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Dominik Prpić quer “aproveitar cada momento” ao serviço de “um gigante europeu”

Os primeiros meses de Dominik Prpić ao serviço do FC Porto têm “corrido muito bem” e o número 21 já se sente perfeitamente integrado no seio de “uma equipa jovem, com personalidade, qualidade individual” e com um timoneiro que “cria união e mantém toda a gente alerta”. À conversa com um jornal croata, o central de 21 anos revela que mantém “uma ótima relação com o treinador, com o presidente e com todos no Clube” e só pensa em “aproveitar cada momento” com a camisola azul e branca.

“É um ambiente positivo: as pessoas vivem o futebol, a cidade respira o Clube, há muitos adeptos e eles apoiam-nos com paixão”, confidencia o defesa esquerdino preparado para “treinar e aproveitar as oportunidades que forem surgindo” e para “aprender e evoluir” graças à “competição saudável” com Jan Bednarek e Jakub Kiwior. “Jogo num gigante europeu e aproveito cada momento”, revela Dominik Prpić em entrevista publicada no 24sata.

Como foi a mudança para o Porto?
“Comecei a pré-temporada com o Hajduk na Eslovénia, as pessoas do FC Porto apresentaram-me uma proposta de que gostei muito e aceitei de imediato. Aconteceu tudo muito rápido e hoje estou muito feliz. Jogo num gigante europeu e aproveito cada momento”.

Os adeptos do FC Porto ainda se lembram do Tomislav Ivić?
“Claro que sim. Recentemente, o nosso treinador organizou uma visita ao Museu FC Porto e fez questão de que todos conhecêssemos a história do Clube. Nessa altura perguntaram-me pelo Tomislav Ivić, alguém que eu sei quem era e que deixou uma marca profunda tanto no Hajduk como no FC Porto.”

Sente necessidade de aprender a falar português?
“Inscrevi-me logo num curso assim que cheguei. Já aprendi os termos de futebol, consigo pedir comida num restaurante e comunicar na rua. Acho que aprender o idioma é útil e também demonstra respeito pelo país e pelo ambiente onde estamos inseridos.”

O FC Porto também mostrou respeito ao colocar uma cláusula de rescisão de 60 milhões no seu contrato?
“Fiquei surpreendido quando ouvi o valor da cláusula, mas está em linha com a forma como me apresentaram o projeto desde o início. Tem corrido tudo bem, tenho uma ótima relação com o treinador, com o presidente e com todos no Clube. São acessíveis, simpáticos e ajudam-me bastante - só tenho elogios a fazer.”

A camisola do FC Porto é muito pesada?
“Ainda não senti essa pressão, já que ainda não perdemos qualquer jogo no campeonato, só na Liga Europa, e as reações nunca foram negativas. Os jogadores mais antigos contaram-me que nas épocas anteriores havia pressão quando os resultados não apareciam, mas até agora está tudo ótimo. É um ambiente positivo: as pessoas vivem o futebol, a cidade respira o Clube, há muitos adeptos e eles apoiam-nos com paixão.”

Como é a sua relação com Francesco Farioli?
“Só tenho elogios para o mister. Ele deu-me uma oportunidade, sinto que confia muito em mim, e sou-lhe muito grato por isso. Tenho de continuar a trabalhar e esperar pela minha vez. Isso já estava previsto quando assinei: o primeiro ano é de adaptação - ao clube, à liga e ao ambiente - e eu sabia que seria lançado de forma gradual. Resta-me treinar e aproveitar as oportunidades que forem surgindo.”

Um FC Porto-Benfica é comparável ao Dinamo-Hajduk?
“Em termos de rivalidade, sim. O Benfica é o nosso maior rival, como o Dinamo é para o Hajduk, mas os adeptos na Croácia são mais loucos. Em Portugal, o FC Porto tem mais adeptos e eles viajam em grande número, são mais barulhentos e numerosos nos estádios do que os do Benfica e do Sporting. A única diferença é que o Estádio da Luz é maior que o Dragão.”

Como descreve este arranque de época?
“Estamos a fazer um ótimo arranque, com dez vitórias e um empate contra o Benfica. Somos uma equipa jovem, com personalidade e qualidade individual, mas o mister exige que joguemos como um coletivo. Ele cria união e mantém-nos alerta. Quando sente que baixamos o ritmo, desperta-nos imediatamente.”

A concorrência na posição de central é forte?
“Sim. O Jakub Kiwior veio emprestado do Arsenal, o Jan Bednarek tem experiência na Premier League e o Nehuén Pérez lesionou-se no tendão de Aquiles e ficará de fora durante algum tempo. Neste momento o Bednarek e o Kiwior são os titulares, mas têm sido sempre muito corretos comigo e, apesar de sermos concorrentes diretos, ajudam-me bastante. É uma competição saudável, com a qual posso aprender e evoluir.”

Quão diferente é o futebol português do croata?
“A diferença é grande: o jogo é mais rápido, mais físico, os jogadores têm mais técnica e há muitos jogos equilibrados e difíceis.”

Por que escolheu o número 21?
“Por nenhum motivo em especial. Ofereceram-me sete ou oito números e o 21 chamou-me logo a atenção. Pensei em escolher o número 3, por causa do Pepe, mas já estava ocupado. Pensando melhor talvez não fosse uma boa ideia, porque o Pepe é o Pepe...”

O Porto é mais parecido com Zagreb ou com Split?
“Diria que é mais parecido com Split, embora às vezes me lembre Zagreb, especialmente quando há neblina. A cidade é à beira-mar, o peixe é ótimo, há restaurantes com comida deliciosa, e as pessoas têm um temperamento parecido com o dos croatas.”

De que prato mais gostou até agora?
“O bacalhau! É um prato muito popular, e gosto especialmente da versão com farinha de pau.”

Quem é que o tem ajudado na adaptação?
“As pessoas do Clube estão sempre disponíveis e a minha namorada está comigo, por isso tenho conseguido adaptar-me rapidamente.”

Sente falta de algo?
“Enquanto estava na Croácia não pensava nisso, mas desde que cheguei a Portugal às vezes sinto saudades da minha família e dos meus amigos. Agora vejo isso de outra forma, fico muito feliz sempre que sou convocado para a seleção, porque posso voltar a casa. Sempre foi uma honra representar o meu país, mas agora tem um significado ainda mais especial.”

Sonha ser chamado à seleção principal?
“Já fiz parte de uma pré-convocatória e claro que o sonho de todos os jogadores é representar a seleção principal, mas acredito que o selecionador está a fazer um ótimo trabalho, como os resultados demonstram. Se eu continuar a trabalhar bem, o convite chegará no momento certo.”

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