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André Villas-Boas destacou a importância do associativismo na reestruturação financeira do FC Porto

A SAD do FC Porto alcançou um resultado líquido recorde de 39,2 milhões de euros no exercício 2024/25, números que resultam de “uma uma transformação profunda do ponto de vista operacional, financeiro e de gestão” e que levam André Villas-Boas a “congratular as equipas de gestão financeira pelo trabalho notável que têm vindo a desenvolver” e a “agradecer aos sócios” pelo “respeito que têm tido pela administração e pelo Clube”: “Registámos um crescimento ao nível do associativismo que é muito dinâmico e orgânico. Há cada vez mais sócios do FC Porto, cada vez mais Lugares Anuais vendidos e é por isso que temos uma linha de continuidade seguida em crescimento”.

No auditório José Maria Pedroto, onde decorreu a apresentação das contas, o presidente lembrou que “o mais importante é chegar ao título e obter as receitas das Ligas dos Campeões” numa fase em que se regista “um incremento substancial do valor do ativo total do FC Porto e dos passes dos jogadores”. 

Já depois de revelar que “o  FC Porto terá de decidir qual será o veículo para a construção do novo centro de treinos: procurar uma parceria ou então construí-lo a fundos próprios”, André Villas-Boas abordou o mercado de inverno sem excluir a possibilidade de o Clube ter de “se reforçar com outro defesa central, para colmatar a ausência de Nehuén Pérez” e salientou a importância da operação Dragon Notes, sem a qual “o FC Porto já não era um Clube de associados”. 

O caminho para a saúde financeira
“É uma transformação profunda do ponto de vista operacional, financeiro e de gestão, altamente vinculado a várias operações que fizemos, como foi o caso da Dragon Notes e da Ithaka, que têm impacto direto sobre os resultados das nossas contas, bem como as vendas executadas no verão passado e em janeiro deste ano. O FC Porto não poderia reestruturar-se financeiramente sem estas operações e temos, desde logo, de destacar os 110 milhões de euros feitos em janeiro que tiveram um grande impacto nos resultados do plantel principal. Estas operações eram fundamentais para manter o Clube na linha de um Clube de associados e cumprir com as nossas obrigações com fornecedores, outros clubes, agentes e vários veículos financeiros que tinham um custo elevado para o FC Porto. Fomos abatendo essas dívidas em troca de juros muito mais vantajosos. Gostava de congratular as equipas de gestão financeira pelo trabalho notável que têm vindo a desenvolver, assim como todas as equipas relacionadas com a parte comercial. Têm feito um trabalho notável e quando projetamos os resultados de 2025/26 vemos sempre uma continuidade de crescimento em todas as áreas, o que é bom para nós e é fruto de um bom trabalho. Em segundo lugar, agradeço aos sócios porque esta dinâmica diz muito do respeito que têm tido por esta administração e pelo Clube. Registámos um crescimento ao nível do associativismo que é muito dinâmico e orgânico. Há cada vez mais sócios do FC Porto, cada vez mais Lugares Anuais vendidos e é por isso que temos uma linha de continuidade seguida em crescimento. Poderíamos ter pensado que o crescimento do associativismo do FC Porto estava vinculado às eleições de abril de 2024, mas não é esse o caso, porque continuamos a crescer exponencialmente. Há muito desejo de ser portista e agradeço aos sócios nesse sentido.”

O património do FC Porto
“Há um investimento no ativo para a melhoria do Estádio do Dragão e das condições que se oferecem aos associados, mas não há um crescimento de património no estádio. Esse crescimento dá-se com o Centro de Alto Rendimento, com a propriedade dos terrenos e o que se avizinha da sua construção.”

Novo Centro de Alto Rendimento
“Os terrenos foram comprados, segue-se a fase de licenciamento da obra, mas todos os indicadores são positivos, por isso é que intercedemos na compra do terreno e, a partir de agora, segue a fase de licenciamento. O FC Porto terá de decidir qual será o veículo para a construção do novo centro de treinos: procurar uma parceria ou então construí-lo a fundos próprios. Contudo, teremos seguramente um ano e meio a dois anos de construção pela frente.”

Mercado de inverno
“Temos um plantel equilibrado, mas que tem vindo a sofrer algumas lesões infelizmente. Nessa ótica, não é impossível que tenhamos de nos reforçar com outro defesa central, para colmatar a ausência de Nehuén Pérez, mas não será obrigatoriamente uma compra, pode ser um empréstimo. São considerações que o técnico irá ter em conta quando decidir e nós atuamos em conformidade. Estes resultados são extraordinários e estão intimamente relacionados com várias operações. As vendas de janeiro tiveram um impacto muito significativo e permitiram o crescimento avultado de um novo FC Porto e de uma nova equipa.”

Os ativos do Clube
“Há um incremento substancial do valor do ativo total do FC Porto e dos passes dos jogadores. O FC Porto detém a maioria dos passes dos seus jogadores, o que nem sempre sucedeu no passado. O mais importante é chegar ao título e obter as receitas das Ligas dos Campeões que fazem diferença. Para se tornar sustentável, vamos ter de continuar a gerir o mercado de transferências com pinças. Atingir valores recorde novamente será difícil, mas o FC Porto tem agora jogadores de qualidade que podem ser cobiçados por outros clubes de Ligas mais importantes.”

Os próximos anos
“Não podemos fazer futurologia de 2028, tendo em conta as responsabilidades do FC Porto, a operação do mercado de transferências, as próprias qualificações para a Liga dos Campeões e a centralização dos direitos audiovisuais que podem trazer outras receitas. O FC Porto tem compromissos relacionados com a Dragon Notes que tem de cumprir. Sem a Dragon Notes, neste momento o FC Porto já não era um Clube de associados como queremos que seja para sempre. Sabemos que é uma responsabilidade e tem um juro associado a 25 anos de 5,5% e é uma responsabilidade que o FC Porto tem de garantir, colocando as suas responsabilidades dentro de uma conta que corresponde à operação Dragon Notes nos próximos 25 anos. Temos este compromisso a cumprir, tal como temos vindo a cumprir todos os outros, e estamos numa boa posição para continuar a assumir as nossas dívidas.”

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