O nome de batismo é Képler Liveran Lima Ferreira, mas no futebol e na vida será sempre Pepe. O luso-brasileiro, nascido em Maceió mas apaixonado por Portugal e pelo Porto a ponto de adotar o país como seu, é, aos 36 anos que agora assinala, um nome para a história do futebol português.

Uma carreira recheada de troféus, com o FC Porto como catapulta e, agora, novamente como casa. Voltou em janeiro, depois de 12 anos a somar prestígio e títulos por outras paragens.

No currículo, Pepe conta três Ligas dos Campeões (segundo melhor português de sempre, apenas atrás de Cristiano Ronaldo), 2 Mundiais de Clubes e 1 Supertaça Europeia. Antes de tudo isto, que conquistou ao serviço do Real Madrid, onde jogou 10 anos e realizou mais de 300 jogos, já tinha conquistado a Taça Intercontinental pelo FC Porto, além de dois campeonatos, uma Taça de Portugal e duas Supertaças.

Vestiu de azul e branco pela primeira vez na ressaca da conquista de Gelsenkirchen, em 2004. Veio do Marítimo, o primeiro clube em Portugal. Antes, só o Corinthians Alagoano do Brasil. Tinha 21 anos quando assinou pelo FC Porto.

Ultrapassou a sempre delicada fase de adaptação e, em 2005/06, num inovador esquema tático desenhado por Co Adriaanse convenceu tudo e todos. Jogando no centro de uma linha de três defesas mostrou-se imperial e uma das referências da equipa, até sair, em 2007, para o Real Madrid.

Representou ainda o Besiktas uma temporada e meia antes do regresso a casa. Pelo meio, tornou-se figura da seleção nacional, ultrapassando a fasquia das 100 internacionalizações, conquistando o Euro 2016 e sendo, inclusive, eleito o melhor em campo na final com a França.

Agora, novamente de dragão ao peito, festeja os 36 anos na mesma semana em que voltou a festejar um golo, em Tondela. Festejou-o à dragão, com o mesmo espírito com que construiu toda a carreira.

Muitos parabéns, Pepe!