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FC Porto recebe hoje o Arsenal na primeira mão dos oitavos de final (20h00)

Setenta dias depois da vitória do FC Porto sobre o Shakhtar por 5-3, a Liga dos Campeões está de volta a Portugal. E, como é habitual, o palco da principal prova de clubes do mundo no extremo ocidental da Península Ibérica é o Estádio do Dragão. Os números não mentem: desde que foi inaugurado, em novembro de 2003, o recinto projetado pelo arquiteto Manuel Salgado já acolheu 72 jogos da Champions (o de hoje é o 73.º); os estádios da Luz, de Alvalade e de Braga, com o mesmo tempo de vida, receberam 59, 26 e nove, respetivamente. Percebe-se, também por isso, o mote de Sérgio Conceição no lançamento da receção desta noite ao Arsenal (20h00, TVI/DAZN): “Somos o FC Porto e estamos habituados à Champions”.

Uma ligação centenária
O jogo de hoje é relativo à primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões e coloca frente a frente o primeiro classificado do grupo B - os ingleses fizeram 13 pontos e superaram o PSV, o Lens e o Sevilha - e o segundo do grupo H - os Dragões somaram 12 pontos, os mesmos que o Barcelona, mais três do que o Shakhtar e mais seis do que o Antuérpia. 

Será o sétimo confronto oficial entre os dois clubes. Os seis anteriores também foram disputados na Champions, no curto espaço de tempo entre 2006 e 2010, sempre com Jesualdo Ferreira no banco do FC Porto e Arsène Wenger no do Arsenal. Os ingleses venceram três - os três realizados em Londres -, os campeões de Portugal dois - ambos no Estádio do Dragão - e houve um empate - também na Invicta.

A ligação histórica entre o FC Porto e o Arsenal, contudo, é bem mais antiga. Quando José Monteiro da Costa, a partir de 1906, lançou a versão definitiva do clube, os equipamentos chegaram a ser grená, inspirados nos dos Gunners - que por, sua vez, se baseavam nos do Sparta de Praga. Em 1948, num particular mítico realizado no Estádio do Lima, os Dragões derrotaram os campeões ingleses por 3-2. Esse triunfo foi tão especial que esteve na génese da Taça Arsenal, o maior e mais pesado dos milhares de troféus depositados no Museu FC Porto.

Quatro baixas e uma possível estreia
A equipa de Sérgio Conceição chega a este desafio consciente de que representa “um clube grande habituado a jogar de três em três dias”. O jogo de hoje será o 35.º da temporada, o nono do ano civil e o quarto do mês de fevereiro - sem contar com os 27 minutos dos quartos de final da Taça de Portugal realizados a 7 de fevereiro nos Açores. A sobrecarga competitiva distribui-se por cinco provas: Liga dos Campeões, Liga Portuguesa, Taça de Portugal, Taça da Liga e Supertaça.

O guarda-redes Gonçalo Ribeiro, o central Iván Marcano, o lateral-esquerdo Zaidu e o avançado Mehdi Taremi, todos lesionados, são baixas confirmadas para a receção ao Arsenal. Otavio, contratado ao Famalicão na janela de transferências de janeiro, foi inscrito na Liga dos Campeões e poderá vir a estrear-se nas competições europeias cerca de um ano depois de ter deixado o Brasil. 

Ricos e poderosos
Atual segundo classificado da Premier League, dois pontos atrás do Liverpool e dois à frente do Manchester City, o Arsenal é um adversário que impõe respeito. Sérgio Conceição assinalou que os ingleses têm uma equipa “recheada de grandes valores individuais” e que está no “top-3 no valor de mercado”. Segundo uma das plataformas de referência na avaliação de jogadores, o Transfermarkt, o plantel dos Gunners vale cerca de 1,11 mil milhões de euros e só é superado pelo do campeão europeu Manchester City, que vale 1,26 mil milhões - está à frente, por isso, do de colossos desportivos e/ou financeiros como o Real Madrid, o Paris Saint-Germain e o Bayern Munique. 

Treinados pelo espanhol Mikel Arteta desde 2019, os londrinos atravessam um excelente momento de forma: desde 20 de janeiro, disputaram cinco jogos, venceram os cinco, marcaram 21 golos e sofreram dois. Participam num campeonato que Sérgio Conceição classificou como “um dos mais competitivos do mundo” e podem gabar-se de esta temporada já terem derrotado o Manchester City - duas vezes, uma delas no desempate por penáltis no jogo da Supertaça -, o Liverpool e o Manchester United.

Como também assinalou o treinador do FC Porto, são “uma das equipas com mais posse de bola da liga inglesa”, têm o segundo melhor ataque da prova - o Liverpool tem mais um golo marcado -, a melhor defesa e a maior percentagem de jogos sem sofrer golos - 40%, enquanto o campeão europeu Manchester City, por exemplo, tem apenas 25%.

Um regresso perante casa cheia
Este jogo também ficará marcado pelo regresso a casa de Fábio Vieira, o único jogador que até hoje representou os dois clubes. Transferido para os londrinos no verão de 2022, o médio que esta temporada soma 13 jogos, um golo e três assistências vestiu de azul e branco durante 14 anos e venceu dois campeonatos e uma Taça de Portugal pela equipa principal. Em 2019, foi dele o golo inaugural da final da Youth League que fez do FC Porto a primeira formação portuguesa campeã da Europa de sub-19.

As qualidades do FC Porto e do Arsenal são postas à prova a partir das 20h00 perante um Estádio do Dragão completamente lotado. O jogo é transmitido pela TVI e pela Eleven/DAZN e será arbitrado pelo neerlandês Serdar Gözübüyük, que há dois anos se estreou na Invicta quando apitou a vitória do FC Porto sobre a Lazio por 2-1.

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