A equipa feminina do FC Porto foi a Matosinhos golear o Leixões SC na terceira jornada do Campeonato Nacional da Segunda Divisão (4-0) e Daniel Chaves considera que “o resultado deveria ter sido muito mais avolumado”. “Houve uma equipa que não quis jogar e uma equipa de arbitragem que ajudou a que isso acontecesse”, explicou o técnico portista após “um jogo muito pobre a nível de qualidade e em que quase não foi possível jogar”, mas em que “o apoio do 12.º jogador foi muito importante”. 

Só pecou por escasso
“Mais três pontos, mais uma vez baliza a zero e mais uma vez sem deixar a equipa adversária chegar com grande perigo à nossa baliza. Foi um jogo completamente dominado por nós contra uma equipa que teve em bloco baixo durante os 90 minutos, a aguentar o resultado o máximo que podia e a queimar também algum tempo, por isso tornou-se difícil. Nós fizemos o golo mais ou menos aos 10 minutos numa tarde de muito calor e acabámos por entrar no registo do adversário, um registo muito lento. Melhorámos na segunda, conseguimos fazer mais golos, tivemos três ou quatro situações em que elas tiraram a bola em cima da linha, e devia ter sido um resultado muito mais avolumado, mas acabou por ser 4-0.”

Constantes perdas de tempo
“Sinceramente não estava à espera, até porque foi um jogo que não deu nada para elas e penso que não era o melhor resultado. Vou aproveitar para falar, até porque começámos a ganhar cedo e não vai servir de desculpa para algo que não aconteceu. Ou a Federação mete mão neste tipo de situações ou isto vai continuar a acontecer. Não podemos ter uma guarda-redes constantemente a queimar tempo, esteja 1-0, 3-0 ou 4-0, e jogadoras sempre a cair para serem assistidas. Só havia uma bola em campo, todas as outras estavam no banco do Leixões, ou seja, houve uma equipa que não quis jogar e uma equipa de arbitragem que ajudou a que isso acontecesse. Ou metemos mão e valorizamos o futebol feminino e o futebol português ou então estas situações vão continuar a acontecer. Foi um jogo muito pobre a nível de qualidade e em que quase não conseguimos jogar.”

Azul e branco nas bancadas
“O apoio dos adeptos é sempre muito importante, especialmente numa casa difícil. Sabemos que o Leixões contra nós mete sempre mais adeptos, mas hoje também conseguimos meter muita gente e o 12.º jogador é sempre um bom apoio para nós dentro de campo.”