Maniche doou ao Museu FC Porto o prémio de melhor jogador em campo na final da Taça Intercontinental de 2004. A famosa chave gigante, entregue pela Toyota, patrocinadora da prova, ao MVP do encontro vai passar a constar da exposição do Museu portista e poderá ser vista brevemente nas visitas. A chave era o símbolo do carro que era dado como prémio ao homem do jogo, embora Maniche tenha preferido receber o valor do mesmo em dinheiro e, depois, entregar a quantia a instituições de solidariedade. 

Aliás, recentemente, Maniche esteve no Museu FC Porto, juntamente com Vítor Baía, a recordar a final frente ao Once Caldas, conquistada a 12 de dezembro de 2004, Maniche voltou ao Museu e novamente com esse jogo como pano de fundo.

“Na minha opinião, este prémio só poderia estar em dois sítios: em minha casa ou aqui no Museu. Achei que tinha lógica doar, por assim dizer, esta chave ao Museu para que todos os adeptos que têm orgulho nesse momento em que ganhámos a Taça Intercontinental a possam ver”, afirmou Maniche.

Recorde-se que o jogo terminou empatado sem golos, apesar de um domínio evidente do FC Porto e bastante falta de sorte. Maniche, por exemplo, acertou com a bola na trave por duas vezes, uma durante o jogo e outra no desempate por grandes penalidades. No final, contudo, foram os dragões a sorrir, com a mítica grande penalidade de Pedro Emanuel a decidir tudo.

Para Maniche, vir ao Museu do FC Porto é sempre especial. “É a sexta vez que venho e é sempre arrepiante”, confessa. E explica: “Está aqui praticamente a minha história como futebolista. Foi aqui, neste clube, que ganhei mais títulos e poder vê-los aqui é sempre um motivo de orgulho.”

“Hoje é também especial porque posso trazer os meus pais e o meu filho para verem e relembrarmos juntos estes momentos de alegria”, confessou antes de se tornar um autêntico cicerone para o filho e os pais na viagem por entre os troféus e os momentos que marcam a história do FC Porto.