Gabri Veiga promete “dar o máximo” para “estar à altura do FC Porto” em entrevista ao jornal O Jogo
“Ajudar o FC Porto a vencer” é o principal objetivo de Gabri Veiga, “um jogador do plantel que vai dar tudo pelo Clube”. Em entrevista ao jornal O Jogo, o primeiro reforço portista para a temporada 2025/26 revela fazer parte de “uma família” que vai “estar sempre junta a remar na mesma direção” para “recuperar a essência do FC Porto”.
“Ganhar jogos, voltar a ser competitivo, voltar a mostrar garra, a sermos agressivos e a ir com tudo, jogando um futebol muito vistoso, efetivo e vertical, não sofrer golos, ser uma família e uma verdadeira equipa. Acho que estamos no caminho certo, mas ainda há muito trabalho pela frente”, explica o médio galego para quem é essencial “correr mais do que os adversários" e “dar o máximo para estar à altura” de “um grande Clube” que “luta sempre por títulos”.
Primeiros tempos na Invicta
“Foi um passo muito importante na minha carreira. Como todos sabem, há alguns anos decidi ir para uma Liga nova, foi tudo muito diferente e agora estou muito entusiasmado por estar aqui, por voltar à Europa, por estar numa equipa tão grande como o FC Porto, por fazer as coisas bem, por lutar por títulos e, sobretudo, por ajudar o FC Porto a vencer.”
Da Arábia para Portugal
“São dois mundos diferentes, a Liga Portuguesa é muito superior a nível técnico-tático. Notei logo isso nos primeiros treinos, ainda antes do Mundial, e agora também se nota na velocidade de execução e na qualidade dos jogadores. Tive a sorte de trabalhar com grandes jogadores lá, mas a Liga Saudita era diferente. Eu sempre defendi que era muito melhor do que as pessoas pensam, acredito que Al-Hilal demonstrou isso no Mundial de Clubes e respeito sempre o sítio de onde venho, mas obviamente que aqui encontrei um grupo com grande qualidade.”
O Mundial de Clubes
“Foi uma competição nova para todos, principalmente para mim que tinha acabado de chegar. Foi uma mudança muito grande no final de uma época que não foi boa. Ficámos com a sensação de que era uma boa oportunidade, mas tivemos de virar página e começar a nova época numa forma muito melhor do a anterior. No primeiro jogo até estivemos bem, mas a derrota contra o Inter Miami afetou-nos muito. O último jogo foi muito estranho, muito dividido, e ficámos com um amargo de boca. Agora isso mudou, porque o Clube decidiu trocar de treinador e isso altera muita coisa. Queremos estar focados, sem entrar em comparações, e virar a página sem esquecer os erros do passado para não voltarmos a cometê-los. Temos de crescer como equipa para vencer todos os jogos.”
As ideias de Francesco Farioli
“Sempre fui um jogador que se adapta muito bem aos sistemas, ao que pedem os treinadores, porque tenho essa virtude de ser polivalente, de cobrir várias zonas do campo e, sim, como um jogador formado no Celta, que jogou sempre em 4-3-3, é uma grande notícia para mim, não vou escondê-lo. Agora sinto-me muito confortável, obviamente muitas coisas que ainda podemos melhorar, não só eu como os meus companheiros e todos juntos como equipa, que é o mais importante. Acho que se adapta muito bem ao nosso estilo de jogo, às as nossas características e ao que pede o treinador, que é quem manda.”
O nível dos treinos
“São diferentes. Eu costumo dizer que «cada maestrillo tiene su librillo» (cada pessoa tem a sua maneira de fazer as coisas), porque essa é uma expressão muito famosa na cidade de onde eu venho. Todos aprendemos alguma coisa com cada um, mas há treinadores que te ensinam e te mantêm mais focados. Se fossem todos iguais não faria sentido as equipas terem treinadores específicos. Cada um é como é, eu agradeço a todos aqueles com quem me cruzei, porque todos me transmitiram algo positivo, apesar de ter jogado melhor ou pior com eles, mas sempre fui muito grato nesse sentido, pelo que me ensinaram. Obviamente que as coisas mudaram, são dois estilos de jogo e duas táticas diferentes, mas acho que estamos todos a remar para o mesmo lado para conseguir o mais importante, que é ganhar jogos e recolocar o FC Porto no devido lugar.”
