O FC Porto até poderia “ter feito cinco ou seis golos” frente ao Estoril na 10.ª jornada da Liga, mas acabou derrotado por 1-0 no Estádio do Dragão. “É preciso um bocadinho mais de agressividade, de fome de golo”, lamentou Sérgio Conceição, que frisou depois que “é preciso ganhar sempre, é o exigido pelos adeptos, pela história e pelo clube”. O técnico lembrou ainda que “ninguém gosta perder” e que “o símbolo não joga” antes de finalizar: “Há muitas coisas aqui no clube que temos de melhorar”.

A ineficácia que custou caro
“É verdade, apesar de eu achar que podíamos ter feito cinco ou seis golos e continuamos com 40% no meio-campo do adversário, criando situações, falhando um penálti, com bola em cima da linha de golo. É preciso um bocadinho mais de agressividade, de fome de golo, de não sofrer uma transição. Não me lembra de outra situação do Estoril senão o golo. É preciso ganhar sempre, é o exigido pelos adeptos, pela história e pelo clube. Andamos aqui há dois anos com cinco ou seis lesionados. Vamos fazendo, com alterações aqui e acolá, com alas a fazerem de laterais. Hoje foi um daqueles dias que podíamos estar aqui com mais uma hora de jogo e a bola acabava por não entrar.”

O estatuto que faltou dignificar em campo
“Obviamente que quando temos várias oportunidades claras, com o decorrer do tempo, o adversário começa a ganhar confiança e nós vamos tomando decisões que não são as melhores. No último terço houve situações que podíamos chutar e passámos ao lado. Somos nós que definimos o ritmo do jogo porque somos mais fortes do que o adversário, mas o símbolo não joga.”

O lote de lesionados e os aspetos a melhorar
“É uma questão de opções, os dois laterais estão lesionados, João Mário esteve bem e foi continuando [a lateral], o Jorge fez um jogo razoável contra o Vizela e continuou o Francisco igual. E é isto. É difícil para um treinador. Ninguém gosta de perder, mas a forma como se sente a derrota é diferente. Há muitas coisas aqui no clube que temos de melhorar, nos diferentes departamentos, internamente há pessoas que têm de assumir a sua responsabilidade.”