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Jorge Nuno Pinto da Costa foi entrevistado pelo Porto Canal no dia do 15.º aniversádio do Estádio do Dragão

Jorge Nuno Pinto da Costa foi entrevistado pelo Porto Canal em pleno relvado do Dragão, no dia em que se assinala o 15.º aniversário do estádio. O presidente do FC Porto recuou no tempo para falar sobre as dificuldades no processo de construção e a escolha do nome para a nova casa do clube.

Durante a entrevista, Pinto da Costa recordou o número de títulos conquistados pela equipa de futebol nos últimos 15 anos, na era Estádio do Dragão, e o número de títulos desde o 25 de abril de 1974.

A modernidade com o Estádio do Dragão
“O Estádio do Dragão, o Museu, o próprio Dragão Caixa, formam um conjunto muito funcional e muito bonito. Para além disso, todos os serviços do clube estão hoje em dia concentrados no Dragão.”

As dificuldades na construção do recinto
“Não vale a pena sequer lembrar o que foi preciso lutar para que o estádio se construísse. O estádio veio modernizar toda esta zona, que era um descampado. Depois dessas dificuldades todas, ver o estádio a ser inaugurado foi um sonho concretizado. Chegou a haver um projeto para o estádio ser construído fora da cidade do Porto mas isso nunca quis.”

A hipótese do Estádio Pinto da Costa
“Houve um movimento, que eu não aceitei, e houve uma reunião de direção, em que a direção levou como consumado esse facto, de que seria esse nome. Eu respondi: vocês põem o meu nome no estádio, eu inauguro o estádio e demito-me. Sou contra que as pessoas, quando estão em cargos de direção, permitam que o seu nome seja colocado em qualquer sítio, seja onde for.”

A escolha do nome Estádio do Dragão
“Como tínhamos adotado o nome de dragões para os nossos adeptos, para a nossa revista, e como estava no escudo da cidade, entendi que esse era um nome forte. As pessoas hoje em dia já nem dizem que vão ao Estádio do Dragão, dizem que vão ao Dragão. É um nome que escolhi, assumo, e em boa hora o fiz.”

24 títulos conquistados desde a inauguração
“Temos 24 títulos conquistados aqui neste relvado, três deles internacionais. Depois da inauguração, já conquistámos 24 títulos, incluindo uma Champions League, um Campeonato do Mundo de Clubes e uma Liga Europa. São três títulos internacionais e 21 nacionais: nove campeonatos, quatro Taças de Portugal e oito Supertaças.”

64 troféus desde o 25 de abril
“Do 25 de abril para cá ganhámos 64 títulos: sete internacionais e 57 nacionais. É um número assinalável. Não é por acaso que nós no Museu temos o período obscuro até ao 25 abril e depois temos o período radioso da democracia. Temos sete títulos internacionais desde o 25 abril e há um clube que no tempo do fascismo ganhou dois títulos europeus. Sabe porque é que, nessa altura, esse clube tinha a melhor equipa? Porque havia jogadores que vinham das colónias com destino ao Sporting e eram desviados para o Benfica. No tempo do fascismo era assim, mas hoje em dia já não. Felizmente temos sete títulos de democracia. Há outros que têm dois títulos de fascismo e outros de promessas. Esquecem-se é que a maldição do Bela Guttmann ainda não chegou aos 100 anos.”

O sonho europeu do FC Porto
“Em 1982, disse no meu programa eleitoral que tinha ambição de chegar a uma final europeia. O saudoso Armando Pimentel, quando viu o que eu tinha escrito, perguntou se não era arriscado. Ao fim de dois anos estávamos lá. Ao fim de três voltámos a estar e a vencer o Bayern Munique. E depois voltámos a ganhar em 2003, e em 2004, e em 2011. Estando eu aqui ou não, acredito que o FC Porto ainda possa vir a ganhar mais uma prova internacional.”

As escolhas finais de Pinto da Costa
“O melhor golo? O do Kelvin. O melhor jogo? Talvez tenha sido o 5-0 ao Benfica. O melhor momento? Acho que foi o golo do Kelvin, também, mas o final do ano passado também foi emocionante. É um dos momentos que recordo com mais emoção, com um jovem treinador, do qual todos desconfiavam, com um plantel que diziam que era mais limitado que os outros, aquela vitória, aquela volta final, aquela subida ao palco…Depois do primeiro campeonato, talvez tenha sido aquele que me deu mais satisfação e mais emoção.”

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