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Vários adjuntos chegaram a treinadores principais do FC Porto
A composição das equipas técnicas é um dos aspetos em que o futebol evoluiu durante as últimas décadas. À medida que o tempo avança, os treinadores têm passado a ser auxiliados por cada vez mais gente com tarefas progressivamente especializadas. Aos tradicionais preparadores físicos e treinadores de guarda-redes têm-se juntado fisiologistas, cientistas do desporto, responsáveis pela observação e análise de adversários, entre outros técnicos. É natural que estes homens assumam agora um papel preponderante no campo de recrutamento dos treinadores principais, durante décadas constituído quase exclusivamente por antigos jogadores.
A história do FC Porto, sobretudo olhando ao século XXI, é rica em exemplos de antigos adjuntos que ascenderam à liderança das equipas técnicas. Em períodos anteriores isso aconteceu sobretudo em cenários de interinidade, com o caso mais marcante a ser o de António Morais: substituiu José Maria Pedroto nos últimos dois jogos de 1968/69 e durante mais de metade da época de 1983/84, devido à doença do Mestre, contribuindo para a conquista de uma Supertaça e de uma Taça de Portugal e para a qualificação para a primeira final europeia do clube. Figuras como Alfredo Murça, na transição entre Quinito e Artur Jorge, e Augusto Inácio, na ausência por doença de Bobby Robson, também assumiram esse papel provisoriamente.
O primeiro antigo adjunto a ser nomeado treinador do FC Porto a título definitivo foi Octávio Machado, em 2001/02. Ex-jogador dos Dragões, foi uma figura com grande peso nas equipas técnicas entre 1984 e 1992, tendo auxiliado Artur Jorge, Tomislav Ivic e Carlos Alberto Silva. Nessa condição contribuiu para a conquista de uma Taça dos Campeões Europeus, uma Taça Intercontinental, uma Supertaça Europeia e cinco campeonatos, entre outros troféus. Quando regressou às Antas como treinador principal não teve o mesmo sucesso, mas ainda enriqueceu o Museu FC Porto com uma Supertaça ganha ao Boavista.
O substituto de Octávio foi José Mourinho, que também fora adjunto do FC Porto. Ao longo de duas temporadas e meia, o técnico natural de Setúbal trabalhou com Bobby Robson e participou na conquista dos dois primeiros campeonatos do ciclo do Penta.
Em 1996 seguiu com o Sir para o Barcelona, mas voltou ao FC Porto no início do século XXI para mais duas épocas e meia em que superou as melhores expectativas com a conquista de uma Liga dos Campeões, uma Taça UEFA, dois campeonatos, uma Taça e uma Supertaça.
A trabalhar com Mourinho nesses anos estava um jovem que em tempos impressionara Bobby Robson e que se destacava pela qualidade dos relatórios de observação dos adversários: André Villas-Boas. Em 2010, com apenas 32 anos de idade e uma curta experiência de alguns meses como treinador da Académica, o antigo analista foi contratado como treinador principal e conduziu o clube a mais uma temporada histórica. Houve direito a tudo: Liga Europa conquistada frente ao Braga, título confirmado na Luz, percurso sem derrotas no campeonato pela primeira vez na história do FC Porto, goleada por 5-0 sobre o principal rival, também derrotado na meia-final da Taça ganha ao Vitória de Guimarães e na Supertaça.
No fim de 2010/11 André Villas-Boas seguiu para o Chelsea e foi substituído pelo até então adjunto Vítor Pereira. Igualmente neste caso a promoção veio a revelar-se uma excelente aposta. Em duas temporadas o FC Porto venceu duas vezes o campeonato, uma delas invicto e na outra com apenas uma derrota, e a estes títulos juntou ainda duas Supertaças.
Conhecedor do clube e habituado ao sucesso ao lado Sérgio Conceição, o treinador com mais vitórias e troféus ao serviço do FC Porto, Vítor Bruno insere-se numa linhagem de antigos membros de equipas técnicas que um dia alcançam a oportunidade de brilhar com o papel principal.
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