A secção de andebol do FC Porto deslocou-se ao Museu do clube para depositar mais um troféu nas vitrines da instituição azul e branca. Ao final da manhã desta quarta-feira, Daymaro Salina entregou a taça ao presidente Jorge Nuno Pinto da Costa, que revelou sentir “uma satisfação enorme” por “receber das mãos de qualquer modalidade o troféu de campeão nacional”. “Foi conquistado num ano difícil, um ano em que perdemos um dos mais queridos dos nossos e em que a pandemia retirou o público às nossas grandes vitórias”, começou por dizer o líder máximo dos Dragões, antes de saudar os “diretores”, “Magnus Andersson” e os “atletas”, “que são quem materializa os sonhos de todos”. 

Um ano difícil
“É uma satisfação enorme, sempre que venho aqui ao nosso museu, receber das mãos do capitão de qualquer modalidade o troféu de campeão nacional. Este, para mim, tem um significado muito especial. Foi conquistado num ano difícil, um ano em que perdemos um dos mais queridos dos nossos e em que a pandemia retirou o público às nossas grandes vitórias. No futuro penso que isso se resolverá, porque iremos arranjar um cantor que cante no intervalo e virá público ouvir os fados. Infelizmente, por estupidez de alguns, os nossos adeptos e associados não puderam viver os momentos fantásticos que estes jogadores nos proporcionaram.”

Os grandes artífices
“Queria saudá-los a todos, começando pelos diretores. Só eu sei o que o doutor Adelino Caldeira e o engenheiro António Borges, secundados por todo o staff, vivem da maneira como vivem, se esforçam e lutam para que hoje possamos estar aqui e, se calhar, daqui a quinze dias possamos voltar novamente. Ao Magnus Andersson, que foi a cereja no topo do bolo que caiu no andebol do FC Porto. É um dos grandes artífices destas vitórias, tenho muito orgulho em tê-lo no seio do FC Porto e sinto uma enorme satisfação por lhe ter entregue, um dia, o Dragão de Ouro, que distingue os melhores do FC Porto.”

E os concretizadores de sonhos
“Aos atletas, que são quem materializa os sonhos de todos, que são quem, no campo, tem de transformar os nossos jogos em vitórias. Conseguem-no de uma maneira fantástica em termos técnicos, mas sobretudo o que me entusiasma mais é a forma como alcançam essas vitórias. A maneira como as comemoram, as vivem e as sentem. Sempre todos unidos, unidos com quem já não pode estar cá como merecia. Isso é realmente um sinónimo de grandeza, de tal forma que o vosso tamanho, que é muito grande, é pequeno junto daquilo que vocês demonstram em dignidade, ambição e como exemplo de ética e desportivismo. Tenho muito orgulho em que todos vós sejam atletas do FC Porto. Alguns já são Dragões de Ouro e não é por acaso que tem sido do andebol que recai a escolha para o Dragão de Ouro das modalidades de alta competição.”

Ainda falta ganhar uma Taça
“Uma palavra sentida para os que saem. A vida é assim, leva-nos, às vezes, para locais onde não pensávamos nem seria uma obsessão ir, mas tenho a certeza de que vão levar o FC Porto no coração e que se vão lembrar sempre dos momentos felizes que viveram no FC Porto. Sejam felizes nas vossas carreiras e que um dia voltem ao FC Porto e à cidade do Porto, porque esta é a capital do bom acolhimento, do saber conviver e do saber estar. A todos muito obrigado e felicidades para os jogos que se avizinham, porque ainda temos uma taça para ganhar. Eu confio que sim, porque confio em todos vós de maneira ilimitada. Muitos parabéns e muitas felicidades coletiva e individualmente para vós e para as vossas famílias.”