Depois de já ter defrontado as equipas que, à entrada para a 11.ª jornada, ocupavam o segundo, terceiro, quarto, sexto, sétimo, oitavo, nono e décimo postos da classificação, o FC Porto completa o pleno de jogos frente ao top-10 da Liga Portuguesa este domingo, quando visitar o Estádio Municipal de Famalicão. O quinto classificado FC Famalicão é o derradeiro adversário antes da última paragem para os compromissos internacionais até finais de março.

Os portistas são líderes do campeonato - a par com o Sporting, que conta com mais um jogo disputado - com nove vitórias e um empate nas dez primeiras rondas diante do Vitória SC (3-0), Gil Vicente (0-2), Casa Pia (4-0), Sporting (1-2), CD Nacional (1-0), Rio Ave (0-3), FC Arouca (0-4), Benfica (0-0), Moreirense FC (1-2) e SC Braga (2-1).

Menos de 72 horas depois de terem empatado em Utrecht (1-1) na quarta etapa da Liga Europa, os Dragões encerram um ciclo de seis jogos em três semanas, cinco deles fora de portas. A partir das 18h00 (Sport TV), estarão frente a frente as duas melhores defesas do futebol nacional: a portista, que sofreu três golos, e a famalicense, que sofreu os mesmos quatro do Benfica e do Gil Vicente. Ambos os conjuntos mantiveram a baliza fechada em sete jornadas.

Os ingressos destinados aos adeptos do FC Porto esgotaram em escassos minutos e prevê-se um setor visitante pintado de azul e branco no Estádio Municipal de Famalicão, de onde o FC Porto saiu com apenas um ponto na última temporada. Nos 31 confrontos anteriores, os Dragões venceram 22, empataram cinco e perderam quatro - três deles na condição de visitantes.

FC Porto

Com apenas “algumas horas de diferença” - 70, contando com exatidão - desde o jogo em Utrecht, o FC Porto vai medir forças com um adversário “muito bom em casa, onde só sofreu um golo”, que tem “jogadores de qualidade no ataque posicional” e representa “uma tarefa exigente” que só pode ser bem-sucedida com atletas “na melhor versão”.

O contexto torna “ainda mais importante o profissionalismo dos jogadores e todo o trabalho que está por trás”, começou por sublinhar na antevisão Francesco Farioli, treinador que orientou “80% dos jogos fora de casa no último bloco” e vê a equipa “no caminho certo, com coisas para melhorar e com vontade e paciência” para o fazer. Exemplo disso é o golo sofrido em Utrecht: “É uma boa oportunidade para aumentarmos a nossa atenção nas bolas paradas e a confiança para defendermos bem esses momentos. O FC Famalicão marcou 50% ou mais dos golos em lances de bola parada”.

“Um jogo tem 90 minutos, marcar no primeiro ou no último é igual”, mas crucial é contar com “a família portista” durante todo esse período, pelo que o técnico azul e branco pediu “união para dar o clique de uma forma positiva”: “Há uma narrativa que foi criada e que está errada, pois a comunicação social, os adversários, toda a gente quer deitar o FC Porto abaixo, é um facto. Para nós, Clube, para os adeptos e para todos aqueles que amam o FC Porto, é um momento de união, pois estamos num momento da época em que podemos dar o clique de uma forma positiva. Só em família o vamos conseguir, por isso reforço a mensagem à família portista. Temos de ter o desejo e a capacidade de vencer contra tudo e contra todos. É um momento de união em que precisamos dos nossos adeptos, agora já no próximo jogo e depois quando voltarmos a jogar no Dragão. Continuaremos a lutar juntos como desde o início da época”.

Os milhares que irão mais logo apoiar da bancada em Famalicão podem, por isso, esperar um líder do campeonato com a ambição de “dominar com a bola, jogar no meio-campo adversário, pressionar alto e condicionar a saída” e com “a capacidade de mudar de roupa consoante o jogo”. Nehuén Pérez e Luuk de Jong mantêm-se no boletim clínico e são as únicas baixas para a partida, sendo que o avançado neerlandês ainda “tem de lidar com alguma dor”, mas Francesco Farioli acredita “que depois da paragem vai poder voltar a trabalhar juntamente com a equipa”.

FC Famalicão

O FC Famalicão viu sair Pablo Felipe - o melhor marcador da Liga -, Mirko Topić, Afonso Rodrigues, Samuel Lobato, Diogo Costa, Dani Morer, Enea Mihaj e Otso Liimatta, mas recrutou Léo Realpe e Sorriso ao RB Bragantino, Roméo Beney ao Basileia, Marcos Peña ao Almería, Gustavo Garcia ao Palmeiras, Renan Santana ao Atlético Mineiro, Pedro Santos ao Benfica e Antoine Joujou ao Parma.

O guarda-redes Lazar Carević, os laterais Rodrigo Pinheiro e Rafa Soares - ambos formados no Olival -, os centrais Justin de Haas e Léo Realpe, os médios Tom van de Looi, Gustavo Sá e Mathias de Amorim e os avançados Gil Dias, Simon Elisor e Sorriso têm sido os onze atletas mais utilizados por Hugo Oliveira, que tem lançado Umar Abubakar, Otar Mamageishvili e Pedro Santos a partir do banco.

Os famalicenses são a equipa mais faltosa do campeonato (18,6 por jogo), a terceira com melhor média de desarmes (17), a quarta que mais remata (13,9 por jogo), a quarta mais amarelada (30), a segunda com mais cantos (6,5 por jogo) e a que melhor cruza (5,2). Léo Realpe já viu cinco cartões - quatro amarelos e um vermelho - e Justin de Haas divide com Gustavo Sá (dois) o estatuto de artilheiro, mas Gil Dias é o jogador mais influente e o único a ter participado em três golos - assinou um e assistiu outros dois.

Equipa de arbitragem

José Bessa, da Associação de Futebol do Porto, foi o juiz nomeado pelo Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol. O árbitro de 30 anos terá como assistentes Hugo Santos e Miguel Martins, sendo Fábio Melo o quarto árbitro. O VAR será o também portuense Vasco Santos, assistido por Pedro Ferreira.