Estatuto intacto
“Talvez se mantenha de uma forma diferente, porque já tive esse boom no Celta, onde fiz uma grande temporada que me proporcionou a transferência que mudou a minha vida, como todos sabem. Na altura foi uma decisão difícil, mas acho que acertada. Agora fiz algo pouco habitual para um jovem, que é voltar à Europa e mostrar-se novamente ao futebol europeu, que também é uma das razões pelas quais decidi dar este passo. Um grande Clube, como o FC Porto, ajuda-nos muito a crescer como jogadores e luta sempre por títulos, com exigência e uma pressão positiva. Não gosto de rótulos, nunca gostei, por isso sou só mais um jogador do plantel que vai dar tudo pelo FC Porto.”
A estreia no Dragão
“Foi emocionante, não vou mentir, porque quando fui expulso estava irritado, magoado e triste e nunca esperei que os adeptos me apoiassem daquela maneira, levantando-se para me aplaudir. Mesmo tendo sido só um jogo amigável irei recordá-lo durante toda a vida. Quando acabou falei com a minha família e eles ficaram felizes por ver que me estou a adaptar bem. Aconteça o que acontecer temos de dar sempre tudo, esse foi um momento infeliz para todos, obviamente, mas a reação dos adeptos foi memorável e quero agradecer-lhes a todos.”
O apoio dos colegas
“Eles também me apoiaram muito, nós somos uma família e estaremos sempre aqui uns para os outros, mas a reação do público é que me emocionou, porque não estava mesmo à espera. Os meus companheiros fariam isto por mim e por qualquer outro, porque vamos estar sempre juntos e a remar na mesma direção.”
Varela atrás e Forholdt ao lado
“O Victor acabou de chegar, mas já vimos coisas muito boas dele. O Alan é um dos líderes do grupo e uma peça-chave, porque o médio defensivo é muito importante neste sistema. Temos visto coisas boas e eu sinto-me muito confortável a jogar com eles, porque são dois «cavalos» que correm muito e vão a todas. Não só eles, mas todos os jogadores têm essa vontade de lutar juntos e de correr mais do que os adversários. Essa é a essência do FC Porto, dar tudo dentro do campo. São dois bons exemplos de jogadores com quem me sinto confortável a jogar, algo que só vai melhorar com o tempo. São duas boas peças.”
Objetivo número um
“Queremos recuperar a essência do FC Porto, tanto nós como os adeptos. Todos sabem o que é preciso fazer: ganhar jogos, voltar a ser competitivo, voltar a mostrar garra, a sermos agressivos e ir com tudo, jogando um futebol muito vistoso, efetivo e vertical, não sofrer golos, ser uma família e uma verdadeira equipa. Acho que estamos no caminho certo, mas ainda há muito trabalho pela frente.”
A pressão de ganhar
“Os títulos ganham-se no final da temporada, por isso temos uma visão a longo prazo. As mudanças que existiram e que se sentem têm que continuar a existir todos os dias, todas as semanas e todos os jogos. A partir daí veremos até onde podemos ir, mas obviamente que essa pressão existe sempre num grande clube como o FC Porto. Temos de dar o máximo e estar à altura.”
Porto ou Porrinho
“Para mim claro que é diferente, porque minha família está lá, mas é muito parecido. A cultura é quase a mesma e as pessoas também são muito acolhedoras e amáveis comigo. Agradeço-lhes muito por me terem recebido bem e sinto-me muito feliz aqui.”
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