O FC Porto reforça sua dimensão europeia. Esta quarta-feira, os Dragões garantiram o apuramento para os quartos de final da Liga dos Campeões com uma vitória por 3-1 frente à Roma, após prolongamento. A equipa de Sérgio Conceição foi obrigada a um esforço suplementar, demonstrando espírito de sacrifício e capacidade de superação. Até ao fim.

Soares colocou os campeões nacionais em vantagem, De Rossi fez o 1-1 e Marega igualou a eliminatória na etapa complementar. No prolongamento, Alex Telles assumiu a cobrança de um castigo máximo inequívoco e garantiu a sexta presença no FC Porto nos quartos de final da Champions, a primeira desde a temporada 2014/15 (na época 1993/94, após uma segunda fase de grupos, as equipas avançavam diretamente para as meias-finais).

Com Soares e Marega na frente de ataque, deixando os flancos para Otávio e Jesús Corona, o FC Porto montou desde cedo o cerco à baliza de Robin Olsen, apostando preferencialmente no lado esquerdo. Corona (3m e 21m), Alex Telles (10m) e Danilo (13m) lançaram as primeiras ameaças à baliza romana.

O golo surgiu como consequência lógica da forte pressão azul e branca. Ao minuto 26, Jesús Corona lançou Moussa Marega na área e o maliano serviu Tiquinho Soares para o 1-0. O avançado brasileiro voltou a demonstrar especial apetência para marcar no Estádio do Dragão: 10.º golo caseiro em 16 na temporada 2018/19.

A Roma fez apenas um remate à baliza na primeira metade mas conseguiu chegar ao intervalo com um empate, altamente penalizador para o FC Porto. Na sequência de uma falta de Éder Militão sobre Perotti, De Rossi cobrou o respetivo castigo máximo e bateu Iker Casillas.

A equipa de Sérgio Conceição regressou dos balneários com a mesma autoridade e voltou a adiantar-se no marcador ao 52.º minuto de jogo, já depois de Soares ter cabeceado por cima e de Robin Olsen ter evitado uma tentativa de Marega. Seria o maliano a marcar o segundo dos Dragões, após cruzamento de Jesús Corona, que fez a 10.ª assistência da época (máximo registo no plantel). Moussa Marega é o primeiro jogador da história do clube a marcar em seis jogos consecutivos da Liga dos Campeões.

Perante a igualdade na eliminatória e empurrados pelo Mar Azul (49.029 espectadores no Estádio do Dragão), os campeões nacionais mantiveram o ascendente sobre o adversário, com Sérgio Conceição a refrescar o ataque sem perder o equilíbrio: um golo da Roma comprometeria seriamente as aspirações portistas. Yacine Brahimi substituiu Jesús Corona e foi o protagonista da principal oportunidade de perigo até final do tempo regulamentar (77m), rematando de primeira para defesa de Robin Olsen.

O prolongamento arrancou com a mesma toada e Marega ficou muito perto do 3-1 após cruzamento de Alex Telles (94m), perante um adversário que fez uso da experiência dos seus jogadores para visar a baliza de Iker Casillas, sobretudo Edin Dzeko, o elemento mais perigos dos visitantes. Ao minuto 117, com recurso ao VAR, o FC Porto beneficiou de uma grande penalidade a punir uma falta clara de Florenzi sobre Fernando Andrade. Alex Telles partiu para a bola e desenhou o arco do triunfo portista. O sonho europeu continua. Os Dragões estão entre as oito melhores equipas do Velho Continente.