Chidozie Awaziem tinha acabado de completar 19 anos e somava apenas 90 minutos na equipa principal do FC Porto, quando foi chamado para ser titular no Clássico na Luz, frente ao Benfica, na 22.ª jornada da Liga 2015/16. O FC Porto venceu por 2-1 e o menino portou-se à altura. A exibição mereceu elogios unânimes e, a partir daí, a história de Chidozie ganhou outro volume no FC Porto.

Seria injusto dizer que começou ali, claro, pois falamos de alguém que chegou muito jovem a Portugal, oriundo da Academia Nigeriana El-Kanemi. Pouco depois de completar 18 anos fez o primeiro jogo em Portugal, no Campeonato de Juniores, frente ao Varzim. A fase regular da prova estava a terminar, mas na fase final, Chidozie pegou de estaca. Aliás, o FC Porto iria sagrar-se campeão de juniores e, no jogo do título, o nigeriano, então a jogar como médio defensivo, marcou um dos golos da vitória em Barcelos.

O passo seguinte foi o salto para a equipa B e, na mesma época, então, a chegada à equipa principal do FC Porto. Agora sim, sempre como defesa central. Frente ao mesmo Gil Vicente a quem tinha marcado no jogo do título de juniores marcou, também, o seu único golo como sénior ao serviço do FC Porto, até ao momento.

Apesar da estreia promissora, seguiram-se tempos mais complicados e o regresso à equipa B, em 2016/17. No ano seguinte, seguiu para o Nantes, por empréstimo, e deu boa conta de si: 23 jogos e um golo na principal Liga francesa. Fez parte, inclusive, do lote de convocados da Nigéria para o Mundial 2018.

Regressou e ainda procura reconquistar o seu espaço, embora já tenha adicionado nova medalha ao palmarés: estreia na Liga dos Campeões, na Turquia, frente ao Galatasaray.

Para já, a altura é de festa para o segundo nigeriano da história do FC Porto, depois de Mikel: Chidozie, natural da cidade de Jos, faz 22 anos. Parabéns.