FC Porto conquistou sete vezes o troféu entre 2010 e 2022
O FC Porto e a Supertaça vivem um casamento feliz há 43 anos, consumado quando Jacques fez hat-trick e abateu a vítima predileta dos Dragões. Desde esse longínquo 1981, os portistas disputaram 33 edições da prova a que Cândido de Oliveira dá nome, festejaram em 23 ocasiões e consolidaram uma hegemonia sem paralelo no futebol europeu: sozinhos, têm mais vitórias na competição do que toda a concorrência junta.
Em vésperas de mais uma final, esta contra o Sporting (sábado, 20h15), é tempo de recordar as sete últimas vitórias azuis e brancas, conseguidas entre 2010 e 2022 em Aveiro frente ao Benfica (duas), Vitória de Guimarães (duas), Académica de Coimbra, Desportivo das Aves e Tondela.

2010: O rastilho de uma época perfeita
O futebol demolidor do FC Porto de André Villas-Boas deu-se a conhecer no municipal aveirense, onde os Dragões somaram a décima vitória na competição em confronto direto com o Benfica. De cabeça e logo ao terceiro minuto, Rolando colocava-os em vantagem, que seria ampliada já no decorrer da segunda parte por Falcao, que finalizou - num misto de rapidez e requinte - uma transição conduzida por Varela. Aquele jeito devastador de jogar era só uma amostra do muito que estava para vir.

2011: Rolando, o conquistador
Um ano bem medido depois da segunda vitória consecutiva na Supertaça, o FC Porto regressou a Aveiro para dar o primeiro troféu da carreira a Vítor Pereira. E começou praticamente tudo bem, tudo perfeito, com um passe de calcanhar, um cruzamento de letra e um golo de cabeça: uma delícia produzida por João Moutinho, Hulk e Rolando. A vítima foi o Vitória de Guimarães, que reagiu e empatou por Toscano, mas Rolando haveria de marcar outra vez para estabelecer um novo máximo na prova e garantir aos portistas o terceiro de cinco troféus consecutivos.

2012: Ao ritmo do Cha Cha Cha
A segunda Supertaça de Vítor Pereira foi arrancada a ferros e com a curiosidade de Pedro Emanuel, o herói de Yokohama, estar sentado no banco da Académica a instruir o adversário para evitar o inevitável, porque, em noite de estreia, o colombiano Jackson Martínez já tinha na cabeça o golo que assinou sobre o minuto 90, a cruzamento perfeito de Miguel Lopes.

2013: Penta só o Porto
O ciclo de cinco vitórias consecutivas na Supertaça, que à imagem do campeonato mais ninguém conseguiu, ficou fechado novamente com o Vitória de Guimarães como adversário, o Municipal de Aveiro como palco e um novo caneco como recompensa para o vencedor. Licá inaugurou o marcador e o desfecho decidiu-se ainda antes do intervalo com os contributos decisivos de Jackson Martínez e Lucho González. O penta na Supertaça foi o primeiro título da carreira de Paulo Fonseca, o técnico em estreia oficial ao comando do FC Porto.

2018: Volta sempre onde foste feliz
De regresso a Aveiro, onde já não erguia o troféu a que Cândido de Oliveira dá nome há cinco anos, o FC Porto não entrou no jogo a perder, mas quase. Apesar da ameaça de Aboubakar, Cláudio Falcão faturou primeiro para o Desportivo das Aves, antes de aparecer o génio de Brahimi e mais dois grandes golos para arrumar a questão - primeiro o de Maxi Pereira, de ângulo apertado após combinação com Otávio, e mais tarde o de Tecatito Corona. A seis minutos dos 90 já não restavam dúvidas: ganhava o melhor.

2020: A melhor prenda de Natal
28 meses e uma pandemia depois, o FC Porto voltou a Aveiro - onde já tinha erguido seis Supertaças, cinco delas consecutivas -, reencontrou o Benfica na antevéspera de Natal e tornou a ganhar (tal como havia sucedido na final da Taça, em Coimbra). Desta feita marcaram Sérgio Oliveira, na transformação de uma grande penalidade, e Luis Díaz, que recebeu de pé direito e finalizou com o esquerdo, ao poste mais distante e fora do alcance de Vlachodimos.

2022: Caso único na Europa
Mais dois golos de Mehdi Taremi, um de Evanilson à mistura, e o Tondela acabou derrotado como semanas antes no Jamor. Agora na Supertaça, a 23.ª do palmarés azul e branco, quantidade e volume que faz do FC Porto um caso sem precedentes nem paralelo nas principais ligas europeias: em Portugal e sozinho, conseguiu mais triunfos na competição do que toda a concorrência junta e em palcos tão variados como as Antas, a Luz, Coimbra, Aveiro, Guimarães, Vila do Conde, Leiria ou Paris.
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