Francesco Farioli garantiu que é preciso “continuar a trabalhar e cada vez melhor” após o triunfo em Vila do Conde (3-0)
Minutos após um triunfo com “controlo total do jogo” em Vila do Conde (3-0), Francesco Farioli elogiou “um bom jogo” da equipa, mas mostrou desagrado com “certos momentos” em que os jogadores baixaram “um pouco a intensidade e a eficácia de passe”.
Atribuído o “muito mérito” a todos os envolvidos no capítulo das bolas paradas, o treinador do FC Porto deixou também palavras de apreço a Ángel Alarcón, que “se tem saído muito bem nos últimos quinze dias”, garantiu que a saída de Alan Varela foi apenas “por prevenção” e pediu “uma subida de mentalidade” à “equipa jovem”: “Em jogos como o de hoje em que temos o controlo, temos de ser capazes de o manter e não o perder em certos momentos. No futebol as coisas mudam muito rápido”.
A análise ao jogo
“Começámos bem. Nos primeiros 15 ou 20 minutos tivemos o controlo total do jogo. Não gostei da forma como gerimos certos momentos porque baixámos um pouco a intensidade e a eficácia de passe. Foi um bom jogo, tivemos bons momentos, mas outros em que também ainda temos de melhorar.”
Três pontos e mais uma folha limpa
“Resolvemos todos os problemas depois de nós próprios criarmos alguns. Temos de continuar a trabalhar e olhar para o que se avizinha já amanhã de manhã. É um resultado importante num campo difícil, nos últimos anos tem sido complicado jogar aqui e, por isso, era importante ganhar com a baliza a zeros para olharmos já para o futuro próximo.”
O impacto das bolas paradas
“Nos primeiros três cantos, marcámos dois golos, o que foi muito bom. Muito mérito para o Lino, o Lucho, o Carlos e todos os que trabalham connosco neste momento de jogo e também para os jogadores por o terem interpretado tão bem.”
Ángel Alarcón
“O Ángel tem-se saído muito bem nos últimos quinze dias, desde que se juntou a nós, e não é o único atleta da equipa B que nos está a ajudar. Deixe-me agradecer ao mister João por nos estar a ajudar muito ao ceder os jogadores sempre que é necessário e ao manter esta relação estreita entre as duas equipas profissionais. Estes jogadores são mais-valias importantes para o Clube e é muito importante que cooperemos para tornar o FC Porto e os jogadores melhores para que compitam ao mais alto nível.”
A substituição de Alan Varela
“O Alan Varela foi pontapeado nos gémeos e fizemos uma substituição por prevenção. Não me parece nada de grave.”
O aumento da densidade competitiva
“Espero uma subida de mentalidade porque, em jogos como o de hoje em que temos o controlo, temos de ser capazes de o manter e não o perder em certos momentos porque, ao longo da temporada, não haverá muitos jogos em que estaremos a ganhar 2-0 aos 15 minutos. Temos uma equipa jovem, temos de aprender rápido porque no futebol as coisas mudam muito rápido com certas ações ou cartões. O jogo pode tomar um rumo completamente diferente. Temos de aprender todos, continuar a trabalhar e cada vez melhor se possível.”
O melhor arranque dos últimos 12 anos
“É um bom começo, mas o passado é passado. Temos de olhar para o futuro, começando já pela Liga Europa e pelo jogo frente ao Salzburgo. Depois disso vamos ter o jogo com o Arouca, novamente a Liga Europa e o clássico. Temos de seguir em frente e olhar para o que se avizinha porque há aspetos a trabalhar.”
As substituições após o 3-0
“Salvaguardar a equipa não é o termo porque o futebol ensina-nos que o jogo nunca está fechado. Vimos no início, quando estávamos a ganhar 2-0, concedemos algumas situações em que baixámos o nível e o jogo poderia ter virado. Temos de crescer mentalmente para não darmos nada ao adversário. Se o oponente tiver oportunidades de golo, é porque as merece, não por sermos nós a facilitar.”
Trabalho para casa
“Nem sempre estivemos ao nível a que deveríamos ter estado. Houve alguns pequenos aspetos em que falhámos, não vi a equipa que queria ver durante os 90 minutos. Em certos momentos, não estivemos ao nível que a Liga e as restantes competições que vamos disputar nos exigem. Não podemos ser estúpidos e considerar-nos melhores do que o que realmente somos. Nem tudo muda em dois meses. Não éramos tão maus antes e tão bons agora. Há muito trabalho para fazer e não vou deixar que os jogadores baixem o nível. Se queremos continuar a proporcionar bons momentos aos nossos adeptos, temos de trabalhar ainda mais.”
A profundidade do plantel
“É muito bom termos opções. Como disse, vamos precisar de todos os jogadores. Viram agora o período por que passamos de lesões. Todos vão ter um papel preponderante, os titulares, os suplentes e os que nos ajudam diariamente nos treinos.”
Zaidu
“O Zaidu teve uma época muito complicada no ano passado com uma lesão que o afastou dos relvados, mas abordou muito bem a pré-época e os primeiros jogos, o que resultou num muito bom contributo. Dei mais espaço ao Francisco, que é outro muito bom jogador que tem de recuperar o melhor possível, mas tenho uma relação muito aberta com o Zaidu e ele pode ajudar-nos em várias posições. Claro que ele e nós gostamos mais que jogue a lateral esquerdo, mas já o utilizei no meio-campo nos treinos e hoje utilizei-o a lateral direito. Ele teve bons momentos e uma boa chance para marcar. Toda a gente queria que marcasse porque é adorado por todo o grupo.”
A variabilidade tática do Rio Ave
“Quando preparámos o jogo, estudámos duas ou três diferentes formas de pressionar utilizadas pelo Rio Ave. Conseguimos ligar-nos bastante bem e movimentar-nos com mais controlo no jogo. Depois de eles mudarem o sistema de três centrais, a vantagem surgiu mais nos flancos. O jogo é sempre composto por diferentes cenários e temos de ter a capacidade de ler o que está a acontecer.”
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