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Primeira edição da revista do FC Porto foi publicada a 25 de abril de 1985

Além do Dia da Liberdade, o 25 de abril é também o dia em que foi lançada a revista oficial do FC Porto: nesta data simbólica, há 40 anos, chegava às bancas o número um da DRAGÕES, então dirigida por Monteiro Pinho e distribuída pela empresa Jornal de Notícias.

O sucesso daqueles 10 mil exemplares impôs o regresso às máquinas para uma segunda edição. Na capa, a revista reproduzia um abraço entre os jogadores André, Jaime Magalhães e Quim, trazia documentos inéditos do então treinador José Maria Pedroto, que estava de regresso às Antas, e uma entrevista a Jorge Nuno Pinto da Costa, que cumpria o segundo mandato à frente do clube.

Publicação única entre os emblemas portugueses, a DRAGÕES plasmava um conceito diferente de comunicação definido pelo Presidente dos Presidentes. “É um passo importante na modernização e lançamento europeu do FC Porto”, dizia o dirigente na entrevista publicada no primeiro número da revista.

Ao longo de quatro páginas, Jorge Nuno Pinto da Costa começava a desvendar o futuro, tendo como horizonte o ano 2000, e uma das grandes obras era o rebaixamento do Estádio das Antas, integrado no projeto da Cidade Desportiva. Não prometeu títulos, embora garantisse que o FC Porto teria sempre de "jogar para ganhar" em todas as competições.

A revista era uma das promessas do programa eleitoral de 1982. Jorge Nuno Pinto da Costa concretizou-a três anos depois de assumir a presidência, substituindo o jornal “O Porto” pelo título com que batizou os adeptos então conhecidos apenas como “portistas”, “azuis e brancos” ou até “andrades”.

Outro rosto dessa DRAGÕES era José Maria Pedroto, cujo regresso a casa era recordado com “documentos inéditos” e com a célebre frase “largos dias têm cem anos”, que em 2004 seria repescada para a autobiografia do companheiro de luta. Seguiam-se artigos dedicados à natação, uma secção com 130 atletas, outro ao hóquei em patins e “o sonho azul de uma geração” - o título de um trabalho sobre a futura cidade desportiva.

O projeto previa a construção da nova sede numa torre a ser erguida nas Antas, um complexo cultural e uma piscina olímpica. A piscina chegou a ser escavada, mas só a torre ganhou forma. Nas páginas centrais surge o poster de um onze que inclui Eurico, Lima Pereira, Inácio, Gomes, João Pinto, Zé Beto, Vermelhinho, Frasco, Jaime Magalhães, Quim e Futre.

José Neto, o pioneiro das estatísticas no futebol, também teve direito a uma crónica e o departamento juvenil de futebol a outra. Nas 44 páginas (todas coloridas) foi dado destaque à história azul e branca, ao desenvolvimento das delegações e às várias modalidades do clube - do hóquei ao basquetebol, do andebol à natação, passando pelo voleibol. 460 números depois, a tradição mantém-se.

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