A ColorADD, em conjunto com o Departamento de Sustentabilidade do FC Porto, promoveu uma ação de sensibilização para o daltonismo junto da equipa de sub-15. Numa iniciativa que a psicóloga Ana Luísa Sousa considera “muito importante, especialmente no contexto desportivo”, os mais jovens experienciaram os desafios analisados previamente numa sessão de treino e tiveram a oportunidade “de se colocar no lugar do outro”, algo “muito enriquecedor” para Lausley Julião, jovem futebolista que descreveu a atividade como “muito boa” e aconselhou a que seja repetida “nos diferentes escalões”.

Miguel Neiva, professor na Universidade do Minho e principal impulsionador da ColorADD, explicou que este é “um sistema com símbolos gráficos que representam as cores primárias, além do banco e do preto” e revelou que já tem sido “trabalhada há uns anos a forma como o FC Porto está a levar o código à acessibilidade nos dias de jogo, seja na distribuição dos adeptos”, tendo ainda revelado que o Clube foi o primeiro a adaptar os espaços para esta condição.
 

Miguel Neiva, representante da ColorADD

“Este sistema é um sistema gráfico, são símbolos gráficos que representam as cores primárias, além do banco e do preto. A conjugação dos símbolos permite que os daltónicos identifiquem todas as cores. Se eu misturar o símbolo do azul com o do amarelo, fico com o símbolo do verde. Essa dinâmica de recuperar o conceito de adição de cores permite que o daltónico, mesmo não vendo as cores, as consiga identificar. É inquestionável a importância desta iniciativa. Já vimos trabalhando há uns anos a forma como o FC Porto está a levar o código à acessibilidade nos dias de jogo, na distribuição dos adeptos pelas bancadas, na bilhética e todo este trabalho que estamos a fazer com as equipas.”

Ana Luísa Sousa, psicóloga do FC Porto

“É muito importante, especialmente no contexto desportivo, preparar os atletas para estarem cientes de que podem existir outros colegas com esta condição e, portanto, há esta importância de se colocarem no lugar do outro. É muito enriquecedor para eles. Esta experiência demonstra mais uma vez a responsabilidade do FC Porto ao nível da inclusão e serve para despertar os atletas e os adeptos do Clube para se colocarem no lugar do outro e treinarem as competências socioemocionais como a empatia. É realmente muito importante no contexto desportivo e para toda a sociedade.”

Lausley Julião, atleta dos sub-15

“Foi uma experiência muito boa, uma atividade nova, fiquei a conhecer as dificuldades que as pessoas daltónicas têm em ver as cores. É uma iniciativa muito boa, espero que continue a fazer estas experiências com os diferentes escalões.”