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Vítor Baía denunciou os erros de arbitragem que têm prejudicado o FC Porto em 2023/24

Numa extensa entrevista que é manchete da edição desta sexta-feira do jornal O Jogo, Vítor Baía evidenciou a diferença de tratamento de que o FC Porto tem sido alvo nesta época, afirmação que sintetizou com a frase “fazem de nós arruaceiros e de outros anjinhos”.

“Convencido de que, com o élan e a união que existe”, os portistas vão “chegar ao fim como campeões”, o administrador da SAD começou por explicar que há “razões de queixa por tudo o que se passou até agora”, até porque “nos últimos jogos” não houve um único “sólido, tranquilo e normal por parte das equipas de arbitragem”.

“Não queremos que nos ajudem, nem queremos ser beneficiados”, continuou a antiga glória do clube, que apenas quer que se chegue “ao fim e que se diga que [as equipas] são campeãs por mérito e não por influência de terceiros”. Quanto a exemplos claros, Baía recuou até ao dérbi disputado no Bessa, em que não foi assinalado um penálti “unânime” sobre Eustáquio, um dos “variadíssimos que têm acontecido ao longo da época”.

Mas nem só nos campos em que pisa o FC Porto há intenção de prejudicar o clube. “Anteontem vimos uma situação gravíssima de um jogador do Benfica a encostar a cabeça a um auxiliar – que não apareceu na transmissão, o que é ainda mais grave – e não aconteceu nada”, explicou o dirigente, que não tem dúvidas de que “se fosse o nosso capitão, o Pepe, a colocar a cabeça em frente à testa de um auxiliar, como aconteceu anteontem, estava tudo tramado. Eram primeiras páginas e quase irradiado”.

Neste momento, a tabela classificativa tem um primeiro classificado que conta com “o lance do Casa Pia – gravíssimo –, que tem que ver uma má colocação das linhas de fora de jogo”, algo “inadmissível” nos tempos atuais, com “o jogo de Faro, em que o Hjulmand tinha de ser expulso” e houve “um penálti fantasma no último minuto” e ainda com o perdão eterno a Gyokeres, que “pela agressividade que coloca no jogo, já devia ter sido expulso em vários” encontros, basta analisar “o pisão que deu no tendão de Aquiles do Pepe”.

“Há um conjunto de situações que têm de ser focadas e a que os árbitros têm de estar atentos. Não pode haver dois pesos e duas medidas. Têm de ser assertivos nas decisões, mas para todos. Não podem haver equipas protegidas e outras de arruaceiros”, disse Baía antes de reforçar que “há uma diferença enorme de tratamento que é dado aos jogadores do FC Porto”: “Os jogadores queixam-se da arrogância dos árbitros, de quase não poderem conversar com eles e de eles imporem a autoridade pela força”.

O mais recente caso dessa arrogância atroz esteve relacionado com o lance de Eustáquio, já referido anteriormente. “Já no intervalo”, Manuel Oliveira foi “falar com o Eustáquio” e perguntou “onde é que aprendeu a atirar-se para a piscina daquela forma”. “Acham normal?”, questionou o administrador, que frisou, por último, que o FC Porto exige “respeito”.


“Estarei com o presidente até ao final”

Questionado sobre a hipótese de se candidatar à presidência do clube, Vítor Baía admitiu que foi abordado por várias pessoas, entre as quais “o próprio presidente”, “sobre essa possibilidade” e garantiu que “estaria preparado” se Jorge Nuno Pinto da Costa “não fosse candidato”.

O antigo guarda-redes recordou o passado vitorioso enquanto atleta – “não há ninguém que tenha ganho mais do que eu, em termos de troféus” – para exaltar alguém que “é comum a tudo isto, que é quem escolhe os jogadores, o treinador e a sua equipa de gestão, Jorge Nuno Pinto da Costa”.

Para o administrador, Pinto da Costa – “um homem com uma história lindíssima, mas que ainda tem muito para fazer neste FC Porto – “representa todos e mais alguns cursos que pudesse ter tirado antes de chegar” ao clube e tem sido, por isso, “um privilégio estar nesta estrutura, viver intensamente os problemas do clube e encontrar soluções para os mesmos”.

“Estou com o presidente de alma e coração”, reforçou por fim, antes de se mostrar “certo” de que, “cumprindo os requisitos que ele colocou para que possa ser candidato às próximas eleições”, estarão reunidas todas as condições para que o “maior e melhor presidente da história do futebol mundial” possa “continuar o seu trabalho, a sua obra”.

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