“A equipa está bem, está forte, e tenho a certeza absoluta de que vai reagir e demonstrar o real valor já na quarta-feira em Guimarães”. 48 horas depois do desaire que deixou o FC Porto a dez pontos da liderança do campeonato, Jorge Nuno Pinto da Costa constata que o clube “está praticamente fora da corrida pelo título nacional”, mas recorda que ainda há “mais coisas para ganhar” e define o objetivo para o que resta da temporada: “Vencer a Taça de Portugal”.

“Toda a gente viu a forma como perdemos e as razões por que perdemos no Estoril”, relembrou o presidente portista antes recordar lances decisivos como “um penálti escandaloso por assinalar pelos árbitros Manuel Oliveira e Rui Costa, do Porto” que se traduziu na “sonegação de pontos no Bessa” e de salientar que essa “sucessão de erros continuou contra o Rio Ave, quando outro VAR do Porto (Fábio Melo) chamou o árbitro, não mostrou as imagens completas e o penálti acabou revertido”.

O “penálti em Arouca que o árbitro não viu e em que o VAR não poderia deixar de intervir” foi outra das situações destacadas pelo dirigente azul e branco, que deixou um apelo: “Vejam as imagens do Boavista-FC Porto, do FC Porto-Rio Ave, do Arouca-FC Porto e do Estoril-FC Porto. Penáltis bem marcados a favor do FC Porto são revertidos e em outros, que deviam ser marcados, o VAR está a dormir”. Por isso “ainda não é impossível, mas as hipóteses de qualificação para a Liga dos Campeões são poucas”.

Sem retirar uma virgula ao “que disse em relação à seriedade do presidente do Conselho de Arbitragem” - que “faz o melhor que pode, mas não havendo tintas o pintor não pinta” -, o líder máximo dos Dragões relembra que “três ou quatro dias antes, no mítico Santiago Bernabéu, António Nobre teve uma atuação desprestigiante para o futebol português, uma autêntica vergonha, inventou dois penáltis que não existiam e deixou aquilo em polvorosa. Por coincidência na equipa prejudicada estavam três jogadores do FC Porto” que “disseram que estavam indignados, que tinha sido um escândalo e uma vergonha”.

Apesar de tudo, Pinto da Costa considera que o juiz leiriense “não é tão mau como mostrou no Estoril, mas não era aconselhável ter apitado depois do que fez em Madrid”. “O futebol é emoção e um indivíduo que vê o jogo ser dirigido daquela maneira… isto parece que não tem importância, mas tem. Os jogadores do Estoril fizeram o que quiseram, só faltou marcarem o livre na marca de penálti”, acrescentou em entrevista à SIC numa unidade hoteleira em Vila Nova de Gaia.