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Martín Anselmi elogiou o “compromisso coletivo” dos jogadores antes da receção ao Famalicão (sexta-feira, 18h00)

“Ganhas, perdes ou empatas, trabalhas sempre no máximo, independentemente do resultado. O foco está no processo e não no resultado”. Foi com esta filosofia bem delineada por Martín Anselmi que o FC Porto preparou, durante a semana, a receção desta sexta-feira ao Famalicão (18h00, Sport TV 1), “uma equipa que tem vindo a fazer as coisas muito bem”.

Após revelar que Samu está “disponível para o jogo” da 30.ª ronda da Liga e que William Gomes ficará de fora dos convocados, o técnico argentino teceu elogios a Rodrigo Mora, um jovem que não é afetado pelos “ruídos inevitáveis” associados aos bons desempenhos e que “apresenta muita frescura, mas tem muitas coisas para aprender”. Questionado sobre que trabalho faz com o jovem criativo, o treinador explicou que tenta “que fique quieto numa posição para que o encontrem porque o futebol não é só movimento”, mas frisou que “a criatividade que tem, a forma de resolver, a sua frescura, é tudo dele”. Mais importante do que os atributos individuais, é ainda o “compromisso coletivo”: “O que espero dele e dos outros jogadores é que, independentemente de como corram as coisas, joguemos todos, corramos todos e percamos ou ganhemos todos”.

De volta a casa para um novo “encontro com os adeptos”, o líder máximo do plantel principal registou ainda a “obrigação” e “responsabilidade” de “transmitir algo para fora”, para o “público que empurra independentemente do local” onde o FC Porto joga.

O adversário
“É uma equipa que tem vindo a fazer as coisas muito bem. São dinâmicos a atacar, usam as alas com os extremos e laterais, cruzam bem. Temos de estar atentos quando a bola entra na área porque podem causar-nos dano. Depois, temos de tentar fazer o nosso jogo, com posse de bola, a controlar. Jogamos em casa, temos de tentar evitar transições e fazer golos.”

Samu
“Foi uma semana especial porque preferimos preservá-lo nos primeiros dias para ver como evoluía a lesão. No final da semana treinou com normalidade, vai estar disponível para jogar, não sei ainda se a 100 por cento. Mas sim, estará disponível para o jogo.”

O processo em detrimento do resultado
“[William Gomes] não vai ser convocado. Os resultados são temporais, em cada jogo há um resultado, em cada ação que tomamos há uma consequência. A partir daí, entendo que o resultado é temporal, os desportistas de elite não podem fazer a sua forma de treinar de depender disso. Porque se não quando se ganha tem-se uma semana maravilhosa e quando se perde tem-se uma semana muito má. Ganhas, perdes ou empatas, trabalhas sempre no máximo, independentemente do resultado. O foco está no processo e não no resultado. É o que faz um desportista de elite. Queremos sempre semanas maravilhosas com o compromisso de dar o máximo em cada treino sem importar o resultado do fim de semana porque isso vai trazer melhores resultados no futuro.”

O mediatismo em torno de Rodrigo Mora
“O ruído neste mundo é inevitável, mas há uns que confundem mais que outros. Há bons e há críticas, que trazem coisas más. Os desportistas de elite têm de saber conviver com esses ruídos. Ninguém nasce a saber fazer isso, mas há que aprender. Há que observar e ver como cada um assimila os ruídos e quais são os seus comportamentos. E no caso do Rodrigo não vejo que isso o afete e não vejo necessidade de haver uma intervenção da minha parte. Vejo o mesmo Rodrigo do primeiro dia, está a ir bem. No dia em que precisar, vou falar com ele porque acredito que o meu trabalho também é proteger os meus jogadores. O importante é manter o equilíbrio, com o foco no trabalho. Quando assim é, todo o ruído passa despercebido. Quanto mais se trabalha, mais ruído se vai gerar.”

O desenvolvimento de Rodrigo Mora
“Vejo mais mérito dele do que nosso. Vejo um jogador que apresenta muita frescura, mas tem muitas coisas para aprender. Entendo que queira ter contacto constantemente com a bola, que queira estar em várias posições, mas tentamos que fique quieto numa posição para que o encontrem porque o futebol não é só movimento, há que ter uma estrutura. No jogo passado, sabíamos que tinha de jogar nas costas dos dois médios, tinha de ter paciência para poder receber e não ocupar a posição dos colegas. A criatividade que tem, a forma de resolver, a sua frescura, é tudo dele. O que espero dele e dos outros jogadores é que, independentemente de como corram as coisas, joguemos todos, corramos todos e percamos ou ganhemos todos. Vejo compromisso coletivo nele e nos restantes jogadores. Não é por ter marcado um golaço que vai deixar de trabalhar. Vai encontrando mais soluções em campo, isso também é mérito dele.”

O apoio constante
“Jogar em casa dá-me sensações distintas. Desde chegar ao Dragão, estar em casa, o encontro com os nossos adeptos, o ambiente que se vive… prefiro jogar sempre em casa e os jogadores também, mas essas coisas são externas ao que se passa ao campo, lá dentro são 11 contra 11. Temos um público que nos empurra independentemente do local onde joguemos, por isso temos a responsabilidade de transmitir algo para fora, seja em casa ou fora. É uma obrigação.”

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