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Fernando Gomes e Lima Pereira partilharam as memórias do triunfo histórico em 1987

Neste mesmo dia 13 de dezembro, há exatamente 31 anos, o FC Porto fez história ao bater em Tóquio, no Japão, o Peñarol do Uruguai por 2-1, após prolongamento, para conquistar a primeira Taça Intercontinental do seu palmarés. Fernando Gomes e Rabah Madjer marcaram os golos que levaram os dragões a sagrarem-se campeões mundiais de clubes pela primeira vez, na neve japonesa. 

A presença de Fernando Gomes e Lima Pereira, dois dos heróis de Tóquio, no Museu FC Porto, esta terça-feira, abrilhantou ainda mais o espaço. Os dois campeões juntaram-se para recordar uma das maiores conquistas do clube, alcançada num cenário bastante hostil, tal era a quantidade de neve existente no relvado do Olímpico de Tóquio naquele dia. 

A dureza da final continua bem presente na mente dos ex-jogadores portistas, que na altura tiveram de recorrer a meios alternativos para combater o frio extremo que se fazia sentir. “Foi um jogo de muito sofrimento, atípico. Quando pisámos o relvado, o gelo começou a derreter e por baixo havia muita água com lama. Os pés começaram a gelar e não os sentíamos. 

Ao intervalo até tivemos de fazer fogueiras com álcool e algodão para nos aquecermos”, revelou Lima Pereira. Gomes considera que “as condições eram muito difíceis” até porque o “FC Porto nunca tinha passado por nada assim”, estando “muito longe de Portugal e do Porto”. No entanto, o bi-bota de ouro frisa que “a vontade de vencer era muito grande”, pelo que “no momento de levantar a taça o que prevaleceu foi a sensação de ficar na história do clube e do futebol mundial”. Também Lima Pereira realça o caráter dos portistas. “A nossa ambição era tanta que ultrapassámos tudo”, notou o ex-defesa central.

Nenhum dos dois tem dúvida da importância do troféu para a projeção do FC Porto além-fronteiras. “O FC Porto começou a cimentar a sua grandeza mundial desde que foi à final da Taça das Taças e a Taça Intercontinental veio confirmar essa força do clube”, afirmou Lima Pereira. Para Fernando Gomes, o título mundial “foi fundamental para que o FC Porto fosse considerado a melhor equipa do mundo e ficasse na história como um dos poucos clubes que conseguiram o triplete a nível internacional”. O antigo goleador dos dragões identifica a geração de 87 como a que “desbravou o caminho” do clube fora do país.

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