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Martim Chelmik, Yoan Pereira, Bernardo Lima, Mateus Mide e Duarte Cunha venceram o Mundial de sub-17

Martim Chelmik, Yoan Pereira, Bernardo Lima, Mateus Mide e Duarte Cunha levaram Portugal a patamares até então desconhecidos. Os cinco Dragões foram peças-chave num percurso imaculado da seleção nacional no Mundial de sub-17 que terminou com a inédita conquista do troféu após uma vitória por 1-0 na final contra a Áustria.

Sob o comando de Bino Maçães, antigo médio que conquistou três campeonatos - 1992/93, 1995/96 e 1996/97 - e a Supertaça de 1996 pelo FC Porto antes de regressar ao clube como treinador em 2013 para orientar os sub-15 e os sub-17, o contingente portista registou oito contribuições diretas para os 23 golos que os Campeões Mundiais marcaram na competição.

Mateus Mide, avançado do FC Porto B que apenas em maio completou o 17.º aniversário, participou em todos os jogos da seleção nacional na caminhada rumo à final e assinou quatro golos e duas assistências nos oito encontros disputados pela equipa das quinas. Ao receber o prémio das mãos de Xavi, sucede a nomes como Gabriel Veron (2019), Phil Foden (2017), Toni Kroos (2007), Anderson (2005) ou Cesc Fàbregas (2003).

Martim Chelmik

Natural da Invicta, o central fez uma curta mudança do SC Porto para o FC Porto em 2018 para jogar nos sub-11 e, em 2024/25, foi um dos esteios defensivos dos juniores azuis e brancos. Com apenas 16 anos, participou em 28 duelos no escalão mais alto da formação e, já depois de ter rubricado o primeiro contrato profissional, deu seguimento ao percurso internacional nos sub-15, sub-16, sub-17 e sub-18 de Portugal com a conquista do Europeu, em junho. Começada uma nova época e chegado o 17.º aniversário, Martim afirmou-se nos juniores - 11 jogos e uma assistência - e revelou-se uma peça fulcral para a seleção portuguesa chegar ao lugar mais alto do mundo.

Totalista em seis dos oito jogos disputados pela equipa das quinas no Catar, foi essencial para que Portugal terminasse a prova com apenas quatro golos sofridos - três dos quais consentidos nos dois encontros em que o defesa não completou os 90 minutos. Além do contributo para manter a baliza a zeros, marcou ainda uma das grandes penalidades frente ao Brasil que garantiu a passagem à final.

Yoan Pereira

Nascido no Luxemburgo, o ala esquerdo chegou ao FC Porto em 2022 proveniente do SC Alba e, em 2024/25, foi aposta em 31 jogos dos juvenis. Correspondeu com cinco golos e três assistências, colocou a caneta no primeiro contrato profissional e ganhou também espaço na seleção ao consagrar-se como o suplente mais goleador da fase de qualificação para o Europeu que viria a conquistar.

Volvidos 11 jogos pelos juniores na presente temporada, com direito a dois golos e uma assistência, foi suplente utilizado em seis dos oito duelos a caminho do título e marcou por duas vezes: na goleada por 5-0 frente ao México e nas grandes penalidades diante do Brasil.

Bernardo Lima

O médio que trocou a Sanjoanense pelo emblema da Invicta em 2016 subiu rapidamente na hierarquia da formação e, ao cabo de 30 jogos disputados pelos juniores com idade de juvenil, 8 golos marcados e ainda uma assistência feita, assinou um contrato profissional e debutou pela equipa B, ainda em 2024/25. Em Mafra, na 25.ª jornada da Segunda Liga, rendeu Trafim Melnichenka aos 85 minutos e estreou-se como sénior. A primeira fase da época atual trouxe mais minutos enquanto profissional - 79 divididos por três jogos -, além de um registo extraordinário de seis golos e duas assistências em apenas seis jogos pelos juniores.

Membro integrante do lote de capitães dos Campeões do Mundo de sub-17, Bernardo Lima participou em todos os jogos do torneio, foi totalista em metade e destacou-se pela agressividade e dimensão física que deu ao meio-campo luso. Foi o atleta com mais faltas cometidas no Mundial (16) e o oitavo no que a interceções diz respeito (9).

Mateus Mide

Produto da Dragon Force, o avançado passou a jogar com as cores do FC Porto aos nove anos e rapidamente saltou etapas no clube. Com apenas 16 anos, arrancou a época nos sub-19, foi o jogador com mais assistências na Zona Norte (5) - o segundo em toda a prova - e juntou a esses passes certeiros nove golos, tudo isto em 31 dos 32 jogos que a equipa de Sérgio Ferreira cumpriu em 2024/25. O contrato profissional assinado em dezembro significou a continuidade de “um sonho”. Em 2025/26, foi integrado na pré-época da equipa B e voltou a mostrar qualidade e maturidade ao assinar cinco golos e cinco assistências em 12 jogos pelos juniores antes de viajar para o Catar.

Com a camisola 10 nas costas, foi o grande pilar ofensivo de Portugal no Mundial. Assistiu e marcou em apenas seis minutos na estreia, bisou contra Marrocos na segunda jornada, voltou a fazer um passe para golo frente ao México, inaugurou o marcador frente à Suíça e combinou com Duarte Cunha para o único golo da final, que terminou com dois troféus: o da conquista do Mundial e o de Melhor Jogador da prova. O último, entregue por Xavi, colocou-o numa lista restrita, mas o talento demonstrado já tinha aberto os olhos ao mundo do futebol.

Duarte Cunha

Natural de Vila Nova de Cerveira, uma vila raiana do distrito de Viana do Castelo, o extremo iniciou a carreira no clube local e, ao cabo de duas épocas com um total de 54 golos marcados em 46 jogos, passou a vestir de azul e branco. O percurso bem-sucedido iniciado nos sub-10 levou-o a subir escalões sucessivamente até chegar aos juvenis em 2023/24. Aos 15 anos, estreou-se entre os sub-17 e, na temporada transata, registou uns impressionantes 16 golos e 21 assistências em 34 encontros. Os bons desempenhos valeram-lhe a assinatura de um contrato profissional, a consequente prolongação do vínculo ao emblema que representa desde os nove anos e a promoção aos juniores, escalão em que já leva três golos e cinco assistências em dez jogos.

No Catar, foi titular em seis dos oito jogos disputados por Portugal, sobretudo à direita do ataque, destacou-se no capítulo dos cruzamentos (28) e foi decisivo no jogo de atribuição do título: aos 32 minutos, trabalhou para se libertar da oposição na zona predileta, combinou com Mateus Mide, desmarcou-se junto à linha final e assistiu Anísio Cabral para o golo que carimbou o ouro na final.

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