Sérgio Conceição considerou, no final do FC Porto-Belenenses SAD (2-0), que a equipa teve “foco total” na partida e que “esteve muito intensa e muito dinâmica, houve uma excelente ocupação de espaços e soluções ao homem da bola”. Quanto ao regresso dos adeptos ao Estádio, o treinador do FC Porto atirou: “Vou confidenciar-lhe que, por momentos, fechando os olhos, parecia que o Dragão estava cheio”. O mister elogiou ainda Pepe, “um grandíssimo profissional, um homem com H grande”, referiu que a opção por Diogo Costa “tem a ver com aquilo que se passou na pré-época” e afirmou que a “velocidade e qualidade técnica” de João Mário “fazem dele um lateral de grandíssima qualidade”.

A análise ao jogo
“Acho que foi na nossa organização, no que foi preparado para o jogo. Demos continuidade à boa pré-época que fizemos e penso que o foco foi total, a concentração também, depois vimos um grupo, não só os 11, que está muito concentrado e com muita ambição de fazer um bom campeonato e lutar pelo que já nos pertenceu: o título. Tem a ver com aquilo que são as caraterísticas da equipa. Os jogadores acreditaram que, com a intensidade, essa forma de estar no jogo, até se corre menos e permitimos menos lances ao adversário. No geral, a equipa esteve muito intensa e muito dinâmica, houve uma excelente ocupação de espaços e soluções ao homem da bola. Criámos três, quatro ocasiões de golo antes do golo, foi um bom jogo com bom nível, quando tivemos a bola foi muito interessante, quando perdemos ainda mais porque não permitimos nada, fizemos um jogo completo.”

O regresso dos adeptos ao Estádio do Dragão
“Vou confidenciar-lhe que, por momentos, fechando os olhos, parecia que o Dragão estava cheio. É sinónimo que as pessoas que aqui estavam tinham uma paixão enorme, são os nossos sócios, os nossos adeptos, é por eles que fazemos as coisas e queremos devolver-lhes o que eles merecem, os títulos. Os adeptos são o condimento que é necessário, são uma mais-valia, os jogadores têm que estar preparados e disse na roda que os sócios estão habituados a uma exigência incrível, neste momento ganhámos, é bom e sente-se a paixão e o calor humano que existem no Dragão, que é único. Nos momentos menos bons, estão a puxar, se tivermos aquilo que tivemos hoje, uma atitude competitiva acima de média como hoje. Depende de nós fazer do público uma mais-valia, eles querem olhar para determinadas características na equipa e nós podemos falhar um golo, não podemos é falhar no compromisso.”

A marca atingida por Pepe
“O Pepe é um grandíssimo profissional, um homem com H grande, há pouco a dizer mais sobre aquilo que é o Pepe e o que representa para o FC Porto. Desta forma, ainda vai jogar algum tempo, não só por aquilo que é o seu trabalho diário, que é fantástico, é o primeiro a chegar e dos últimos a ir embora. Às vezes, chegámos às três, quatro, cinco da manhã e ainda faz o banho de gelo. Um profissional destes é difícil que não jogue até aos 40 anos, porque é enorme. Sabemos que a idade não dita quem joga, é o trabalho diário e aí é muito forte.”

A opção por Diogo Costa na baliza
“A opção pelo Diogo Costa tem a ver com aquilo que se passou na pré-época, nos treinos, não podemos esquecer que alguns jogadores chegaram com a pré-época a decorrer e eu escolhi o 11 que achei melhor. O Belenenses foi sempre bem organizado, sempre a espreitar possíveis saídas para o ataque, não se deve tirar mérito ao Belenenses, mas dar mérito ao FC Porto.”
 
A adaptação feliz de João Mário
“Trabalhamos diariamente com o João Mário, conhecemo-lo bem, ele sabe o que queremos para o jogo, e não foi a primeira adaptação com sucesso, o Corona também fez a posição de lateral com nível. Faz parte do trabalho diário, não é de um dia para o outro, tem que ver com esse trabalho e com essas caraterísticas de uma equipa como a nossa, principalmente no campeonato, a largura e profundidade é dada pelos laterais e essa velocidade e qualidade técnica fazem dele um lateral de grandíssima qualidade.”