O FC Porto segue na liderança isolada do campeonato depois de receber e vencer o Estrela da Amadora na 14.ª jornada (3-1) e Francesco Farioli elogiou “a abordagem dos jogadores” que “fizeram um bom jogo e uma prestação sólida” com “muita paixão e energia”. “O jogo correu muito bem, vi coisas muito positivas, grandes prestações individuais além da coletiva. Estamos no bom caminho”, reforçou o técnico italiano antes de apontar o foco ao “jogo contra o FC Famalicão para a Taça de Portugal”, agendado para as 20h45 desta quinta-feira. 

Sem folha limpa
“Quando concedemos um golo parece o fim do mundo, mas é uma coisa que pode acontecer e que devemos evitar. Foi o único remate deles à baliza, no máximo houve apenas mais um, de resto estivemos bem a nível ofensivo, não convertemos tanto quanto queríamos, mas fizemos um bom jogo e uma prestação sólida.”

Boas sensações
“O jogo correu muito bem. Não sou uma pessoa de elogio fácil, mas acho que esta noite os jogadores merecem, porque abordaram o jogo muito bem. Vi coisas muito boas, grandes prestações individuais além da coletiva. Agora estamos focados na Taça e temos de preparar o jogo contra o FC Famalicão da melhor forma. Já os defrontámos na Liga, sabemos que têm uma equipa muito organizada, por isso temos de mudar o chip e pensar já na recuperação e na preparação para esse jogo.”

No caminho certo
“O cansaço é natural com tantos jogos, mas acho que estamos a gerir bem o plantel e especialmente o esforço dos jogadores que têm somado mais minutos. Sem o Nehuén Pérez só temos um central para rodar e temos de ter mais atenção a estes casos. De qualquer das formas, acho que todos estão em forma, isso viu-se hoje. Fizeram uma prestação muito boa, com muita paixão e energia. Estamos no bom caminho.”

Samu
“Estou muito feliz. Fez um golo importante, teve uma boa presença dentro de campo. Foi um dos melhores jogos dele no que diz respeito à forma como soube interligar o jogo. Teve quase 100% de eficácia no apoio. É um aspeto em que tem trabalhado muito para ser melhor e que vai fazer dele um avançado mais completo.”

Golo sofrido
“Estamos todos alerta. Não gosto de conceder golos, mas faz parte. Foi o primeiro golo que sofremos de bola corrida e isso diz muito.”

Reação à Porto
“A forma como o Francisco Moura marcou o golo transmitiu muito desejo e os festejos da equipa dizem muito sobre a forma como esta equipa quer jogar sempre no limite. Estamos muito felizes.”

O terceiro golo
“Ainda não vi a repetição. Sei que o Samu queria que lhe tivesse sido atribuído e isso mostra a ansiedade que ele tem por marcar golos, mas eu acho mesmo que ele hoje fez o melhor jogo da época. A forma como se conectou com os médios e os centrais foi muito positiva e é algo que lhe estamos sempre a exigir e que não lhe é natural. Isso prova que ele está a crescer muito nos treinos, tem trabalhado muito com o André Castro e o Lucho González nesse sentido, e isto diz muito do compromisso dele com a equipa. O Samu é um dos melhores exemplos de que os nossos jogadores tentam superar-se todos os dias.”

Sem baixar o ritmo
“Depois do primeiro golo, podíamos ter marcado mais dois ou três. Normalmente quando marcamos um golo, os adversários reagem e tornam-se mais agressivos, mas hoje isso não aconteceu e nós não parámos de criar. Estou curioso para saber o tempo efetivo de jogo, porque foi difícil de manter o ritmo com certas paragens, mas do nosso lado não sinto que tenhamos baixado o ritmo.”

Aspetos a melhorar
“Há muita coisa a melhorar. A consistência, por exemplo. Se recuarmos ao jogo contra o CD Tondela, não gostei nada da primeira parte, mas na segunda conseguimos acelerar. Contra o Malmö FF abrandámos o ritmo por cinco minutos e concedemos um golo que pode ser determinante para as contas da Liga Europa. Há muito para melhorar. Há uns dias tivemos uma conversa sobre isto, porque às vezes é difícil espelhar a quantidade de trabalho que fazemos diariamente. Há sempre coisas a melhorar, queremos ser perfeitos, mas isso é impossível, porque quanto mais perto estivermos, mais vamos querer melhorar.”

Gabri Veiga
“Sofreu um contacto forte e sentiu algum desconforto, mas já está bem. Amanhã deverá acordar melhor, se tudo correr bem.”

Melhor arranque da história na Liga
“A solidez defensiva surge da forma como atacamos, da paciência que os jogadores metem no jogo e da forma como o encaram e tentam controlar com maturidade. É um bom arranque, mas no futebol não basta começar bem, é preciso terminar melhor e eu sei bem do que falo, infelizmente. Temos de continuar na direção certa, com o mesmo desejo. Estou a tornar-me um bocado cínico, porque no final de cada jogo já só penso nos próximos.”

Alan Varela
“Estamos a gerir bem o cansaço dos jogadores. Foi uma lesão por contacto, saiu do relvado com a meia ensanguentada. Vamos ter de reavaliar amanhã.”

Movimentações-chave
“Há soluções que temos de procurar. Há movimentos que são uma chave. A forma como as equipas abordam o jogo contra nós é muito conservadora e nós sentimo-nos obrigados a tentar manipular a estrutura do adversário. Estamos a evoluir nesse sentido, estamos a melhorar nos tempos, nas distâncias, na ligação entre os jogadores.”

A pressão portista
“A pressão tem sido positiva. Na primeira parte conseguimos quebrar todas as ações ofensivas do Estrela da Amadora após quatro ou cinco passes no máximo. O Borja, o Samu e o Pepê estiveram muito bem nisso, o Rodrigo Mora fez uma excelente prestação a nível ofensivo e defensivo, o Froholdt está sempre envolvido nesta parte do jogo. Foi um bom jogo, intenso, e a pressão é sempre uma chave e pode voltar a ser contra o FC Famalicão.”

Alberto Costa na largura
“Há muitas combinações para atacar, mas não há muitas direções para explorar. O futebol dá-nos sempre diferentes cenários para abordar o ataque e o papel dos laterais está a tornar-se cada vez mais relevante, porque obriga os adversários a pressionar para cobrir a parte central do campo. O Alberto Costa, o Martim Fernandes, o Francisco Moura e o Zaidu estão a crescer nesse sentido e ainda podem estar mais envolvidos. Há muito trabalho a fazer, apesar de os nossos resultados serem muito positivos.”

Vasco Sousa
“Desejo-lhe as melhoras rápidas. Ontem contraiu uma lesão muito grave e mando-lhe um grande abraço para que recupere rápido. É um grande jogador e queremos vê-lo de volta nos relvados.”

Quinto amarelo de Bednarek
“O cartão amarelo não foi bem mostrado, mas eu acho que o árbitro já tinha a mão no bolso enquanto a bola ainda estava a rolar. Foi uma falta, definitivamente, mas nunca poderia ser cartão amarelo, pelo menos do meu ponto de vista do relvado. Posso estar errado, como estou muitas vezes. Não vai estar disponível no próximo jogo e temos de procurar uma solução. Temos o Dominik Prpić, o Pablo Rosario ou até o Eustáquio, que já jogou nessa posição e é um jogador muito inteligente. Vamos ter de arranjar forma de cobrir a ausência dele.”