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FC Porto conquistou a segunda Liga dos Campeões há precisamente 20 anos

Foi a 26 de maio de 2004 que o FC Porto se sagrou campeão europeu pela segunda vez na história, repetindo um feito alcançado em 1987 quando a prova ainda se chamava Taça dos Campeões Europeus. No novo formato, que teve início em 1992/93, o FC Porto continua a ser a único clube português a erguer o troféu e, desde 2004, mais nenhuma equipa de fora dos Big Four (Alemanha, Espanha, Inglaterra e Itália) foi capaz de repetir semelhante feito.

O caminho trilhado até Gelsenkirchen, aquela cidade alemã cujo nome se tornou fácil de pronunciar, começou com um empate e uma derrota nos dois primeiros jogos no Grupo F, no qual o FC Porto teve a companhia de Real Madrid (Espanha), Marselha (França) e Partizan de Belgrado (Sérvia). Com três triunfos nas quatro jornadas seguintes, o FC Porto terminou o agrupamento na segunda posição, com 11 pontos, menos três do que o Real Madrid, e reservou um lugar nos oitavos de final.

Seguiram-se dois duelos com o Manchester United, o vencedor do Grupo E, e o FC Porto de José Mourinho começou por levar a melhor na 1.ª mão, triunfando por 2-1 no Estádio do Dragão com um bis de Benni McCarthy. A 2.ª mão disputou-se em Old Trafford e este foi mesmo o teatro de todos os sonhos portistas quando Costinha assinou o 1-1 perto do final, originando o célebre sprint de José Mourinho ao longo da linha lateral antes de se juntar aos festejos dos jogadores em frente ao Mar Azul.

Contra todas as expetativas e probabilidades, o FC Porto deixava um colosso europeu pelo caminho e preparava-se para uma eliminatória com o Lyon nos quartos de final da principal prova de clubes do planeta. Uma vez mais, o Estádio do Dragão voltou a fazer a diferença e assistiu a um triunfo por 2-0 com golos de Deco e Ricardo Carvalho, os obreiros de uma vantagem importante antes da viagem a França. Aí, foi Maniche quem brilhou ao bisar num encontro que consumou a passagem às “meias”.

O sonho continuava a ganhar força, mas ainda havia dois jogos a separar o FC Porto da final de Gelsenkirchen. A eliminatória com o Deportivo da Corunha foi tão ou mais difícil do que as anteriores e a verdade é que só ficou decidida na Galiza após o nulo que ninguém conseguiu desfazer na Invicta. Um penálti cobrado com sucesso por Derlei, após uma falta clara sobre Deco na área espanhola, deu a vitória ao FC Porto no jogo da 2.ª mão (1-0) e colocou o carimbo que faltava na passagem à final.

E chegamos ao dia que está na génese desta efeméride, o 26 de maio de 2004. O Arena AufSchalke, em Gelsenkirchen, acolheu a improvável final entre o FC Porto de José Mourinho e o Mónaco de Didier Deschamps, ganha com classe e categoria pelos Dragões: a irreverência de Carlos Alberto, o génio de Deco e a frieza de Alenitchev, que marcou pela segunda final europeia consecutiva, deram contornos de goleada ao resultado final (3-0). Depois de Viena, Tóquio e Sevilha, a modesta cidade industrial de Gelsenkirchen alargava as fronteiras da história portista. “Um filme inesquecível, mas não irrepetível”.

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