Miguel Alves dá voz à frustração da melhor equipa do andebol português em entrevista à mais recente edição da revista Dragões
O FC Porto de Magnus Andersson, que em 2018/19 fez história com a conquista da primeira dobradinha do clube, tinha altas expectativas para a época seguinte, mas 2019/20 terminou de forma abrupta devido à pandemia da Covid-19. Além das prestações de grandíssimo nível na supercompetitiva Liga dos Campeões, os Dragões terminaram a fase regular do Andebol 1 isolados na liderança, assente em 25 vitórias e um empate em 26 jogos. Ao contrário da generalidade dos campeonatos europeus, nos quais foram atribuídos os títulos aos respetivos líderes, a Federação Portuguesa de Andebol decidiu dar a época por terminada sem proclamar o campeão nacional.
Numa longa entrevista à edição mais recente da revista Dragões, Miguel Alves é uma espécie de porta-voz do balneário azul e branco e não esconde o sentimento partilhado por todos os jogadores perante a decisão federativa. “É uma decisão que nos desilude, como é óbvio. Penso que não havia condições para fazer os restantes jogos, mas o facto de o título não ter sido atribuído ao primeiro classificado desvaloriza o esforço e dedicação de todos os clubes e atletas”, explica o ponta-direita, que reforça a ideia: “Todas as equipas jogaram umas contra as outras em casa e fora, portanto a verdade e o mérito desportivo estariam salvaguardados”.
Miguel Alves, também conhecido por Tito, fez toda a formação no FC Porto e era ainda júnior quando começou a ser chamado para trabalhar com a equipa sénior, na qual se fixou definitivamente a partir de janeiro de 2017 e pela qual já ganhou tudo o que havia para ganhar em Portugal: dois Campeonatos, uma Taça de Portugal e uma Supertaça. O andebolista de 23 anos não quer parar de erguer troféus pelo clube do coração e sugere que pode não voltar a vestir outra camisola até deixar de jogar: “Se fosse possível fazer o resto da minha carreira no FC Porto e continuar a conquistar títulos por cá, ficaria tremendamente satisfeito e orgulhoso.”
A edição n.º 401 da Dragões está disponível na sua versão digital. É fácil e gratuito.
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