Atleta de 17 anos é o mais jovem às ordens de Vítor Bruno
Aos 17 anos, dois meses e quatro dias, Rodrigo Mora já se afirmou como um dos maiores talentos mundiais, bateu recordes de precocidade e é o elemento mais jovem no plantel principal do FC Porto. A capacidade para encantar qualquer amante da modalidade, aliada à eficácia e frieza demonstradas com tão tenra idade, levaram-no a renovar o contrato profissional assinado em 2023. Vai vestir de azul e branco até 2027.
O avançado começou a dar os primeiros toques na Dragon Force de Custóias, mas já equipa à Porto desde o verão de 2016. O crescimento no Olival começou a dar frutos em 2021/22, época em que marcou 29 golos em 34 jornadas e deixou os sub-15 perto do título nacional.
A inteligência tática e a movimentação letal para as defesas adversárias permitiram-lhe suplantar qualquer outro futebolista que havia jogado em Portugal anteriormente: a 15 de janeiro de 2023, num momento em que voava nos juvenis - assinou 16 remates certeiros e 13 assistências em 33 jogos no escalão -, foi chamado à equipa B e estreou-se frente ao Tondela, na 16.ª jornada da Liga Portugal 2, com apenas 15 anos oito meses e dez dias. Foi o mais jovem de sempre a debutar em campeonatos profissionais.
Perante as provas dadas em campo, o FC Porto não hesitou na hora de apresentar um contrato profissional ao craque de 1,68 metros em junho do ano passado. Foi “um passo muito grande” na carreira, “um dia muito importante”, mas o objetivo estava bem delineado: “Agora é continuar a trabalhar para um dia chegar à equipa A”.
O recorde e os números impressionantes renderam-lhe ainda mais um troféu. A 28 de setembro de 2023, no dia do 130.º aniversário do clube, recebeu o Dragão de Ouro de Atleta Jovem do Ano e deixou claro à plateia que iria “dar o máximo para honrar o prémio”. Dito e feito.
Em 2023/24, não houve quem impedisse a produtividade de Rodrigo Mora. Com o lugar garantido no balneário da equipa B, afirmou-se entre os graúdos, tornou-se o mais jovem de sempre a marcar na Segunda Liga - contribuiu para seis golos em 28 jogos ao serviço dos bês - e foi a estrela mais cintilante nas competições jovens da UEFA em que participou. Prova disso mesmo é que foi o jogador mais goleador a nível internacional, quer pelo FC Porto, quer por Portugal.
Na Youth League, ainda com 16 anos, liderou a equipa de sub-19 em campo e foi uma das pedras basilares no percurso do FC Porto até à meia-final que contou com uma goleada ao Barcelona, em La Masia (4-0). Em nove jogos, marcou sete golos - entre os quais este soberbo diante do Mainz -, fez duas assistências e levou para casa o troféu de melhor marcador.
No Europeu de sub-17 voltou a ser o maior destaque, conseguiu evitar toda e qualquer marcação e fixar-se como o melhor marcador (cinco golos) da competição de seleções em que Portugal só perdeu na final. Naturalmente, o painel de observadores técnicos da UEFA colocou-o no onze ideal da prova em que cumpriu, como veio a referir mais tarde, um trajeto “muito bom”.
No arranque da nona época de azul e branco foi chamado por Vítor Bruno para a pré-época do plantel principal e, logo ao segundo dia, falou em momentos “muito intensos e muito bons” vividos com um “grupo incrível” e com “muito mais” câmaras em seu redor: “É algo a que me vou habituar, de certeza”.
O tempo passou, os prémios amontoaram-se na prateleira, a carreira mudou completamente, mas a mentalidade lutadora do camisola 86 prevalece: “Quero fazer uma grande época no FC Porto”.
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