Alvalade. Ele merece uma palavra da nossa parte, pois tem sido um profissional exemplar e o nosso balneário vive de empatias e sinergias muito fortes. O Bruno cresceu muito nos últimos anos e o nascimento do filho também o ajudou muito. É um ser humano que merece uma palavra da nossa parte, porque é duro para os treinadores fazer o que fizeram.”

O penálti falhado por Luis Díaz
“Há poucas palavras para caracterizar o Luis. Tem um talento imenso. A forma como ele comunica com a bola é quase poética. Pode ser que tenham visto o penálti falhado e que tenham uma razão para não o levarem daqui.”

Três pontos de vantagem sobre o Sporting e nove sobre o Benfica
“A distância começar a alagar-se para quem vai em terceiro, mas sabemos pelo passado recente que é preciso estar sempre alerta. Da mesma forma que catapultamos a capacidade da equipa para um rendimento superlativo, também podemos cair a pique num jogo ou numa semana. Não nos deslumbramos.”