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Vítor Baía e Maniche recordaram os momentos de glória em 2004

Foi há precisamente 14 anos. A 12 de dezembro de 2004, o FC Porto conquistou em Yokohama, no Japão, a segunda Taça Intercontinental do seu palmarés ao derrotar a equipa colombiana do Once Caldas na marcação de grandes penalidades, por 8-7, após um nulo que perdurou durante 120 minutos. Pedro Emanuel cobrou o penálti decisivo que permitiu aos dragões sagrarem-se bicampeões mundiais de clubes, depois da conquista no Olímpico de Tóquio, em 1987.

O Museu FC Porto recebeu esta terça-feira a visita de dois dos heróis de Yokohama: Vítor Baía e Maniche. Os dois ex-jogadores portistas participaram ativamente no feito de há 14 anos e até estiveram envolvidos em situações muito particulares. Baía caiu no relvado, parecendo desmaiado, ao oitavo minuto do prolongamento e nem a assistência de cinco minutos que recebeu impediu a substituição do guarda-redes portista. Já Maniche acabou eleito o melhor jogador da final, mesmo tendo sido o único jogador do FC Porto a falhar um penálti.

Na cabeça dos dois, tudo está ainda muito fresco. “Comecei a sentir muita dificuldade em respirar e incómodo a nível peitoral. Quando o doutor Nélson Puga verificou que eu tinha arritmias, achou que eu deveria sair, contra a minha vontade. Foi o maior susto da minha vida”, confessou Baía. “Só no hospital, quando estava a fazer os exames, ainda sob efeito da medicação, e vi o doutor aos saltos é que deduzi que tínhamos ganho”, acrescentou. Baía fala de um título “muito importante” que o colocou “num lote restrito de jogadores que venceram todas as competições internacionais” e lhe deu a possibilidade de “fechar com chave de ouro um percurso bonito a nível internacional”.

Também Maniche lembra com alegria o triunfo de 2004. “Ter sido o homem do jogo deixou-me obviamente feliz, independentemente de o Pedro Emanuel me ter ‘safado’. Foi merecido porque fizemos um jogo muito bom e até nos anularam um golo limpo. Rematámos muitas vezes perante uma equipa muito defensiva e guerreira. Estou bastante orgulhoso por ser campeão do mundo de clubes, é algo que poucos jogadores podem conseguir”, afirmou, para depois deixar claro que “o FC Porto é a equipa mais representativa do futebol português no estrangeiro”. O antigo médio portista revelou que a passagem pelo FC Porto foi “a fase mais feliz” da carreira, pois foi no clube azul e branco que melhor se sentiu “como homem e jogador”. “Jamais esquecerei o FC Porto”, salientou.

A taça original da competição está no Museu FC Porto e chamou a atenção dos antigos jogadores. “Sempre tive a noção de que a taça era a original porque a vi toda amassada. Primeiro pensei que era o design mas depois explicaram-me que os vencedores do ano anterior (Boca Juniors) a tinham deixado cair do autocarro. Somos uns privilegiados por ter a taça aqui”, disse Vítor Baía. “É um motivo de orgulho para mim ter ficado associado à conquista deste troféu”, rematou, por sua vez, Maniche.

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