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FC Porto perdeu frente ao AC Milan nas grandes penalidades e foi eliminado da Youth League (2-2, 3-4 a.p.)

O sonho estava mais vivo que nunca quando minuto 90 apareceu no placar do Centro Desportivo de Colovray, na Suíça. Um golo transalpino na compensação e duas grandes penalidades falhadas ditaram o fim do mesmo para o FC Porto (2-2, 3-4 após penaltis).

Os nove graus celsius sentidos em Nyon, associados ao evidente e natural nervosismo demonstrado por ambas as equipas, transformaram a primeira dezena de minutos numa mera formalidade sem qualquer perigo perto das balizas. Aos 12, no entanto, o AC Milan adiantou-se no marcador. A partir de um lançamento lateral, Filippo Scotti ganhou as costas a Gabriel Brás, entrou na área e conseguiu desviar de Diogo Fernandes para inaugurar o marcador (1-0).

Os portistas procuraram a resposta e paulatinamente assumiram o domínio do encontro. Aos 33 minutos, surgiu a primeira aproximação com perigo junto da baliza de Raveyre: Jorge Meireles bateu um livre à direita direcionado ao segundo poste, Anhá Candé amorteceu, mas André Oliveira não conseguiu visar as redes transalpinas.

Aos 39, Gabriel Brás rasgou a estrutura defensiva italiana com um exímio passe vertical para Jorge Meireles, que recebeu entre linhas, entrou dentro da área e viu o remate impedido pela mão de Bartesaghi. Atilla Karaoglan apontou para a marca de grande penalidade, o número 11 apontou ao canto direito da baliza e o guarda-redes, mesmo tendo adivinhado o lado, não conseguiu parar o remate. Estava restabelecida a igualdade, que se manteve até ao intervalo (1-1).

A segunda parte começou inversamente proporcional à primeira, com um golo e consequente reviravolta do FC Porto no marcador com o contributo dos mesmos homens que haviam estado em destaque no primeiro. Jorge Meireles bateu o canto à direita e, nas alturas, ao primeiro poste, Gabriel Brás entrou de rompante e cabeceou para o fundo das redes para euforia das centenas de portistas presentes nas bancadas (2-1).

O adiantamento poderia ter-se tornado ainda maior aos 71 minutos, quando Gonçalo Sousa roubou a bola a um defesa e, com o guarda-redes deslocado, atirou a rasar o poste. Aos 76, com o jogo partido, o camisola 7 arrancou à direita, deu para o recém-entrado Tiago Campas, que deu para Rodrigo Mora. O 10 encontrou espaço para rematar e acertou no poste.

À procura de nova igualdade, o AC Milan cresceu no jogo e valeu aos Dragões Diogo Fernandes, que travou uma tentativa de golo de calcanhar de um avançado italiano com um reflexo apuradíssimo.

O terceiro golo ficou a centímetros de distância por duas ocasiões aos 83 minutos, quando, isolado por um pontapé de baliza, Gonçalo Sousa tirou o guardião do caminho e deu para Gil Martins, que não conseguiu desviar de Nsiala. Na recarga, Anhá Candé atirou ao lado, tal como aconteceu três minutos mais tarde.

Não marcou o FC Porto, acabou por marcar o adversário. Aos 93 minutos, Zeroli conseguiu desviar o pontapé longo de Gabriel Brás e, após uma sucessão de ressaltos, Simmelhack empatou a partida (2-2), que seguiu para as grandes penalidades.

Na marca dos onze metros, os italianos foram mais fortes. Jorge Meireles e Gil Martins falharam para os portistas, Diogo Fernandes ainda defendeu uma grande penalidade, mas a aventura europeia terminou em Nyon (4-3).

“Estou triste porque, perante um adversário difícil, criámos bastantes oportunidades e falhou-nos a última decisão. Não entrámos bem no jogo, mas a partir daí soubemos gerir e faltou pouca coisa. Gostava de lhes ter dado a final, mas não consegui. O mais importante é que percebam que no futebol isto pode acontecer. Não conseguimos materializar e estas coisas podem acontecer. Disse-lhes que, perante uma chapada destas, os vencedores levantam-se no dia seguinte e querem ser melhores. Se tivéssemos finalizado com mais um bocadinho de calma as oportunidades que tivemos, terminaríamos o jogo. Sei perfeitamente que isto pode acontecer. No futebol, devíamos terminar com os empates para que os jogadores resolvessem mais jogos nas grandes penalidades e a frustração não fosse tão grande. O que estes miúdos demonstraram a nível individual e coletivo… o FC Porto, para o futuro, tem jogadores com classe, com qualidade e com talento. Estes miúdos mereciam mais qualquer coisa. Saio triste, mas muito orgulhoso destes jovens”, afirmou Nuno Capucho no final do embate.

FICHA DE JOGO

FC PORTO-AC MILAN, 2-2 (3-4 a.p.)
UEFA Youth League, meia-final
19 de abril de 2024
Centro Desportivo de Colovray, em Nyon (Suíça)

Árbitro:  Atilla Karaoglan (Turquia)
Assistentes: Ceyhun Sesigüzel e Cevdet Komurcuoglu (Turquia)
Quarto árbitro: Lukas Fähndrich (Suíça)
VAR: Fedayi San (Suíça)
AVAR: Lionel Tschudi (Suíça)

FC PORTO: Diogo Fernandes; Martim Fernandes, Gabriel Brás (cap.), Luís Gomes, Bernardo Ferreira, André Oliveira, António Ribeiro, Rodrigo Mora, Jorge Meireles, Gonçalo Sousa e Anhá Candé
Substituições: João Teixeira por Tiago Campas (71m), Rodrigo Mora por Gil Martins (80m) e Dinis Rodrigues por Bernardo Ferreira (88m)
Não utilizados: Gustavo Lacerda (g.r.); Luís Gomes, Cardoso Varela e Tiago Andrade
Treinador: Nuno Capucho

AC MILAN: Raveyre; Magni, Simić, Nsiala, Bartesaghi, Stalmach, Malaspina, Zeroli, Scotti, Sia e Camarda
Substituições: Stalmach por Liberali (66m), Camarda por Simmelhack (67m), Sia por Sala (74m) e Bonomi por Bartesaghi (87m)
Não utilizados: Andrea Bartoccioni (g.r.), Bakoune e Parmiggiani
Treinador: Ignazio Abate

Ao intervalo: 1-1
Marcadores: Filippo Scotti (12m), Jorge Meireles (40m), Gabriel Brás (64m) e Simmelhack (90m+3)
Disciplina: cartão amarelo a Nsiala (26m), Camarda (35m), Simic (53m), André Oliveira (61m), Dinis Rodrigues (75m)

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