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Eterno Capitão do FC Porto irá a Bilbau receber o prémio atribuído pelo Athletic

João Pinto já era o jogador que mais vezes vestiu de azul e branco, lendário dono da camisola 2 e da braçadeira do FC Porto, símbolo de tantos momentos memoráveis da história portista. Agora, o capitão da equipa Campeã da Europa de 1987 acaba de ser premiado com um galardão ao alcance de muito poucos: o One Club Award, atribuído pelo Athletic Club.

No ano em que completam 125 anos de existência, os bascos consideram ser esta a “ocasião perfeita para prestar tributo a um clube e a um jogador cujos percursos desportivos são admiráveis”. Recorde-se que a estreia europeia de ambos os emblemas teve lugar no Estádio das Antas em setembro de 1956, há 67 anos.

“Além de uma equipa de extraordinário prestígio internacional, o FC Porto é um clube que tem sido parte importante dos nossos 125 anos de história, ao longo dos quais nos defrontamos oito vezes, e entre os atletas mais marcantes ergue-se um futebolista lendário: João Domingos da Silva Pinto”, escrevem os de Bilbau.

Natural de Vila Nova de Gaia, João Pinto deu os primeiros toques na bola ao serviço do clube da freguesia onde nasceu, o Oliveira do Douro, antes de atravessar o rio para representar o grande amor da sua vida. Chegou às Antas com 14 anos, subiu de escalão a pulso e estreou-se ainda adolescente pela mão de Hermann Stessl, no Estádio da Luz.

Realizou uns impressionantes 587 jogos nas 16 épocas seguintes, sagrou-se nove vezes Campeão Nacional, venceu oito Supertaças, quatro Taças de Portugal, uma Supertaça Europeia e sagrou-se tanto Campeão Europeu como Campeão Mundial em 1987. Pelo meio, ao serviço da seleção portuguesa, ainda viria a ser eleito para a Melhor Equipa do Euro 1984, em França.

O One Club Award não é para qualquer um. Antes do Eterno Capitão venceram-no Matthew Le Tissier (Southampton), Paolo Maldini (AC Milan), Sepp Maier (Bayern de Munique), Carles Puyol (Barcelona), Billy McNeill (Celtic), Ryan Giggs (Manchester United) e Ricardo Enrique Bochini (Independiente). 

O prémio “representa perfeitamente a perceção do futebol” de quem o atribui desde 2015. “Ao longo da nossa vida temos tentado proteger os valores que nos distinguem e a identidade que abraçamos como modo de vida”, explicam os responsáveis do Athletic antes de relembrarem a forma como conquistaram 8 títulos nacionais e 24 troféus internos: “Apenas com atletas nascidos ou treinados no nosso território, política desportiva que promove um enorme sentimento de pertença e uma fortíssima ligação entre a equipa e a comunidade por ela representada dentro de campo.”

“Por essa razão, queremos premiar os futebolistas de classe mundial que, tal como o João Pinto, fizeram todo o percurso profissional num único clube, demonstrando amor incondicional pelas suas cores, lealdade para com uma massa adepta e identificação perante o clube, valores que o Athletic Club procura preservar”. “O One Club Man Award é mais do um simples prémio, é o reconhecimento dos méritos e valores associados às carreiras futebolísticas”, concluem os bascos.

“Feliz pela homenagem”, e tal como os antecessores, João Pinto receberá o galardão no relvado de San Mamés, antes do encontro frente ao Getafe, no próximo dia 27 de setembro.

A honra sentida pelo justo reconhecimento
“Sinto-me feliz por esta homenagem, principalmente vinda de um clube como é o Athletic Club. Agradeço, desde já, ao clube e ao seu presidente pela homenagem que me vão fazer. Fico satisfeito porque é sinal de que, muitos anos após ter terminado a minha carreira, as pessoas ainda se lembram de mim.”

A exceção à infeliz regra
“É de uma importância muito grande por vir do estrangeiro. Por vezes, as pessoas do FC Porto não são distinguidas como mereciam e como acontece noutros clubes portugueses, mas é bom que um clube estrangeiro se lembre de nós, principalmente um com o carisma e o valor que o Athletic Club tem.”

O agradecimento eterno ao FC Porto
“Jogar 20 anos no mesmo clube hoje é impossível. Na altura, era mais frequente, embora tenha sido nesses anos que os jogadores começaram a ter maior liberdade para trocar de clube. Tive duas oportunidades para isso acontecer, mas fiquei pelo FC Porto porque foi o clube que me deu tudo ao longo da minha carreira para conseguir os êxitos desportivos e pessoais. Quero agradecer ao FC Porto pelo que sou hoje.”

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