Os play-offs da Liga Portuguesa de Basquetebol arrancam esta quarta-feira no Dragão Arena. A partir das 19 horas, em direto na FC Porto TV e no Porto Canal, FC Porto e Vitória de Guimarães medem forças no primeiro jogo dos quartos de final e Fernando Sá explica que “a estratégia é importante”, mas essencial é “transferir a intensidade demonstrada nos clássicos para estes jogos”. “De outra forma podemos encontrar problemas que não queremos”, acrescenta.

Disposto a “continuar a trabalhar e dignificar o clube da forma que tem sido evidente”, o Treinador do Ano mostra-se preparado para defrontar “uma equipa muito bem orientada, com um excelente plantel bem estruturado em termos ofensivos e defensivos”. Por isso, e porque a reconquista do título “seria bom para milhares de pessoas ficarem felizes”, o técnico portista sabe que “as expetativas” agora “são grandes” e assegura que “o objetivo, sonho e desejo” de todos passa por atingir esse feito.

Uma pequena revolução
“Tracei muitos objetivos e sinto que fomos crescendo ao longo do ano. Não estou a falar de resultados, de competições europeias nem das exibições que fomos fazendo. Estou a falar do crescimento do basquetebol dentro do clube refletido no número de adeptos que têm estado aqui. Deixo-lhes uma palavra de gratidão porque têm sido um suporte muito grande. Sentimos que começámos sem grandes expetativas das pessoas e agora elas são grandes. Estamos muito satisfeitos por isso.”

Fortes contra os fortes
“Temos tido prestações bastante consistentes contra os nossos adversários diretos, mas contra os adversários teoricamente não-candidatos não temos os resultados esperados. Vamos defrontar o Vitória, oitavo classificado e uma equipa muito bem orientada, com um excelente plantel bem estruturado em termos ofensivos e defensivos. Nos play-offs temos de encarar cada jogo como uma final para tentarmos disputar o título.”

Raio-X aos vimaranenses
“O Vitória é uma equipa que tem atletas com uma excelente capacidade de finalização, que vai diretamente à procura das vantagens e que tem criado problemas a toda a gente. Em termos ofensivos têm sido bastante fortes, consistentes e temos de estar preparados para isso. A estratégia é importante, mas temos de transferir a intensidade demonstrada nos clássicos para estes jogos. De outra forma podemos encontrar problemas que não queremos.”

O sexto jogador nas bancadas
“É fundamental. Mesmo nos momentos de derrota, que ninguém gosta de ter, sentimos que eles continuam a confiar na equipa e que estão identificados com o que temos feito ao longo da época. Não é o facto de termos perdido um jogo que nos faz deixar de acreditar. Para nós são extremamente importantes, são sempre bem-vindos e a razão para queremos continuar a trabalhar e dignificar o clube da forma que tem sido evidente. Sou suspeito por dizê-lo, mas parece-me que sim.”

O Treinador do Ano
“Tenho a certeza de que este prémio não tem significado só para mim. Tem significado para o João Pedro, para o Raul, para o Vítor e para toda a estrutura que nos acompanha diariamente. É mais fácil receber este tipo de prémios quando trabalhamos diariamente com um grupo de atletas desta qualidade. Nós somos muito melhores treinadores quando temos bons jogadores e fico satisfeito por tudo isso. É o juntar das peças todas que nos leva a este sucesso. Ganhou o treinador, podia ter ganho um jogador, fisioterapeuta ou médico. É um trabalho de conjunto que me dá muita satisfação.”

Título na mira
“Esse sim, é o nosso grande objetivo, o nosso sonho e o nosso desejo. É para isso que trabalhamos desde o primeiro dia. Tentamos que esteja permanentemente na nossa cabeça e trocaria já o prémio de Melhor Treinador pelo Campeonato Nacional. Ao lado dele não tem significado nenhum, porque o título é algo histórico e não é só bom para nós, treinadores. Seria bom para milhares de pessoas ficarem felizes e eu também.”